segunda-feira, 29 de abril de 2013

Dica da Semana #3

Por certo sabes que há malta que ainda lança umas edições aqui pelo burgo. Então e sabias que há malta que ainda compra discos? E cassetes? E que há malta que se dá ao trabalho de mandar vir coisas do estrangeiro para poderes orientá-las a um preço mais apetecível? Na Dica da Semana uma data de editoras/distros dão-te o toque sobre um dos produtos que têm à venda, a ver se chegam ao teu "eu" consumista. Ou pelo menos que te ponham a conhecer e ouvir coisas novas! 

Desperate Measures . It's On Your Hands 7"
Quem se lembra do set ao vivo destes manos back in the day? Aquele que começava com a intro de Leeway. Ai não... eu deixo aqui link, para ninguém ficar a dormir. Que banda! Pena que tenham acabado de maneira tão imbecil, LOL! Pá, o som é brutal. Old school rápido mas com bom groove, bom flow e muito boa onda. Tenho buéda pena de nunca ter tido hipótese de os ter visto ao vivo (junto com No Warning) mas fazer o quê? A vida não anda para trás.

Segunda prensagem, 450 cópias. Creio que lhe falte o insert infelizmente, mas já vinha assim. :( Vinil em bom estado, como se outra coisa fosse de esperar.

André - alojadoandre@gmail.com // A Loja do André 

Violent Future - Self Titled 7"
Já falei nestes gajos algures na Playlist da Semana, mas esta foi uma das bandas revelação do ano passado e o novo disco não desaponta, só peca por ter poucas malhas. Toronto Hardcore com aqueles truques na bateria meio à Boston, voz à John Brannon quando ainda era novo, mesmo a pedir a bota da tropa para calcar o chão e pedras da calçada para arremessar no pit. A demo esgotou num ápice, e a Painkiller posteriormente lançou isso em disco de vinil, por isso se era preciso algum tipo de "selo de garantia" acho que estás coberto. Sleeve de cartão, corte no vinil meio freak, parece um alvo. Slasher Records. Cinco paus.

T - backwashrecs@gmail.com // Backwash Records

The Night Stalkers - Year One Discography Tape
Os Night Stalkers sairam dos esgotos de Brest, em França há coisa de um ano, e desde então lançaram uma demo, um ep e mais umas musicas perdidas lá pelo meio. Acrescenta-se a isso mais umas quantas malhas e voilá! Tem-se uma tape de 22 músicas em menos de 30 minutos. Pro tapes, com print e insert brutal em papel de 160g, com todas as letrinhas de meter nojo que estes franceses gostam de escrever!
Se gostas de punk rápido, sujo, provocador, e tens 3 euros no bolso, há cassetes a dar e sobrar para toda a gente.

Boris - destroyityourself@gmail.com // Destroy It Yourself

Converge - All we love we leave behind 12"

Nós na Juicy curtimos de ser um bocado do contra às vezes. Por isso mesmo decidi escolher este disco, especialmente tendo em conta este post, ahah. Não vou estar aqui a vender os Converge porque é mesmo do amas ou odeias. Tudo o que posso dizer é que eu próprio os "odiava", pouco mais do que 2 ou 3 músicas antigas deles ouvi, sempre achei barulho a mais para a minha cabeça, e no entanto colei neste disco, ao ponto de ter ficado com uma cópia para mim.
Se calhar são os 20 e poucos anos de banda que os amadureceram e deram vida a esta excelente edição. Duplo vinil, capa e contra-capa com acabamentos em relevo preateado...até dá vontade de não abrir o plástico. Preço: 24€

Ema - info@juicyrecs.com // Juicy Records

domingo, 21 de abril de 2013

Playlist da Semana #36

Todas as semanas, a Playlist da Semana. Porque no partilhar - mesmo que seja umas semanas depois da última vez - é que está o ganho.


Guns Up! - Outlive - Reunion de Guns Up! (e Risky Business) no Heart Fest 2013? É, 2013 parece ser o ano dos reunions...estou para ver o que é que o This Is Hardcore deste ano nos proporcionará. Ainda estava a falar com o Fábio sobre isso há uns dias atrás. Judge no Black & Blue Bowl eleva a fasquia reunion-wise, e o TIH, que tem sido "O" festival de hardcore geralmente consegue sempre os nomes mais sonantes e os melhores cartazes. O Joe Hardcore adiou o anúncio oficial do lineup para dia 1 de Abril, por isso espero algo caído mesmo da estratoesfera...Ah, e Guns Up!? Pa, mid-2000's hardcore, mosh, groove, tudo, granda banda, gotta love it.

