terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Review: Chain Whip - Two Step To Hell EP (Neon Taste/Drunken Sailor Records)

 


Os Chain Whip são de Vancouver, Canadá, e estão nisto há um par de anos. Um EP, seguido de um LP bom que dói (“14 Lashes”) e uma demo em 2020, daquelas que são tão boas que merecem o tratamento da cassete para o vinil. KBD punk, com o pé no acelerador, neste novo disco meteram-no a fundo. Mas conseguiram fazê-lo continuando a escrever boas músicas, com bons refrões e sempre no ponto. As seis músicas do EP, que tem uma duração de pouco mais de 9 minutos, passam a voar, mas fazem-te querer voltar ao início e metê-lo a tocar em repeat.

Das 6 faixas três são regravações da demo de 2020 e uma é uma cover de Subhumans, o que lhe dá direito a desqualificação por KO técnico de listas de fim de ano. Regras são regras, e quem as fez fomos nós.

Se o 14 Lashes os colocou no mapa como uma das melhores bandas nesta onda, este EP marca posição. Obrigatório se gostas do que melhor a califórnia dos anos 80 te ofereceu, de Black Flag a Germs, mas carregado de atitude, veneno e umas mudanças acima.

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segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Review: Fate - Demo '21 CS (P.M.T.)

 


Leeds, Leeds, Leeds, para sempre Leeds. Membros de Big Cheese, Higher Power e The Flex juntaram-se pela enésima vez para mais um projeto. 4 faixas de HARDCORE cheio de testosterona a surfar a onda do início dos anos 90 em Nova Iorque. Na editora vendiam isto como tendo influência de DMIZE, e é mesmo isso. O som difuso, os riffs metálicos e aquele chugga chugga nas mosh parts.

Follow-up para isto é pouco provável, mas nunca se sabe. Fica o registo para a história. Edição limitada em cassete entretanto esgotada – duh!

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domingo, 19 de dezembro de 2021

Review: Pain of Truth/Age of Apocalypse Split EP (DAZE)

 


Nota prévia: A presença deste disco por aqui é meio batota. Meio batota não porque não seja de 2021, não que não seja interessante para este recap natalício, mas não é propriamente algo para o meu top 10 (ou 20...) de eps. No entanto precisava de uma desculpa para uma das descobertas favoritas (ainda que muito tardia) deste ano aparecer por cá – os Age of Apocalypse. E como o LP de estreia é de 2020 e o novo só sai em janeiro de 2022…assim dá para falar neles. 

Sem querer chutar os Pain of Truth para canto, mas chutando um pouco (o “No Blame…Just Facts” certamente já vos passou pela playlist – e sim, é o disco do cão a ladrar que catapultou a DAZE), o foco da review vai para os AOA.

Os Age of Apocalypse foram uma recomendação veemente de um colaborador próximo do Nós Contra Eles que os viu ao vivo (fiquem sintonizados no Podcast que tanto ele como os AOA vão ser estrelar). Vindo de quem vem, fui a correr googlar a coisa.

Vindos de Hudson Valley, NY, esperem um hardcore musculado com RIFFS. Bons riffs. Riffs pesadões, dos que te fazem sentir algo lá dentro a borbulhar. Influência dos 90’s de NY sem serem demasiado colados.

Mas o grande fator diferenciador, e o que mais gostei mesmo foi a voz super clean e arrastada que automaticamente me remeteu para o estilo de Life of Agony ou Only Living Witness num timbre mais a ir buscar o Messiah Marcolin de Candlemass. E o homem canta! Desta não estavas à espera, certo? É daquelas coisas que primeiro se estranha, depois se entranha. Prevejo coisas grandes para esta rapaziada.

Vocês sabem que a malta no NCE é muito visual, e capas de discos são a janela para a alma. A deste disco é só terrivelmente anos 90. Mas hey, DAZE STYLE, já sabes ao que vais.

