sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Nós Contra Eles no Spotify #18

A ideia é simples - uma playlist no Spotify com cenas novas que vão aparecendo nesta plataforma de streaming. Sim, porque estamos em 2017 e o Nós Contra Eles é bué à frente.






...e assim chegamos à última actualização de 2017. Obrigado a tod@s por fazerem follow na playlist e a quem tem tido a paciência de ler o que escrevo aqui. Obrigado também ao patrão Tiago Gil por ter aceite o desafio de ter a coluna no blogue. Vamos a isso...

American Nightmare - The World Is Blue - Podem já preparar os vossos comentários de "Eu só gosto da demo", "o Wes já não berra" ou "Para isto mais valia estarem quietos", etc. O que é certo é que em 2018 vamos ter um disco novo de American Nightmare quer queiram quer não. E isso para mim é SEMPRE uma boa notícia. É inegável a influência que os AN tiveram na sonoridade e cena dos inícios dos 00's. Podemos dizer que foi com AN (e com a B9) que começou a "moda" de fazer mil edições em mil cores diferentes e haver pessoal a gastar rios de dinheiro a comprar um de cada. Bom ou mau, tudo começou com AN. Em relação à música parece-me uma boa continuação da onda da banda quando gravaram o "We're Down Til We're Underground". E é mais que normal que para muitos de vocês a banda já não vos diga nada. Os discos já saíram há uns 15 anos. Gosto do facto do disco novo sair como AN e não como Give Up The Ghost. O disco sai dia 16.02 pela Rise Records.   

Strung Out - Crows - Devo ser a única pessoa que conheço que adora Strung Out. Sempre foram uma das minhas bandas preferidas da Fat Wreck Chords e lembro-me de prai em 97 ou 98 enviar dólares dentro de uma carta e encomendar uns CDs do catalogo/fanzine da Fat. Um deles era o Suburban Teenage Wasteland Blues. Será fácil dizer que esta malha é Strung Out mid tempo clássico. Aquela balada/single que eles têm sempre um por disco. Não sei porquê mas esta música tem um vibe à Twisted By Design. Gosto. E acabei de descobrir que é da mesma sessão do último disco, mas que ficou de fora por ser demasiado soft. Toma-te!

Balance And Composure - Run From Me - O "Light We Made" que saiu em 2016 foi um dos discos que mais ouvi nesse ano. É um daqueles discos que sorrateiramente se vai entranhando e quando dás por isso já estás completamente agarrado, especialmente à "Spinning". Tal como os Strung Out, os B&C também gravaram umas músicas que acabaram por não entrar no disco. No Record Store Day de 2017 editaram um 7" com esta "Run From Me". Fica difícil perceber como é que esta malha acabou por ficar de fora. Mas ao menos não ficou perdida por aí.

Cutting Through - Reflect - Esta banda tem um pedigree interessante com membros de Get The Most, Go It Alone ou Blue Monday. Não é normal haver bandas americanas de Hardcore a querer soar a uma banda europeia, mas é o caso dos Cutting Through. De olhos fechados não tinha dificuldade nenhuma em dizer que este disco saiu no final dos anos 90 pela Crucial Response. Não é o caso, o disco saiu em 2017 pela clássica New Age Records. Se gostam de bandas europeias tipo Sportswear, Abusive Action ou A Step Apart vão papar isto na boa. O meu único senão é que o disco em si tem algumas malhas demasiado grandes (o que não é o caso desta). Mas sem dúvida uma banda com um som mais "clássico" que me agrada bastante.

Lemuria - More Tunnel - Alguém está a fazer a lista de bandas que eu digo que já tinha ouvido falar (bem ou mal) mas que nunca tinha ouvido com atenção (por esta ou outra razão)? Então podem acrescentar Lemuria a essa lista. Sempre ouvi falar bem da banda, mas acabei por nunca lhe prestar a devida atenção. Lemuria que já não editavam um disco desde 2013 acabaram há umas semanas de rebentar com um LP novo do qual esta música faz parte. Sei que o Filipe Severo é fã por isso vou dar uma chance não só ao disco novo como à banda. Se calhar deviam fazer o mesmo para o Filipe não ser o único fã de Lemuria por estes lados.

Moose Blood - Talk In Your Sleep - A banda está de volta (mas estiveram ausentes sequer? Não dei por isso) e este é o primeiro single do novo disco "I Don't Think I Can Do This Anymore" que vai sair a 3 de Março. A música é tipo baunilha. Não é má, mas também não é nada do outro mundo. Esta é mais uma daquelas bandas que nunca prestei grande atenção, mas graças ao Spotify posso assim ouvir e ficar a pensar que baunilha é fixe, mas se calhar prefiro mais gelado de limão com chocolate. Até pró ano!

Esta playlist será atualizada às Sextas-feiras, por isso façam Follow no Spotify e fiquem a par das novidades. Os updates na playlist serão acompanhados por um post no blog para vos aguçar o apetite e saberem ao que vão. 

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Discos do Ano 2017

Fim do ano pede listas e mais listas de melhores discos. Sempre desafiadores do status quo, apostamos em quantidade COM qualidade.