Killing Frost - Brain Damage - Not for you! Not for me! No tomorrow that's all I see!! Assim começa o disco desta rapaziada que voltou recentemente a tocar, no Porto. A banda que só depois de ter acabado passou a ser de culto (lol), voltou para derreter o gelo, e choveram picaretas para o quebrar! Houve malta a fazer a trip de Lisboa até ao show, que contou ainda com Mr. Miyagi e Throes (acho que é a cena do kuduro mas sem o kuduro, mas não sei bem que não cheguei a ver). PS: Oi e alguém tem aí uns disquitos que me venda? Não tenho nada pa.

Violent Future - Self Titled - Curti bué a demo destes gajos, eu e o Miguel pegámos na demo tape de quando soubémos que a Painkiller pegou nela e lançou em vinil era a chamada de atenção de que as coisas iam ficar sérias. Porque aparentemente em Toronto não se dorme, em menos de um ano surge o primeiro 7" de Violent Future. Malta de Urban Blight e outras coisas lá do sítio ao barulho. Hardcore crú, rápido, sem merdas. Aquele tridente por mim tão adorado.

Valley Boys - Self Titled - Nova banda com gajos que estavam em Brutal Knights. O som é na mesma onda, punk low fi, diria que são uma versão mais soft de Brutal Knights, quer musicalmente quer a nível de letras. Boa surpresa.

The Rival Mob - Mob Justice - Como diz o outro puto rapper que levou um balázio: "estão preparados para a chapada na tromba?". Discaço, acho que sou capaz de mencionar isto semanas a fio, mesmo naquela de vos "obrigar" a ir checkar isto, por isso preparem-se.


Jerry's Kids - Kill Kill Kill - Fala sério bacano, isto não é a brincar. Não é novidade que eu considero os Jerry's Kids umas das melhores e mais influentes bandas de hardcore, ou é? Alguém consegue ripar na bateria como o mano do LP? Bem me parecia que não. O segundo disco não é tão hardcore, até porque a produção é BEM metálica, mas tem lá malhas bem, bem, bem, boas. Tipo a Back Off? Sim, tipo a Back Off.

Dire Straits - Brothers In Arms - Bué engraçado, mas confesso que ultimamente me tem dado para cozinhar e/ou lavar a loiça ao som deste disco. SÓ ao som deste disco. Yup, não estou a mentir. Granda som by the way. Chamem-lhe azeite, chamem o que quiserem - para mim é uma granda rockalhada dos 80s. Tipo aquele saxofone na Your Latest Trick... não é mesmo de estar na sala com uma miúda gira a dar beijos intensos e cheios de paixão? Não brinquem comigo, tomara qualquer banda que passe hoje na MTV sacar som deste calibre.

Black Sabbath - Sabotage - A música nova de Black Sabbath é granda check. Só adorei. Do que li há bué pessoal que não gosta, diz que é merda, cospe em cima, a voz do Ozzy não presta, etcetera e tal. Nigga what? Será que é pessoal que conhece Black Sabbath ou só os artolas virtuais do costume? Oh well, eu curti BUÉ da música e mal posso esperar pelo disco novo - palavra de escuteiro. Para quem conhece o Sabotage, certamente que não é difícil encontrar algumas semelhanças no processo criativo. Está lá tudo, sem tirar nem pôr (ok, talvez um nadica mais escuro e sem a orquestra talvez).

Cold As Life - Declination Of Independence - Parece que ando sempre de volta de um disco duríssimo - acontece. Nos últimos meses foi o de Bulldoze, mas acho que agora voltei para Cold As Life. Apesar de já os ter visto a vivo e ter sido uma granda merda (foi num day off em Londres na tour de Verão de Killing Frost, em 2007) esta merda não é para brincar. Riffagem do diabo atómico e esgalhamento fodido. Sim, ok, a produção do disco é uma granda merda - mas acho que isso é irrelevante face à brutalidade sonora que ele apresenta.

Strife - One Truth - Ficou tudo maluco com Strife em Lisboa. Normal. Eu já os vi duas vezes cá e foram dois dos melhores concertos que eu já vi - sem exagero! Não resisti a vir ouvir o One Truth, granda disco. Acho que foi um dos primeiros discos de hardcore que comprei - na Carbono antiga. Bons tempos. É, pessoal do hardcore que não gosta de Strife... what gives? Se calhar não são assim tanto do hardcore. Por acaso ainda não ouvi o novo, a ver se me meto nisso.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Mais Que Música: Fifty-Two Pickup (Think I Care)

Que aconteceu a dar importância às letras das músicas? O hardcore não era sobre isso? Agora só se vê letras que não interessam à prima. Fica aqui uma letra com significado que nos tenha feito pensar no seu significado. Afinal de contas, o hardcore também é sobre isso mesmo: pensar.


