terça-feira, 29 de abril de 2014

Review: Outbreak Fest 2014 @ The Vox - Leeds, Reino Unido

No passado dia 13 de Abril o Ricardo Luz voou até ao Reino Unido para ir ao Outbreak Fest, um festival que tem crescido de ano para ano e começa já a ser um dos mais importantes pontos de passagem de bandas grandes norte-americanas mas também europeias. Cold World, Backtrack, Stick Together, No Turning Back e uma data de bandas ingleses preencheram um dia que lhe deve ter sabido a pouco. Fica aí o relato na primeira pessoa.  


Bem, foi desta que me decidi aventurar para ir ver Cold World. Havia duas hipóteses: ir ao Outbreak ou ir à Bélgica. Depois de umas contas rápidas cheguei à conclusão que em termos de gastos era igual ir a qualquer um deles, por isso acabei por optar pelo Outbreak.

Cheguei à sala do festival um pouco antes deste começar, já mentalizado para as 9 horas de concertos que se aproximavam. O festival pareceu-me em geral bem organizado, acho que as bandas começaram todas a tocar antes da hora que estava planeado, mas houve uma confusão com os bilhetes, sendo que foram enviados alguns bilhetes a duplicar para algumas pessoas e não foram enviados para outras, e no fim de contas estavam mais pessoas na sala do que era o máximo recomendavel e isso acabou por se notar ao longo do dia de concertos. Não dava para sair e voltar a entrar, o que se tornou desconfortável ao fim de algumas horas de estar em pé e não haver local para sentar.

Em relação às bandas que tocaram, das primeiras 5, grande parte tinha o mesmo tipo de som que Basement. Se não era igual era muito parecido. Eu até gosto, mas ao fim da primeira já tinha perdido um bocado a paciência.

Falando das restantes bandas, World Eater valeu pela reação do público (ainda havia espaço para “dançar”). Tinha visto 3 dias antes em Lisboa com uma casa vazia e notou-se a diferença.

Mind X Control gostei, e tal como o resto das bandas da “casa” tinha bastante pessoal a curtir, mesmo em bandas mais recentes como esta.

Eisberg tinha-me passado ao lado quando vieram a Lisboa. Acho que nem estava muita gente quando eles tocaram, mas deu para ver que o pessoal conhecia a banda e as músicas. Também achei piada ao facto de pelos visto a banda ter membros de vários paises.

Wolf Down é sem dúvida uma banda polémica. Pelo menos aqui em Portugal. Mas eu até gosto do som se bem que a banda tem um hype que não se consegue explicar. Talvez por ter uma vocalista ou talvez a cena do Vegan Edge que leva muita gente a ficar curiosa e acabar por ouvir os sons deles. O hype fez-se notar durante o concerto com bastante pessoal a curtir.

Wardogs era um reunion e talvez por isso tenha sido o concerto mais curto da noite. No máximo tocaram 5 ou 6 musicas e via-se que o pessoal queria ouvir mais.

Antes de Survival fui comer qualquer coisa e quando terminei a banda já tinha começado pelo que acabei por ver de longe. Era uma das bandas que mais queria ver, tinha ouvido o ep deles umas quantas vezes quando saiu e gostei. Mesmo ao longe pareceu um bom concerto, mas sinceramente quando sair o video tenho que o ir ver, para perceber o que realmente perdi. Para não cair no mesmo erro acabei por “acampar” o resto dos concertos ao pé do palco.

De seguida tocou Take Offense que também tinha visto na semana antes. Em Lisboa o concerto pareceu-me fraco mas cheguei à conclusão que isso se deveu em grande parte à falta de público, porque em Leeds o concerto foi muito melhor, com o pessoal a curtir e a cantar as letras com a banda.

Em Turning Back, e ao contrário de todas as bandas que tocaram antes, o pessoal quase não se mexeu. Não percebi se estavam cansados ou não (já lá iam 5 ou 6 horas de concertos), mas depois de ver alguns concertos deles em Lisboa estava à espera de mais. Acabei por chegar à conclusão que o Reino Unido não é o locar ideal para ver No Turning Back.

A seguir veio Stick Together e pelo que sei era o segundo concerto desta banda na europa, sendo que o primeiro tinha sido no dia antes. Sempre gostei da banda e a malta no Reino Unido pelos vistos também que estava tudo a curtir, mesmo apesar do cansaço evidente do vocalista, segundo o próprio devido às viagens e à falta de sono.

De seguida veio Backtrack, uma das bandas "em altas" no mundo do hardcore. Já tinha visto em Lisboa mas foi ainda antes de terem lançado o Darker Half, sendo que só depois desse álbum sair é que houve a “explosão” desta banda. Reparei que havia muitos miúdos mais novos que se chegaram à frente e foi a partir daqui que se viu que a sala estava de facto com pessoal a mais, porque não havia espaço para fazer nada na parte da frente. Apesar de tudo foi um concerto sólido, onde tocaram sobretudo músicas novas e do primeiro álbum.

Depois de várias horas de concertos lá começou Cold World, a razão principal porque estava ali. Foi sem dúvida o concerto onde mais sing along houve. Não houve muito mosh por falta de espaço... No meio ainda houve uma ou duas músicas de War Hungry, que pelos vistos tem sido habitual durante os concertos de Cold World ultimamente, ou pelo menos sempre que está presente o vocalista (que é o mesmo de Stick Together). O concerto em si não foi muito longo mas acabou por valer a pena a viagem, o tempo e dinheiro gasto para ali estar, acabando por reforçar o facto de Cold World ser a minha banda preferida.

Depois do concerto ainda deu para gastar as últimas notas de libras em merch das bandas que também era algo que não faltava.

Review por Ricardo Luz.