Tiago Gil

Illusion - Demo CS
Unjust - Transparency 7"
Abuse of Power - When Then Becomes Now 7"
Exit Order - Seeds of Hysteria 12"
Combust - NYHC Demo CS

David Rosado

Bad Cop, Bad Cop - Warriors 12"
The Bombpops - Fear Of Missing Out 12"
The Flatliners - Inviting Light 12"
The Menzingers - After The Party 12"
No Warning - Torture Culture 12"

André Santos

The Turn - Now Till Forever CS
Zero - Can You Help Me? CS
Big Cheese - Aggravated Mopery 7"
Unified Right - If I Can't Listen to UR In Heaven Then Send Me Straight To Hell 12"
Open Your Eyes - Demo CS

Emanuel Matos (Juicy Records)

Sampha - Process 12"
Kendrick Lamar - DAMN. 2X12"
SZA - CTRL 2X12"
FREE - Ex Tenebris 7"
Brockhampton - Saturation + Saturation 2

João Quintans (Stand In Front)

Ecostrike - Time Is Now 7"
Incendiary - Thousand Mile Stare 12"
Citizen - As You Please 12"
Lift - Lessons Learned In Pain
No Warning - Torture Culture 12"


Luis Rattus (Albert Fish, Atlantes, Combate Brutal Records)

Cock Sparrer - Forever 12"
Fred & The Perrys – Xa Non Hai Xustiza 7"
Fuerza Bruta - Verdugo 12"
Dr Frankenstein – Santo André & Os Maus Rapazes 10"
Rixe - Baptême Du Feu 7" 

Ludgero Urbano (Broken Distance)
King Krule - The Ooz 2X12"
Beach Fossils - Somersault 12"
Real Estate - In Mind 12"
Slow Crush - Ease 12"
Riding Pânico - Rabo De Cavalo CD

Pedro Bica (Asas da Vingança)

Shipwrecked - S/T 7"
Screw - Demo 2017 CS
Battle Ruins - Glorious Dead Lay Under Waves (BR Fan Club Bootleg) 7"
Falcata - Forged In Blood 7"
The Templars - Deus Volt 12"

Rafael Madeira

Trapped Under Ice - Heatwave 12"
Cigarettes After Sex - S/T 12"
Fireburn - Don't Stop The Youth 12"
Wavves - You're Welcome 12"
Freedom - Never Had a Choice 7"

Daniel Pontes (Clean Break, Broken Distance)

Turnover - Good Nature 12"
Manuel Fúria & Os Náufragos - Viva Fúria 12"
Wolfbrigade - Run With The Haunted 12"
Obituary - Obituary 12"
No Warning - Torture Culture 12"

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Nós Contra Eles no Spotify #17

A ideia é simples - uma playlist no Spotify com cenas novas que vão aparecendo nesta plataforma de streaming. Sim, porque estamos em 2017 e o Nós Contra Eles é bué à frente.



Com o ano na sua recta final temos um mix de coisas boas de 2017 e coisas boas que vão sair em 2018. Boraaaa!!!

Turnstile - Generator - Se há discos que estou a contar os dias para que saiam, o novo de Turnstile é um deles. Esta é a segunda música avançada pela banda na sua estreia pela Roadrunner, e estou a sentir. Acho que já é possível chamar a isto "Classic Turnstile" não? O groove característico está lá e a parte final mais maluca também. Obviamente que o disco foi gravado pelo Will Yip. Considerem isto a vossa prenda de Natal do NCE, não têm que agradecer.

Creeper - Suzanne - Em 2014 numa das tours de Clean Break tocámos na Bélgica com uma banda da Nova Zelândia chamada Dead Dreamers. Fiquei a conhecer o baixista inglês chamado Sean, bué simpático e boa onda que estava a tocar com eles nesta tour. Uns anos mais tarde, começo a reparar no hype dos Creeper, ao qual vejo uma foto da banda onde parece haver uma cara familiar. Era o Sean! Estrilho! Quem gosta de bandas na onda de AFI vai gostar MUITO de Creeper. Para mim é um mix de AFI com Comeback Kid. A banda editou um disco pela Roadrunner e está a ficar cada vez maior. Podes ir buscar o eyeliner e voltar a pintar o cabelo de preto, é na boa.

Red Death - Usurped - Se o disco de Unified Right teve hype, este também teve. No entanto já consigo compreender mais e aceitar o hype deste. Confesso que ainda não o ouvi vezes suficientes para entranhar, mas no que a Hardcore diz respeito em 2017, este é um disco que merece ser destacado. Mas não vão por mim, ouçam e julguem por vocês.

Code Orange - Bleeding The Blur - É difícil de acreditar que nem há 6 meses a banda tocou 2 shows na tuga juntamente com os Touché Amoré, no RCA em Lisboa e no Hard Club no Porto. É seguro dizer que muito dificilmente a banda irá tocar em salas desse género por cá nos próximos tempos. Adore-se ou odeie-se há que reconhecer o mérito à banda que até foi recentemente nomeada para um Grammy (?!?). Pode apanhar muita gente de surpresa também saber que 2 destes meninos mais a menina tocam também nos Adventures que editou há uns anos um dos melhores discos deste Emo revival. E esta é a musica mais Adventures do disco de Code Orange. Ah e conseguem adivinhar quem é que gravou este disco?!! Will Yip claro!