Looks like life has dealt us another shitty hand
I'm going all in and do the best I can
It's starting to seem like there stacking the deck
It's all on the line with nothing left to bet
You can go through life without a clue
be content with what's given to you
Or you can throw it back in there face
Pick up the pieces and stay in the game
In this match the house will always win
Starting from nothing isn't the place to begin
They got the odds and can see through my bluff
My time at the table is all but up

Não obstante o nome da música aludir àquele infatil jogo de cartas do "apanha 52", ou lá como se chamava na tua escola, a analogia entre a vida e um jogo de cartas viciado é algo que, infelizmente, vai fazendo sentido. Aqui entra a necessidade de o saberes jogar, de lhe tomares os truques e o vícios para que consigas pelo menos equilibrar as probabilidades. Já que estamos nas figuras de estilo, e para pegar frases clichés que me inundam o facebook sempre embelezadas com imagens do nascer do sol, é aquela história do "se a vida te dá limões, faz limonada". Espero que esses "partilhadores" de discursos inspiracionais assim compreendam. Bom, mas eu também curto essa conversa da motivação pessoal, apenas gosto mais da minha berrada ao som de uma musiquinha rápida.

Eu quando andava no secundário era o gajo mais feliz da vida. Palhaçada com os amigos na escola, futeboladas, estudo "suficiente para", namorada, poucas responsabilidades...basicamente, mais do que pensar do que o futuro como adulto e as responsabilidades que estão ali quase a bater à porta. "Pá, vou continuar a estudar, sei o que quero, e logo se vê". Claro que o "logo se vê" rapidamente se viu...

As cartas foram saindo e algumas só me foram causando dissabores. Os gajos que mandam no país devem andar a meter fichas ao bolso porque têm jogado umas mãos muita manhosas e a bad streak não termina. O futuro dos pequenitos é afectado por este joguinho, e começas a ver que o mercado de trabalho está complicado e que o teu curso, e aquilo que andas ou andaste a fazer durante grande parte dos teus anos não te vai dar grandes frutos quando finalmente te vires livre deles. Mas o jogo não está terminado, e se as cartas que te vão saindo são más resta-te agarrar nas que tens e indo sacando umas coisas aqui e ali, mesmo que o pote seja pequeno e o esforço pareça inútil. Há de chegar a altura em que as cartas altas vão começar a sair. O teu esforço e o teu mérito têm de ser recompensado, e se o espaço onde te deslocas não é capaz de o fazer, resta-te cagar no jogo que te dão e ir para onde queiram jogar o teu.

Para quem não conhece Think I Care vá procurar pela banda, os discos são todos fixes por isso estão à vontade quanto ao que sacar. O Mongrel foi aquele que me cativou, mas se sacarem esse e o World Asylum não me venham cá dizer que não gostam que isso só pode ser sintoma de que algo de estranho se passa convosco. O Jason Clegg está agora à frente de Prisoner Abuse, se curtem aquele 80's bem crú para andar à mocada, get with it.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Discos Trocados: Turnstile/ Speak 714

Todas as semanas trocamos um disco entre nós e falamos um pouco sobre o disco que nos calhou - tanto pode ser um clássico como uma porcaria autêntica, mas é aí mesmo que está a piada.

Ao fim de umas semanitas de interrupção, o regresso dos discos trocados. Para manter a toada, novamente com um convidado, o repetente Bruno Baptista.

Bruno

Turnstile. Sem dúvida do melhores brindes que apareceu aí nos últimos tempos! Para quem está familiarizado com o lançamento anterior, Pressure To Succeed, sabe que a banda é boa de cacete. Além de partilharem o baterista de Mindset, é o baterista de Trapped Under Ice quem segura o microfone, com uma voz bem diferente do habitual. Step 2 Rhythm traz-nos uma panóplia (EH! diz-se por aqui que esta palavra é bastante melódica-combina com o álbum) de adições. Para além de umas quantas brincadeiras com a voz - partes mais cantadas (waaaasting my tiiiime)- o próprio instrumental tem umas quantas invenções que a meu ver ficam bem que dói, sendo a própria intro uma prova disso: cheia de efeitos de guitarra e melodia. Logo no primeiro som, o primeiro contacto que temos com a voz do bacano é um som que só faz lembrar um corvo, ganda poder!

Invenções à parte,  não se pode dizer que a banda tenha mudado muito, e a malta que habitualmente chora porque só o primeiro álbum das bandas é que rula, tem uma boa oportunidade de estar calada - breakdowns, partes a abrir, a segunda guitarra a fazer umas magias, dois sons instrumentais, a voz mantém-se, e - umas melhores que outras - também as letras são boas: maioritariamente sobre a rejeição de influências negativas por parte de terceiros. Vale mesmo a pena dar o check, anda a rular no meu iTunes praticamente todos os dias.

There's no reason to calm down. Step with the ones who stick around.
Don't Stop, Step Up!!

 
Tiago

Não conhecia esta banda. O Bruno tinha-me falado nisto no outro dia em casa dele mas não cheguei a ouvir. "É bueda bom, com o gajo de No For An Answer". De alguma forma já espera que me calhásse isto na rifa. Mal começa a primeira malha não foi preciso recorrer ao google para saber a origem da banda: "isto parece Uniform Choice". Bem dito, bem feito, Orange County represent. Se calhar não é tão cantarolado como UC, a voz do Dan também não é tão limpinha quanto a do Pat Dubar, mas está bem nessa veia que diga, gosto bué: à antiga com uma voz meio melodiosa. Se musicalmente é hardcore, liricamente também é hardcore. A quem recomendaria este disco? A quem gostar de hardcore.

Epa, mas qual era a cena com as capas dos discos dos anos 90? Eu que estou completamento fora do design gráfico deduzo que na altura as ferramentas não fossem as melhores, mas que raio, era sempre com cada coisa abominável que até me arrepia os pelos dos braços. Eu no paint faço coisas mais bonitas.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Review: Sectarian Violence + Challenge + The Skrotes + Nihilistic Bastard + Holder @ C.R.A., Lisboa


Concertos a um domingo de Páscoa. Haverá melhor forma de celebrar a ressureição de Jesus? Não sei, mas certamente ele teria aprovado esta. Claro que esta data ia trazer um problema à No Borders...iria alguém trocar o borrego ou o pitéu veg do tradicional almoço em família (ou deixá-lo a meio) para se escapulir mais cedo até aos Anjos? Para ajudar ainda mais à festa: grandas chuvadas a assolar a capital.

Cheguei bem cedinho e só lá estava a malta de Challenge. Entramos e ficamos lá um bocado à conversa e aparece o Bruno. Eram 16h e não só não havia bandas, não havia público nem havia nada montado...Passado um bocado aparece a carrinha dos Sectarian Violence que pára no meio da rua, mesmo a empatar o trânsito e ficam ali feito parvos não sei à espera do quê. Aparece um gajo lá do bar do C.R.A. e ajuda-os no estacionamento, mesmo à tuga arrumador. Há que amar. Banda com cinco gajos, quantos estão na carrinha? 9 pessoas. Devem ter aproveitado para tirar férias.

Bom, vinha com eles o Patrick da Carry The Weight Records, que por acaso é guitarrista nos Sectarian Violence e eu não estava nada acerca. Eu tinha falado com o gajo e já tinha andado a meter uns trocos de lado para safar uns discos. Gajo cinco estrelas, falámos de discos, da label e da tour até então. Vinha também um gajo grandalhão com uma granda barba ruiva (óptimo para fazer figuração no remake do Braveheart) que em conversa vim a saber que foi o tipo que escreveu a Back on The Bins. Ainda levou uma zine do Fábio, "i don't care if i don't understand it, i love zines, specially thick ones!". Ai não.

O vocalista de Sectarian Violence é o Nick Tape de Coke Bust e o gajo também trazia os restos da extinta distro dele. Já tinha falado com o gajo antes da tour e tinha-lhe comprado umas pechinchas. Claro que a carteira levou novo rombo. Aliás, no final do show decidi que ia passar um mesinho a pão e água...comer é tão subjectivo.

Bom, tudo somado, foi dos concertos com mais distros, zines e material informativo dos últimos tempos, deu gosto. Lá foi chegando pessoal às pinguinhas, apareceram os Holder, os The Skrotes e algum público. O concerto começou deviam ser umas 5 e pouco, com os Holder um pouco melhor oleados que na sua estreia. A sonoridade não é bem a minha praia, mas valeu o headbang.

Os Nihilistic Bastard ainda não tinham aparecido. Vieram não sei de onde, não sei como, mas para não atrasar tudo ainda mais os Skrotes começaram a preparar o equipamento, sendo que quando se preparavam para tocar lá apareceram os desaparecidos...Mas hey, siga a marinha, toca Skrotes. Show curto, rápido, business as usual. Os Nihilistic Bastard são filhos dos extintos Knives Out, mas têm um som mais pesado e arrastado. A prova que três gajos conseguem fazer muito barulho.

De seguido foi a vez dos Challenge, que conseguiram meter a pouca malta que estava na sala de um lado para o outro à chapada e ao pontapé. Deviam estar para aí quase 50 pessoas, sendo que umas 20 eram de bandas, mas ainda assim deu para estar um bom ambiente e ser um bom concerto.

Para finalizar, os gajos do estrangeiro. O Nick foi meter o kit para concerto (lol), substituindo a calcinha e o hoodie de Bold por uns calções andrajosos e uma tshirt, com uma bandana na cabeça para finalizar o estilo punk. Americanos...O Tom (Violent Reaction/The Flex) ao menos manteve a postura, tocar bateria de bota da tropa é coisa de homem. O concerto foi muita bom, notou-se que praticamente ninguém conhecia as letras (e a banda?), mas foi um bom concerto que merecia mais público. A animação esteve lá, com o gigante ruivo a cantar a Glue de SSD (mocada), o Tom a sair de trás da bateria e a vir cantar a Boiling Point no final do concerto e outro bacano, que não faço ideia que de quem era, a vir cantar outra coisa qualquer que nem me apercebi do que era. Escusádo será dizer que as covers de SSD foram o momento alto, nem que seja porque para além de agitar a maré sempre deu para a malta cantarolar umas coisas.