Bugg - Breathe Slowly - A Pop Wig é a editora do pessoal de Turnstile/Angel Du$t e este é um disco que facilmente vai passar despercebido de muita gente. Os 90's estão na moda quer queiram quer não e em termos musicais ainda bem. Pelo menos este tipo de som é do meu agrado. Os Bugg tocam aquele Rock Alternativo que pede emprestados riffs a Dinossaur Jr. e a algumas bandas de Seattle. Acho que a banda ainda tem margem de progressão e as próximas cenas têm tudo para serem ainda melhor. Até lá relaxem e sintam o fuzz...

Rolo Tomassi - Balancing The Dark - Confesso que até há algumas semanas atrás nunca tinha ouvido falar nesta banda. O que sei é que vão editar um disco em Março de 2018 e vão fazer o suporte nas datas europeias de While She Sleeps que vão tocar por cá em Janeiro, dias 14, 15 e 16 no Hard club (Porto), RCA (Lisboa) e Loulé (Bafo de baco) numa organização da Ample Talent e da Out Of Sight Crew. Agora que já fiz o shameless plug, este post-hardcore/screamo com uma miúda na voz até me pareceu bastante interessante. Bom fim de semana a tod@s.

Esta playlist será atualizada às Sextas-feiras, por isso façam Follow no Spotify e fiquem a par das novidades. Os updates na playlist serão acompanhados por um post no blog para vos aguçar o apetite e saberem ao que vão.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

For The Glory Tour Diary - Dia 11 (Essen)

Dia 11 (10/12/2017) - Essen (Alemanha)


Hoje foi um dia de merda...

Nunca na minha vida tive tanto medo de andar na estrada como hoje. Uma viagem de 4 horas transformou-se num pesadelo. Cerca de 8 horas e tal depois chegámos a Essen. Para pessoas do sul, a neve é uma coisa bem bacana de se ver às vezes. Penso que hoje tive a minha dose de neve para sempre. O Ivan é um condutor do cacete, agarrou-se ao volante e ali foi ele a levar com o pessoal e a desbravar os caminhos de uma Alemanha fria e gélida.


Por momentos pensei que o concerto estava cancelado com os consecutivos avisos de tempestade de neve. Pessoas amigas que nos ligavam a dizer que não podiam ir porque a tempestade era forte e nós lá fomos trilhando o caminho até chegarmos com 2 horas de atraso a uma sala linda em Essen. Um club perfeito para concertos, com zona de dormida, zona de backstage tranquilo, bom som, tudo perfeito...a única coisa que faltava hoje eram mesmo pessoas. Pelos vistos aqui levam a sério os avisos vermelhos e não saem de casa mesmo.



Tocaram os Demolition, Tides Denied e a banda do nosso velho amigo Bjoern Esser, Jails. Tocámos para uma sala com 15 pessoas, muitas delas amigos de longa data! Foi possívelmente dos concertos mais divertidos da tour, porque ali estavam alguns dos nossos amigos de muitos anos e estávamos mesmo com o feeling de desbunda.

Não vou esconder os números, toda a gente tem vergonha de falar dos seus fracassos, eu não tenho vergonha de nada. Não sinto que tenha algo a provar, quem vier que venha por bem e isso para mim chega. Existimos há 14 anos, centenas de concertos dados pela Europa de norte a sul, alguns concertos épicos e alguns falhanços, hoje foi uma noite de pouca assistência mas de carga emocional grande.


Durante 11 dias ouvimos pessoas a queixarem-se de que a cena hardcore está em baixo, os concertos grandes estão a absorver os pequenos. Isto só me lembra que muitas vezes em palco falo sobre isso, sobre o facto de que quando as bandas locais e mais pequenas acabarem o que restará? Em Portugal temos a sorte de não sermos tão mimados quanto cá em cima, mas estamos a caminhar para aí.

Quantas bandas novas aparecem? Quantas pessoas aparecem nos concertos locais? Onde estão as 600 do Ritz? Ou as 300 de Lafões ou da República da Música? Quando deixarmos de amar a nossa própria cena hardcore estamos a contribuir para o seu empobrecimento e consequente fim.

Amanhã estamos de volta a Portugal, estamos de volta às nossas famílias. Custa estar longe nestes dias em que as coisas não correm da melhor maneira, mas é mesmo assim. Aqui estaremos até um dia deixarmos de estar. Para já vamos nos encontrando por aí.

Texto por Ricardo Dias. Fotografias por Tiago Mateus.

Nós Contra Eles no Spotify #16

A ideia é simples - uma playlist no Spotify com cenas novas que vão aparecendo nesta plataforma de streaming. Sim, porque estamos em 2017 e o Nós Contra Eles é bué à frente.





Aqui vamos nós com 6 músicas para vos aquecer o coração neste inverno... Semana #16.