Soube à noite os números da tarde, não obstante o pouco público pagante não houve grande prejuízo para o Bruno, os Sectarian Violence curtiram bué o show, ainda andei para lá à conversa com eles e a ajudar a carregar o material. O Patrick ainda disse para ir jantar com eles mas entretanto ligam-me e tive de ir buscar a minha avó. Segundo reza a história, perdi boa pizza, batata doce e sopinha. Ficará para uma próxima, a ver se chateio o Pat e o Tom a trazerem The Flex ou Violent Reaction.

Parabéns ao Bruno pelo concerto e mais uma vez pelos tomates em fazer estas coisas acontecerem, especialmente na data que foi. Pena que muita malta continue a fazer este "boicote" a concertos hardcore sem azeite. Sei que a data era complicada, mas é um padrão que se tem vindo a verificar. Nem vale a pena vir com a conversa das "bandas diferentes" que tinhas duas bandas de HARDCORE sem espinhas. Dêem a chance e deixem de ir nas conversas dos outros. Como aprendi este fim de semana, "há por aí muito chaparro: do pescoço para baixo é cortiça, para cima só serve para lenha". Não queiram ser mais um.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Entrevista: Just Say No!

Porto, São João da Madeira, Leiria. Três cidades que em comum se calhar não têm assim tanta coisa, mas que são a proveniência da nova banda que promete trazer groove e old school à cena hardcore. Os Just Say No! já deram uns quantos concertos no Porto e começam cada vez mais a ser figura presente nos cartazes que por esses lados vão acontecendo. Prometem mais concertos, mais novidades e a demo para breve. Segue a entrevista aos Stop & Think portugueses. (Estou a colocar a fasquia alta, depois cobro se me falharem!!)

JSN no Altar Café Concerto © Rebeca Bonjour
Malta, dizer que estou excitado com o vosso projecto é pouco. Hardcore para pisar cabeças é "um bocado" a minha cena...sem merdas, simples e eficaz. Como é que vocês se juntaram, quem pertence à banda e essas coisas para inteirar a malta.

FÁBIO: Bem lá para os finais de 2011, surgiu a ideia de eu formar uma banda youth crew com um amigo meu de Pombal e com o Félix. Mas entretanto houve coisas que mudaram e a ideia inicial da banda tomou outros rumos. Mesmo assim, eu e o Félix decidimos andar com a brincadeira para a frente a ver no que dava. Eu sabia que ia para a voz, visto que não sabia tocar nada. O Félix ou ia para o baixo ou para a guitarra, portanto decidimos começar por procurar um baterista. Então depois de muito procurar e chatear pessoal, um dia lembrei-me de falar com os miúdos dos Destruction Eve a ver se algum deles estava interessado em juntar-se a nós. E o baixista deles, o Xicote, alinhou na cena. Eu sabia que ele tocava baixo, mas quando o vi a tocar bateria até me saltaram os olhos. 14 anos? A tocar daquela maneira? Tu bates mal man! Que classe. Saltou logo para a bateria que foi um mimo. Pah com um gajo na bateria, um na guitarra e um na voz já dava para fazer um ensaio, não? Claro que sim, com a pica que estávamos nem pensamos duas vezes! E assim foi, no Verão mandamo-nos praticamente sem material nenhum para uma sala de ensaio no Porto e tivemos lá a curtir umas horitas.

Depois de três ensaios juntos, sem baixista, lá se decidiu que o Félix ia ser o guitarrista da banda. Mais tarde soube que o Vitor da Shut Up And Play ia organizar um Benefit em Dezembro no Porto. E eu queria que esse fosse o nosso primeiro concerto. E também queria que fosse um concerto surpresa. Mas para isso acontecer, sabia que tínhamos que ensaiar mais e claro, arranjar um baixista. Too much pressure. Até que me lembrei do Bruno Lisboa, porque costumava vê lo nos concertos cá no Norte e porque sabia que ele tinha uma fanzine. E isso é fixe. Falei com ele, e ele disse-me que não sabia tocar nada, mas que curtia juntar-se a nós. Então depois de eu e do Xicote o chatearmos bué para ele começar a tocar baixo, ele lá cedeu. Marcamos o nosso primeiro ensaio de sempre, com todos os elementos da banda, horas antes do benefit começar. O Bruno ainda não sabia tocar baixo e só tínhamos uma hora para o por a tocar duas músicas nossas e duas covers. WILD! Foi duro, mas lá deu para desenrascar. Chegamos lá ao Benefit, pedimos material emprestado e tocamos. Pregos e mais pregos. O que vale é que ninguém conhecia as músicas...hahah. Mas foi bué fixe! Divertimo-nos todos bué durante os 6 minutos de concerto. Lusco-fusco hardcore. E queres saber uma coisa? O Bruno foi o que deu menos pregos! hahah, true. Esse concerto tá gravado, um dia pomos isso online para o pessoal se rir. 