Harms Way - Human Carrying Capacity - Prontos para uma dose massiva de testosterona?! Os Harms Way assinaram pela Metal Blade e vão editar um disco novo chamado "Posthuman" dia 9 de fevereiro. Mas entretanto já mandaram cá para fora o primeiro single, como se dizia no antigamente. Confesso que quanto mais ouço esta malha mais lhe acho piada. Se à primeira não me disse muito, é inegável que o riff é bruto e com uma boa dose de veneno. Irei ouvir o novo disco com alguma curiosidade.

The Last Gang - Sing For Your Supper - Parece que hoje em dia um dos requisitos para uma banda assinar pela Fat Wreck Chords é ter uma ou mais miúdas na formação. Longe disso ser algo mau, bem pelo contrário. Ao ouvir os primeiros segundos desta malha pensei... "lá vem um Ska à Interrupters"...mas não. É um Punk Rock mid tempo com um refrão catchy Q.B. que depois de ouvir um par de vezes já dou por mim a cantarolar sem dar conta. É certo que as bandas de Punk Rock com miúdas a cantar sofrem do síndrome "soar a Distillers". Neste caso isso acontece por vezes, mas não é tão grave como Interrupters por exemplo. Para já saiu apenas um 7" com duas músicas, mas estou certo que algo mais irá surgir em 2018. Boa malha.

Unified Right - Consuming Satisfaction - Mais um lançamento da Triple B e este com um certo hype até. Sinto inconscientemente uma certa vontade de não ouvir logo as coisas quando vejo que há demasiado hype à volta delas. Não sei se isso é bom ou mau, mas é o que acontece inúmeras vezes. O nome da banda é péssimo, mas se calhar nem vale a pena ir por aí. O disco é bom, Hardcore com qualidade naquela onda Triple B / Lockin' Out. Mas será que temos aqui substância que justifique tanto hype?! Provavelmente não.

Swingin' Utters - London Drunk - Era uma vez uma miúda no final dos anos 90, nos primórdios da internet, que lhe fez muita confusão quando um dia se ligou e procurou informação sobre esta banda e deparou-se com o facto de, para além de não haver uma página oficial da banda, a informação ser pouca ou nenhuma. E o que é que ela fez? Arregaçou as mangas e criou ela uma página para a banda. Aprendeu código HTML e essas coisas e fez um site no Geocities. Se isto não é Punk eu não sei o que será. Ah, esta malha soa a Swingin' Utters. Não preciso dizer mais nada sobre isso.

Backflip - Redemption - Se há uma banda tuga que tem evoluído bastante de gravação em gravação, para mim são os Backflip. Estas para mim são as melhores malhas da banda e a melhor gravação. Nota-se uma dedicação extrema e uma vontade inesgotável em se superarem. Acho que todo esse trabalho e dedicação estão a dar frutos. O balanço entre os riffs melódicos e partes mosh cheias de groove estão lá, a voz da Inês está melhor que nunca. Nota-se um maior à vontade nas partes melódicas. Sinto que este disco não teve o destaque que merece. Espero que em 2018 os Backflip consigam dar um passo em frente e subir um degrau em termos de reconhecimento pelo esforço e trabalho. "Prove! Prove them wrong, you can make it!"

Bad Cop, Bad Cop - Womanarchist - Este é seguramente um dos meus discos preferidos de 2017. As Bad Cop, Bad Cop são uma banda de 4 gajas da Fat Wreck Chords. Este é o segundo LP, chama-se Warriors e já saiu perto do verão. Punk Rock de qualidade de uma banda nova. Se andam à procura de uma banda nova para não andarem sempre a ouvir NOFX, Lagwagon ou Bad Religion têm aqui uma das melhores bandas novas dos últimos anos, na minha opinião obviamente. Até para a semana.

Esta playlist será atualizada às Sextas-feiras, por isso façam Follow no Spotify e fiquem a par das novidades. Os updates na playlist serão acompanhados por um post no blog para vos aguçar o apetite e saberem ao que vão.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

For The Glory Tour Diary - Dia 10 (Lichtenstein)

Dia 10 (09/12/2017) - Lichtenstein


Mas que frio é este? Depois do desconforto de ontem, hoje o desconforto é mesmo o frio. Acordámos e fomos almoçar. Descobrimos um shopping em Weimar que tem um restaurante chinês e siga que a fome aperta!

Viagem calma de pouco tempo até à vila do Lichtenstein. O local é o mítico JZ Riot. Já tinha tocado aqui em 2005 quando fiz a tour de Zero Mentality a tocar baixo. Foi porreiro voltar a este spot. Toda a crew que trata do local é incrível, sendo que o Michael, devido aos anos de estrada que tem, sabe como receber.


Saímos da carrinha mas não estava ninguém na sala, fomos fazer tempo com uma voltinha pela cidade. Impressionante como a um sábado todas as lojas estão fechadas. Não se passa nada!

Achei que dificilmente viessem pessoas ao show com o nevão que estava mas felizmente estava errado. Sala packed, som bacano e tudo ready para ser uma excelente noite. Pouco depois apareceram os jovens dos Risk It e lá tivemos uma boa conversa. É sempre bom chilar com estes rapazes especialmente ver o meu brother André.