Rótulos é uma cena um bocado manhosa e acaba por meter impressão a muito boa gente. Vocês são uma banda straight edge ou que promove esse modo de estar na vida?

FÁBIO:  Supostamente éramos para ser...hahah. Eu e o Félix somos straight edge. O Bruno e o Xicote não são fãs de droga, tabaco, álcool, etc, mas essa tal cena dos rótulos causa-lhes alguma impressão como tu disseste, e então não se consideram straight edge. AINDA! haha. Mas apesar disso tentamos transmitir através das nossas letras que  viveres uma vida consciente e livre de drogas é a melhor escolha. DRUG FREE YOUTH. 

Tendo tido acesso privilegiado a ficheiros mais bem guardados que os relatórios sobre Abu Ghraib, já consegui ter um cheirinho do que podemos esperar da vossa parte. Para quem está mais a leste, e até porque têm mantido o projecto bem low profile, falem aí do som da banda e as vossas principais influências. 

FÁBIO: Ya nós mantivemos a banda em segredo até tocarmos no Benefit, para ser uma surpresa. Agora já não é segredo nenhum. Mas também só temos intenções de criar uma página online, quando tivermos a demo gravada, para o pessoal ter alguma coisa para ouvir. Quanto ao nosso som, quando eu e o Félix decidimos seguir com a banda, sabíamos que queríamos tocar um som na onda de Mental, Stop And Think, Righteous Jams...Lockin' Out Records style. Não só por adorarmos estas bandas, mas também porque atualmente em Portugal não há bandas a tocar este som. O que é uma ganda merda. Is anybody there? Does anybody care? Does anybody see what I see?

Epah na cena tuga todos dizem que gostam bué dos X-Acto, Sannyasin, New Winds, Time-X…mas eu não vejo quase ninguém a pegar nestas influências e a fazer uma banda. E isso faz me ganda confusão. Principalmente porquê nos dias de hoje as coisas são bem mais acessíveis do que eram na altura destas bandas. Miúdos, por favor parem de bater na mesma tecla…já bastam os More Than A Thousand e os Hills Have Eyes. Se gostam tanto de hardcore como dizem, façam lá o favor de tocar hardcore a sério. 

Passando à frente, as nossas influências não passam só pelas bandas de Boston que mencionei. Principalmente depois da entrada do Xicote e do Bruno. Nem todos na banda gostamos das mesmas coisas, mas todos gostamos de uma coisa em comum: punk hardcore old school. E é nisso que nos focamos. Músicas diretas, rápidas e curtas. E com algumas partes para o pessoal moshar, em vez de lutar karaté invisível. A minha banda favorita são os Youth Of Today e é óbvio que são uma das minhas principais influências. 

BRUNO: Para mim é um pouco difícil saber quais são as bandas que mais me influenciam sem ficar duas horas a olhar para a parede a pensar na vida, por isso deve ser mais fácil pensar nas bandas que mais tempo ficaram a ganhar teias no meu mp3. Assim sendo muito provavelmente serão os álbuns antigos de AFI, Mais Uma Queda (ainda tou com fézada que voltem a fazer alguma cena), Freedoom e mais recentemente Revengeance.

XICOTE: Negative Approach, Gorilla Biscuits e Minor Threat.

JSN na Casa Viva © Rebeca Bonjour
Então mas essa demo tem alguma deadline definida ou tens alguma noção de quando podemos ouvir JSN nos nossos computadores e demais aparelhos de reprodução áudio?

FÁBIO: Para já estamos mais focados em ensaiar e fazer músicas novas, visto que vivemos todos longe uns dos outros e que só ensaiamos praticamente uma vez por mês. Depois de fazermos mais uma ou duas músicas novas, a nossa prioridade vai ser gravar a demo para termos algo cá fora para nós e para o pessoal.

Já falamos entre todos sobre onde íamos gravar a demo e chegamos à conclusão que, depois do trabalho que o João Leonardo e o Vitor Moura de Local Trap fizeram na gravação da demo de Shitmouth, é com eles que queremos gravar! Portanto se tudo correr como estou a planear, a demo vai sair em cassete no primeiro semestre deste ano, pela Be Yourself Records! BY001. 

Sendo vocês quase todos bem miúdos, acho bem fixe fazerem uma cena com uma vibe mais à antiga ou pelo menos com raízes bem mais "hardcorianas" que muito do que é moda hoje em dia. Por um lado, porque acham que este tipo de som parece ter dificuldade em pegar por cá e por outro o que é que vos levou a curtir mais estas coisas que essa música mais modernaça. Gosto pessoal, amigos, ao ambiente dos concertos no Porto, ou foi apenas um acaso que vos juntou à volta da música para partir pedra?