Eu posso estar errado mas foi possivelmente a primeira vez que vi RI com ele na bateria. Foi alto concerto. todas as bandas tinham tido um crowd mais quieto mas muito observador e a querer conhecer melhor, e quando eles tocaram nem parecia o mesmo concerto. Corpos no ar, altos singalongs, foi do caraças!

A noite já era longa e o álcool começou a apoderar-se de alguns jovens que se esticaram um bocado. Props para um dos jovens que manteve o controlo. Se não sabem beber, não bebam... A vibe esteve lá. Este people da velha escola da zona dos Risk It sabe andar nisto. São shows bons, boas salas, boa onda. Tá tudo. Agora é ir dormir que vem aí um nevão como nunca vimos na vida! Uh la la la la.

Texto por Ricardo Dias. Fotografias por Tiago Mateus.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

For The Glory Tour Diary - Dia 9 (Erfurt)

Dia 9 (08/12/2017) - Erfurt (Alemanha)


Hoje foi um dia estranho. Tocámos com bandas nice, mas não senti a vibe do show. O promotor era boa gente, simpático. Mas esqueceu-se que tinha 25 pessoas para dormir num espaço de 10. Resumindo, fomos para um hotel a caminho do próximo show.


O som da sala foi possívelmente dos piores que já tocámos e isso reflectiu-se no concerto em si. De facto não foi memorável. Está cada vez mais frio e isso faz com que a vontade de escrever seja menor. Os dias são aborrecidos, nada se passa...Hoje foi um dia de estar mais em baixo. Também há dias assim...


Desculpem a curta review. Amanhã vamos tocar com os Risk It e vou estar com o meu brother André! Peace.

Texto por Ricardo Dias. Fotografias por Tiago Mateus.

sábado, 9 de dezembro de 2017

For The Glory Tour Diary - Dia 8 (Kehl)

Dia 8 (07/12/2017) - Kehl (Alemanha)

 
Dia 8 da tour. 7 horas de estrada, 2 horas dos quais parados no meio do trânsito em Strasbourg para entrarmos em Kehl, tudo devido à magnífica condução vs condições atmosféricas praticadas aqui na tão aclamada capital Europeia.


Chegámos por fim à venue e fizemos o load in do material. A sala de concertos era numa igreja, as tais "Baptist Church's", à semelhança do que existe nos States e que se vê nos videos da Hate5six. A sala era mega acolhedora, com alta boa vibe e até um estúdio de gravação tinha no seu interior.


A noite teve início com concerto dos Selfish Hate, hardcore na veia de uns Hatebreed/ Madball, que terminaram o set em beleza com o cover clássico Fight For You Right dos Beastie Boys. Primeiro show de FTG nesta cidade de sempre, e teve alta adesão e feedback por parte do público. Foi grande festa esta noite!


Texto e fotografias por Tiago Mateus.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

For The Glory Tour Diary - Dia 7 (Leuven)

Dia 7 (06/12/2017) - Leuven (Bélgica)


Já disse várias vezes que Leuven está directamente ligado aos For The Glory. Foi aqui que, há muitos anos atrás, nos sentámos numa escada enquanto esperávamos por um promotor de um concerto de What Went wrong que decidimos fazer a banda. É a segunda vez que aqui tocamos, e existe portanto um sentimento de nostalgia que invade o meu pensamento.

O dia de hoje foi marcado pelo Kris dos The Setup. Para quem não os conhece, eles são das melhores bandas da Europa, gente impecável com quem temos um excelente relação. Esperamos que o novo disco que irá sair em breve seja aquela bomba que todos ansiamos.

A pequena sala no centro da cidade ficava localizada numa das mais emblemáticas praças. Aqui é o local onde estudantes se encontram para estar juntos. Um género de Piolho de Leuven. Com capacidade para 60 pessoas, rapidamente ficou cheia. Entre caras familiares e desconhecidos lá se passou mais uma noite.


As bandas de hoje eram os Ashes (checkem!!!!) e os Forge, que acabei por não ver para meter a conversa em dia com todos os nossos amigos que por lá apareceram. O concerto foi porreiro, tocámos um set mais curto e pesado. A máquina já está oleada!

Nota para o japonês que andava louco a mandar-se contra tudo (mesa de som, pessoas, colunas, etc). Estava a ver que o man ainda ficava empalado na mesa da matrecos. Mas props, que ele estava a curtir como se não houvesse amanhã! A parte mais dura da noite foi mesmo subir com um 8x10 por umas escadas íngremes até um tipo de sotão. Foi uma ganda dureza, mas fez-se...

Por esta altura já todas as datas a rotina é a mesma, carregar e descarregar, comer e chillar, tocar e arrumar e ir dormir. Para quem acha que é altamente e tem alto glamour, não vou mentir na parte do altamente, mas na parte do glamour vou destruir alguns sonhos, hahahaha. Um agradecimento mega especial ao Kris por nos ter marcado este show num dia de semana!


Texto por Ricardo Dias. Fotografias por Tiago Mateus.