FÉLIX: Bem eu já não sou bem um "miúdo" pois os anos já começam a pesar mas o espirito jovem está sempre presente. Acho que todos nós temos outros tipos de gostos para além da cena mais Old School mas sempre gostei de ouvir cenas antigas na onda de Ten Yard Fight ou Mental (para não falar de outras) e sempre me identifiquei com esse tipo de som tanto pela mensagem transmitida como pelo feelling presente na musicalidade. Tive a sorte de conhecer estes meninos mais novos que apesar da idade sabem bem quais são as raízes do hardcore.

BRUNO:  Eu tou mais inclinado para o que se fazia mais à uns anos atrás porque para mim é mais apelativo letras sobre vegetariaismo e atitudes positivas do que sobre destroy everything e fuck the police smoke weed bitch.

FÁBIO: O PUNK! O que me fez gostar deste tipo de som, foi o punk que eu ouvia antes de começar a ouvir hardcore! 

Qual é que é a origem do nome Just Say No? Cheira-me que No For An Answer tem aí uma mãozinha...

FÁBIO: Haha, sabes bem. Eu e o Félix andavamos a pensar em nomes para a banda, mas como não estávamos a ter grande imaginação, decidimos pensar numa música que representá-se bem o nosso tipo de som e que ao mesmo tempo tivesse uma letra relacionada com o tipo de mensagem que queremos transmitir a quem nos ouve.

Um dia lembrei-me da música Just Say No dos No For An Answer e achei que fazia todo o sentido dar esse nome à banda! Falei com o resto do pessoal, todos curtiram a ideia e ficou esse o nome. Se não conhecem, vão ouvir essa malha e decorem a letra! Pode ser que um dia façamos cover.

É verdade que querias fazer uma banda porque és dos únicos gajos que defende o stage mosh em Portugal e isso dá-te o direito de fazeres as macacadas que quiseres em cima do palco, porque é esse a tua "posição em campo"? Espero que faças a coisa certa e sempre um zé ficar mais mais de 4 segundos no palco e não fizer dive lhe dês um chuto no cu.

FÁBIO: Hahahah, apanhaste-me. Não. Ao contrário de muita gente cá na em Portugal, eu acho ganda piada ao stage mosh. Talvez por tentar ver o lado positivo disso, em vez de apontar o dedo. Eu cá prefiro ver um gajo a subir ao palco de sorriso na cara e a moshar a caminho do dive, do que tar a levar porrada de um mauzão que decidiu vir para o meu lado praticar artes marciais. O palco é de todos right? Então façam lá o favor de moshar onde bem vos apetecer, que eu também já levei com muito fumo e cerveja em cima de mim, sem pedir nada a ninguém. Divirtam-se mas é! 

Esta é para o Félix. Sendo tu o membro menos jovem (velhos nunca!) como é que é aturar a miudagem aí nos ensaios. É preciso sacar do cinto de vez em quando para os meter na linha, ou é malta que se porta bem? É a tua primeira experiência com uma banda ou houve algum projecto secreto que ficou morto e enterrado e nunca viu a luz do dia?

FÉLIX: Curiosamente o membro mais novo de todos até é o mais bem comportado nos ensaios. Aliás tirando o nosso vocalista que está sempre em pulgas eu devo ser o pior logo a seguir. É caso pra que a idade nem sempre dá juizo.

Já tive 2 projectos que nunca sairam pra fora com muita pena minha.O ultimo até era um pouco na onda deste mas na altura tivemos muita dificuldade em arranjar baterista sendo que o nosso guitarrista tocava bateria nos ensaios e eu alternava entre a guitarra e o baixo acompanhado por um belo leitor de Mp3 a tocar guitarra pré gravada. O outro um pouco entre uns Morning Again um pouco mais choradinho e uns As Friends Rust na altura inicial com dois vocalistas no qual eu só cheguei a ir a um ensaio a tocar baixo. 

Melhor lado do split de Void com The Faith?   

FÁBIO: Boa pergunta. Hmmm…Minor Threat!

Tiago, obrigado pela entrevista, por acreditares em nós, e pelo apoio que nos tens dado! Espero que consigamos ir tocar aí a Lisboa antes do Xicote fazer 18 anos! Se alguém quiser marcar um concerto para nós, pode enviar-me um email para: fabiosxe@hotmail.com. Ah e oiçam também a discografia da Lockin' Out Records, que aquilo vai mudar as vossas vidas. SOBER YOUTH GO! 


Entrevista publicada na newsletter #6 da Backwash Records.
Obrigado à Rebeca Bonjour pela cedência das fotografias. Mais fotos na página dela.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Review: Moita Metal Fest 2013 @ Soc. Filarmónica Estrela Moitense, Moita



O meu dia começou relativamente cedo e ressacado para ir as compras com a sócia que manda ca em casa. Às vezes digo que é minha mãe, mas não vou dizer isso agora que não é tem nada a ver com o assunto.