For The Glory Tour Diary - Dia 6 (Hannover)

Dia 6 (05/12/2017) - Hannover (Alemanha)


A viagem fez-se pela manhã na esperança que hoje fosse um bom show. Afinal não é todos os dias que se toca com uma lenda viva.

O local onde ia ser o concerto era um Youth Center/Centro cultural daqueles que têm muitas actividades com vários concertos e festas de todos os géneros de música. Assim que estacionámos a carrinha, o Arne veio dar aquele "tá tudo". Entrámos e vimos uma sala brutal, ficámos pumped, mas afinal o show era na sala mais pequena hahaha. Go figure, hein? Sala bem porreira, com capacidade para umas 200 pessoas, parecia que ia ser noite de estalo.


No cartaz estavam os Slam Harder (locais), Life Sick da Dinamarca e Harley Flanagan. Depois de tudo montado num palco pequeno mas o suficiente para aquela partidura de brita. Hoje estava tudo no ponto, boa comida, bons drinks, excelente catering e um promotor super fixe.

Pelas 22h30 sobe ao palco um Harley vestido de Pai Natal e manda-se a uma intro do Age Of Quarrel com tanta garra que deixa-me surpreso. Depois foi um desfilar de clássicos de todos os discos de Mags, passando também por malhas do seu disco. Há algo electrizante neste senhor, a forma desbocada como fala para o público, a raiva com que toca as cordas do baixo ou mesmo quando se engana a cantar e remata com um "i did this song so if i want to change the lyrics i can change them.. today it's world peace CAN be done". Agarrou-me sem dúvida. Aparenta ter algo a provar e então vive mais intensamente.



O público hoje era mais velho, nunca nos tinham visto a tocar e isso causou excelente impressão. Até o drummer do Harley ficou passado, veio dar mega props e a dizer que já tinha ouvido falar do nome, que sabia que não éramos uma banda de miúdos novos e que tinha adorado o gig. Ou foi aquele charme, ou até curtiu.. fica no ar a dúvida! Quem curtiu numa maneira estranha foi o público. Neste concerto não se mexeram em nenhuma banda, mas aplaudiam como se não houvesse amanhã. Acho que deixámos boa impressão, pelo menos o Tiago não teve mãos a medir com o merch.

Agora é tempo de dormir que amanhã vamos até á Bélgica! Kiss.


Texto por Ricardo Dias, fotografias por Tiago Mateus. 

Nós Contra Eles no Spotify #15

A ideia é simples - uma playlist no Spotify com cenas novas que vão aparecendo nesta plataforma de streaming. Sim, porque estamos em 2017 e o Nós Contra Eles é bué à frente.  






Prontos para a actualização #15?! Bora lá...

BIB - Pressure II - A Pop Wig Records é mais conhecida por ser a editora dos Turnstile/Angel Du$t. Até há bem pouco tempo nunca tinha ouvido falar nos BIB, e ouvindo uma das malhas dá para perceber porquê. Instrumentalmente está tudo no ponto. O riff é jardoso e com veneno Q.B. mas o problema é quando entra a voz... fritaria completa. Fez-me lembrar o último disco de Bad Brains, que tem riffs brutais mas a voz do HR mata um bocado o feeling. De qualquer forma o 7" já saiu, por isso se for a vossa cena podem pedir ao Pai Natal.

Senses Fail - Double Cross - Uma das cenas fixes do Spotify é que graças a ele tenho ouvido muita, mas mesmo MUITA música nova e diferente. Se calhar nem tudo é a melhor cena do mundo, mas na minha opinião música nunca é demais. E ouvir um disco uma vez, mesmo que não seja a cena que mais gosto ou me identifico não faz mal nenhum. Continuando, Senses Fail é uma daquelas bandas que conheço de nome, mas se me apontassem uma arma à cabeça e me perguntassem a que é que soa ou o nome de uma música, não me safava. Não sei se esta malha reflete a sonoridade da banda, mas é um Emo/Pop Punk bem agradável que me dá curiosidade suficiente para ouvir o disco quando sair a 16 de Fevereiro de 2018 pela Pure Noise Records. 

Bitter Youth - Succeed Despite - A cena Hardcore como qualquer outra é feita de altos e baixos. Há sempre alturas de uma maior ou menos popularidade. Recentemente a cena no UK tem trazido ao mundo várias bandas interessantes, tendo inclusive algumas como o caso de Violent Reaction saído pela Revelation Records. Posto isto, resta dizer que os Bitter Youth são de Liverpool e tocam aquele Youth Crew mesmo à Rafael Madeira. No entanto no caso desta malha até me vem à memória uns Abusive Action. O 7" acabou de sair há mais ou menos um mês pela Straight & Alert Records. Se estiverem interessados podem ir AQUI

Glassjaw - Shira - Se o Ludgero de há 10/12 anos atrás estivesse aqui à minha frente estaria excitadíssimo com uma malha nova de Glassjaw. Hoje em dia não me parece que seja o caso. Mas os 90's estão aí e de boa saúde. Então 15 anos depois do último disco os Glassjaw estão de volta e o disco novo chama-se "Material Control" e saíu no passado dia 01/12. Aquele Post-Hardcore na onda de Quicksand, Deftones ou Helmet. 90's Bay Bay!

Candy - Love Wants More Love - Não tenho grande coisa a dizer sobre estes Candy porque também não sei grande coisa sobre a banda. Sei que o 7" saiu pela Triple B Records que está a lançar uma data de coisas nos últimos tempos. Em termos sonoros é metálico e barulhento, com a voz assim distorcida. Mas julguem vocês mesmos. Yay ou Nay?!

Linda Martini - Gravidade - Este é mais um daqueles momentos que vamos ver quem realmente vai continuar a seguir a playlist. Tal como quando coloquei aqui Moonspell, aqui fica uma música nova de Linda Martini. Será que podemos chamar a isto Post Hardcore?! Não sei, mas esta malha até é bem fixe. Especialmente o inicio assim mais à Fugazi. A parte final fica mais melosa e não gosto tanto. O disco novo deles saí em Fevereiro. Para a semana há mais...

Esta playlist será atualizada às Sextas-feiras, por isso façam Follow no Spotify e fiquem a par das novidades. Os updates na playlist serão acompanhados por um post no blog para vos aguçar o apetite e saberem ao que vão. 

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

For The Glory Tour Diary - Dia 5 (Trier)

Dia 5 (04/12/2017) - Trier (Alemanha)


Dia 5 da tour, após uma animada viagem de Montreuil (subúrbio de Paris) para Trier na Alemanha. Entre jogos de guess the band e singalongs chegámos à sala do concerto. Já lá estavam os ingleses Higher Power que também tinha acabado de chegar. São bons miúdos e faziam-se acompanhar pelo baterista de Broken Teeth já nosso conhecido.




A sala do concerto era um antigo abrigo, datado da altura da WWII. O Thomas (promotor) fez-nos uma visita guiada ao resto do youth center onde esta sala também co-habita. Ao chegarmos ao backstage fomos surpreendidos com um campo de futebol e claro que como bons tugas que somos fomos logo dar uns toques na xixa.

Os Blanket Hill abriram as hostes da noite e fecharam os Higher Power. Foi grande malha sentir o show destes “Leeway” à boa moda de Leeds.



Fomos ainda brindados com a visita do Alex de Word Eater e do Nuno Prelhaz com quem trocamos uns dedos de conversa e matámos saudades, malta 5 estrelas.

Notas do Dia:
- O baterista de Higher Power tem uma distro bem fixe. Chekem a Nuclear Waste;
- Acordámos com o “rufar” da picareta nos quartos ao lado a serem demolidos para obras;
- O corte de cabelo moderno do vocalista de Higher Power.

Amanhã tocamos em Hannover, e a “paz mundial” não vai dar entre o Harley e o JJ.

Peace Out
.

Texto por Tiago Mateus. Fotografias por Tiago Mateus e Sèrgio Bernardo.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

For The Glory Tour Diary - Dia 4 (Paris)

Dia 4 (03/12/2017) - Paris (França)


Foi fixe ver os bros dos Life Betrays Us e dos Die My Demon. O concerto foi numa zona do subúrbio de Paris. Inicialmente previsto para ser com Crown Of Thornz, que cancelaram a sua tour, não tínhamos grandes expectativas para este concerto em termos de afluência, e foi o que aconteceu efectivamente.

Portas com abertura as 17:30, mas o maninho do som só apareceu às 19:00. Assim que abria as vias da mesa sentava-se no bar a comer kebab, cagando na tola das bandas. Quase que poderia ser a tuga em 2000, mas não... era mesmo Paris em 2017, hahaha.


O Seb é um gajo atencioso, promotor que faz algumas coisas pela cidade, talvez hoje não fosse uma das suas noites. Mas bola para a frente que haverão dias melhores. Agradecemos imenso ter um spot para tocar, e poder estar com os nossos amigos. Merci my man. 

O concerto de hoje fez-me lembrar o quão voláteis são as cenas de cada cidade. Numa era em que as bandas grandes continuam a ser as mesmas de sempre, é duro para bandas como a nossa conseguirem furar se não se moldarem um bocado. A localização geográfica de uma banda ainda é um entrave para muita coisa. A quantidade de bandas e tours que passam pelas cidades da europa faz com que pequenos shows estejam vazios. Ou vivemos com isso ou desistimos... parece que vamos viver com isso!

Nota especial deste dia para o Zé de Aveiro, que apareceu lá todo narso a gritar Portugal e antes da primeira banda já tinha sido expulso do bar!!! Man se tiveres a ler isto, a vida não é fácil...
 

Como habitual, texto por Ricardo Dias e fotografias por Tiago Mateus.

domingo, 3 de dezembro de 2017

For The Glory Tour Diary - Dia 3 (Cherbourg)

Dia 3 (02/12/2017) - Cherbourg, França

Escrevo-vos estas linhas ao som do novo disco de Moonspell. Está um disco do caraças!