Eram 13.50 e estava eu na Bobadela a ouvir os últimos acordes do ensaio de FTG da porta, quando do nada chega o Emanuel, com quem me ri bastante por ouvirmos o mesmo final de música algumas 20 vezes. Compor é fodido!

Entretanto sai um Congas bem disposto cá pra fora, e logocomeça a dizer trampa. Chega o Machado (que honestamente tinha o conjunto de roupa mais pausado do fest inteiro) com o Paulinho, chega o Peter e a Leonor, e temos festa armada. O ensaio tinha acabado, o peeps de FTG está pronto a carregar a carrinha com material, trocamos umas conversas com o Frodo e dizemos umas cenas engraçadas. O dia já estava a render.
Na carrinha, foi ao som do Kill’em All que a viagem começou, depois Machine Head, bem old school (o João sabe...). Não ouvia Machine Head há milénios. Foi uma viagem fixe cheia de Yeaaahs \m/. Moita foi o destinho, e chegados lá já se respirava o fucking metal por todos os lados. Foi  a primeira vez em que realmente achei mal ter cortado a gadelha. Curtia ter me misturado na multidão de gente com vestes negras e com indivíduos que parecia que tinham andado a sacrificar bodes antes de irem para o recinto.

Não vi a primeira banda, chegamos bué em cima da hora, ouvi tipo umas 2 malhas da porta enquanto dizia olá a pessoal e fui comer.

Nuklear Infection começou a festa pra mim, curto de caralho daquilo, thrash mesmo duro, rápido, sem merdas. Vamos embora pa frente com circle pits, putos novos que honestamente acho que vão chegar lá, entre solos e confusões por não se ouvirem em palco, houve direito a Motorhead e tudo, foi uma maravilha.

A seguir veio a primeira banda de Hardcore do dia (que dito assim parece que foram muitas…), os Shape. Set curtinho, também não deviam ter muito tempo, houve ali um stress com uma malha para começar, fora isso, normal, energia positiva, sem espinhas, os primeiros dançarinos do rotativo apareceram na frente a mandar o seu 2step paletas enquanto uns 3 sócios la de lado dançavam com grande flow e de forma sensual (desconheço tais criaturas).

Primal attack foi a minha primeira pausa para jola. Não desgostei do concerto, foi bom, mas não posso dizer que tenha dado muita atenção.

Brutal Brain Damage... Epá, primeiro, nunca ouvi tantas vezes a palavra “Esporra” na vida, e estamos a falar de 30 minutos de concerto. Segundo, embora eu curta da cena do pig squeal lá no meio de uma malha ou outra, ser só pig para aqui e para ali de modo a parecer que nem escreveu uma letra e tá a mandar piggies sem nexo, not my thing, peço desculpa. Alto drummer, o blast tava todo na batata, mas cenas só de piggie não são mesmo para mim. Valeu na mesma pelo que me ri lá atras com o Paulinho a fazer playback da cena e pelos circle pits com o Machado!

Dementia 13. Fui beber, peço desculpa.

The Firstborn, honestamente, achei um pouco parado ao vivo, fora isso, granda respeito pela banda, todos os arranjos são uma cena brutal, as cenas de cítara (!!) nas malhas quase todas, a técnica e originalidade do projecto deixou-me boquiaberto, much respect mesmo.

Ommission também não vi. Mas soou muita bem do bar, enquanto “pausava” com a minha bifana.
Web. Aquele guitarrista que mete o caralho dos olhos para fora é assustador de caralho, bom gig, metal man \m/. Valeu pela Mayones do guitarrista, que guitarrão…Revolution Within não foi mau, mas não tomei muita atenção.

For The Glory, não vale a pena dizer nada, já todos sabem. Na batata, grande festa, os metaleiros deixaram fugir a veia do core cá pra fora, gritos, porrada e dives à menino (que é como descrevo dives em que sobes o palco e ficas a espera...ou é ou não é!).

Simbiose, talvez o que mais tinha vontade de ver pois já não os via há imenso tempo. A última vez foi praí há 2 ou 3 anos, quando toquei com eles e com DRI. Tava com saudades de Simbiose ao vivo, mas foi fraco. Não sei se de ser só uma voz agora e de ele já não se aguentar como antes, não sei. A sala também já estava a meio gás, e esperava mais do senhores do crust da tuga. Foi fixe até, mas esperava mais, talvez o público tenha sido uma condicionante, na minha humilde opinião.

O dia acabou comigo cansado e a olhar para as bifanas a grelhar e a desejar uma e a babar-me com o Machado, enquanto discutíamos qual seria a técnica do famoso Omar que naqueles 5 minutos já tinha mamado duas ou 3 à pala e nós nem o cheiro nos deixavam levar!!

Foi bacano voltar a um fest de Metal, não ia a um há muito tempo e foi um dia do caralho. Boa cena mesmo! MOITA CARALHO!

Review por Ricardo Servo.