A manhã foi passada numa viagem até à loja de música para ir buscar umas peles de bateria e umas cordas. Por alguma razão que não sabemos qual, a pele da tarola rasgou-se... crazy! Compras feitas, vamos em direção a Cherbourg. Para vos situar a cidade fica localizada na Normandia, muito perto de onde foi realizado o desembarque, também conhecido como Dia D. Há aqui algo no ar que nos leva para outros tempos. Os bunkers embutidos nas paredes, os museus de guerra, as marcas nas casas, tudo tem algo no ar. Afinal de contas foi há 70 e poucos anos. É impressionante pensar que nestes campos que cruzamos de carrinha branca houve tanto combate. Sem dúvida uma carga enorme.


O Juxtabar é um restaurante com uma sala onde fazem uns concertos de vez em quando. Boa comida e pessoas atenciosas. Inglês é que não é o forte por estas bandas, mas nada que o tradicional falar com as mãos não resolva.

Os hosts de hoje eram o Pierre e o Romain, gente de bom coração e que tocam numa banda fixe chamada Defiance! Foram super mesmo. Em todas as datas que temos ido temos encontrado malta conhecida e amigos, mas hoje tivemos o prazer de conhecer o Nuno, que está a trabalhar naquela zona e foi sozinho ao concerto para nos ver. Dois dedos de conversa no backstage enquanto se degustava uma leffe. Falámos um bom bocado sobre tudo um pouco até que nos diz que tinha umas bandas em portugal. Perguntei qual era e responde-me que tinha sido baterista de K2O3... dude!!!! Eu desde que me lembro de puto que a malha da vaquinha, etc era cantada por pessoal da minha rua. Brutal! Deu tempo para ver videos no youtube e rir uma beca!


O concerto foi altamente, ali ainda vive aquele vibe Loures 90's. Nao há style no mosh, há people a curtir e curtem BUÉ!!! Foi grande noite mesmo. Punks, hc, oi, pessoal local tudo numa curte brutal. Tantas vezes que nos perdemos no rotular, que nos perdemos em manter uma pose que nos esquecemos que por vezes o melhor é só mesmo curtir a vida que temos. O tempo provou-me que não adianta levar demasiado a sério, mas fazer o que gosto e como gosto. Essa é a minha escolha. Pelos vistos a escolha deste people que veio num sábado frio ver uma boa noite de hardcore foi a mesma. O hardcore é lindo. Aqui em Cherbourg, Nantes ou Pinheiro de Loures sentimos igual!


Texto por Ricardo Dias, fotografias por Tiago Mateus.

For The Glory Tour Diary - Dia 2 (Nantes)

Dia 2 (01/12/2017) - Nantes (França)



Saímos de Ypres em direção a Lille para dormir no F1. God Bless F1 pelas dormidas baratas. Marcámos a saída para as 9 horas. Como bons tugas que somos saímos de lá às 10h00. Arrancamos para Nantes e a típica conversa na carrinha, raramente ouvimos música. Passamos maior parte do tempo na conversa. Aliás, a cena mais fixe destas viagens é mesmo o tempo que conversamos. De resto esta viagem foi aborrecida, tão aborrecida quanto uma viagem de 7 horas deve ser.


Chegados a Nantes somos recebidos por um trânsito horrível dentro da cidade, tempo para ouvir umas malhas do hip hop que parecem estar a fazer furor no panorama musical português. Chegar, fazer load in e fazer ensaio de som. A sala La Scene Michelet é um pequeno club no coração de Nantes. Várias bandas passam por lá e mostram a sua música, e a julgar pelos autocolantes espalhados por todo o lado é uma pequena meca no coração da cidade. Um staff incrível e com uma grande boa onda.


Depois do ensaio feito, fui a correr descer as escadas para fazer uma entrevista para uma revista sobre motas, skate, hc, rock, tattoos, etc. Foi altamente! Uma das bandas que tocava na mesma noite eram os Hard Mind, são uma banda de Rennes e tem um som daqueles agressivo com breakdowns e muito mosh. O Yvan é um gajo muito porreiro que monta o Superbowl Of Hardcore e levou a crew toda de lá de Rennes. esta malta sabe andar nisto. A nossa relação com Nantes remonta á primeira tour de FTG, quando ficámos num espaço chamado V&B, que era uma loja de vinhos e cervejas. Nessa noite estavam umas 400 pessoas a ver o concerto e até os seguranças levaram merch hahaha.

Sempre que fazemos tour tocamos em Nantes e isso é algo que nos alegra, pois a nossa relação com a cidade é algo que já tem tantos anos quanto FTG. Cada local tem a sua especificidade, as suas maneiras. Aqui sabem receber, sabem tratar, sabem ter aquele cuidado com o som, com a hospitalidade. Neste concerto tivemos uma grande surpresa com a presença do nosso amigo Diogo Dime, que veio dos UK para estar com a malta. Foi fixe estar com o nosso brother. 5 estrelas!

Agora vamos descansar que amanhã vamos até Cherbourg!!! Nantes muito obrigado por nos mostrares que ainda faz sentido, e agora alguém que nos leve ao Hellfest hahahahah. Nantes Mon Amour.



Crónica por Ricardo Dias, fotografias por Tiago Mateus, excepto fotos ao vivo, tiradas por Maxime Hillairaud.