O novo disco sai a 21 de janeiro, produzido e mixado pelo Taylor Young. Há 2 faixas de avanço online. Prometem-se bigornas.

sábado, 18 de dezembro de 2021

Review: Farmaco - Descolonizar EP (Discos Enfermos)

 


A América Latina tem sido um foco de exportação de excelente punk e hardcore no último par de anos, isto, claro está, sem querer descurar décadas de história, mas as recentes convulsões sócio-económicas em muitos destes países tem sido bom rastilho para esta cena musical, onde a Colômbia se tem destacado com umas milhas de distância.

Um “pouco” mais a sul, temos os Farmaco, vindos de Buenos Aires. Esta banda (e disco) só me chegaram aos ouvidos à dias, a propósito das trinta mil listas de final de ano, onde se encontram sempre boas prendas.

Algo que me prendeu de imediato foi uma espécie de ambiente sombrio que envolve o disco, e faz a simbiose perfeita entre as 4 faixas. A sonoridade pega no que melhor o Japão tem para oferecer: solos malucos, leads metálicos e riffs endiabrados, com uma cavalgada d-beat como pano de fundo. Uma voz feminina cheia de raiva, e uma gravação bem chungosa tornam este disco uma excelente recomendação para a vossa colecção ou biblioteca digital.

E num ano que, aqui por casa, foi muito e bem temperado com influências nipónicas, nada como uma boa sobremesa destas para o terminar.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Review: C4 - Chaos Streaks LP (Triple B Records)

 


Sejas tu novo ou velho seguidor do NCE, começo já por recordar que uma banda e disco com o clássico “som de Boston” não pode falhar numa síntese de fim de ano. Nunca. Desde as bandas da génese da Boston Crew, passando pela vibe Lockin’ Out à mais recente onda revivalista do straight edge hardcore e youth crew (geralmente com malta não tão nova assim…) o meu amor pela cidade é grande, mesmo sem nunca lá ter ido, e sabendo da fama que tem. Aquele som crú e duro, que lhe assenta que nem uma luva.

Os C4 não lançavam nada desde 2019, altura em que lançaram uma excelente cassete “Goes To War”, com 6 faixas que traduzem sonoramente o que falei atrás. Passados 3 anos, e mesmo com concertos de vez em quando, pensei que poucos ou nenhuns frutos voltaria a dar.

Para minha surpresa a Triple B anuncia um LP, que me meteu logo de antenas alerta. 10 faixas em 11 minutos que te fazem moshar forte - quando te começas a cansar, o disco acaba e podes ir à tua vida sem estares demasiado suado. Provavelmente já partiste tudo o que estava à volta, por isso o dano está feito. Aquele mix já clássico de bujardas de hardcore rápido com mudanças de tempo para partes com mais groove, mesmo para o side to side #renteaochão. 2021 e esta hashtag ainda não explodiu. Como? Não sei.

Não esperes por letras profundas, que apanhas exatamente o contrário. Se precisas de um shot de energia pela manhã, é só meter este disco a tocar e estás pronto para a tua jornada diária.

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sexta-feira, 25 de junho de 2021

NCE Podcast Ep. 19 - Acordei...E Escolhi Violência!

 


Mantendo a tradição de incesto na cena de podcasts nacionais, temos dois convidados para dar três dedos de conversa sobre tudo e mais alguma coisa: festivais de verão, como não enriquecer a vender música online, punk rock sueco e New Found Glory, dream show pós-pandemia e as novidades musicais da praxe. Resumidamente: um espetáculo.

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segunda-feira, 10 de maio de 2021

NCE Podcast Ep. 18 - NYHCOVID, Batidos Saudáveis e 3ª Guerra Digital

 


De certeza que o show de Madball e amigos no Tompkins Square Park apareceu no teu feed. Já não se viam discussões tão acesas na Internet desde o desaparecimento do "Fórum da Cena". Claro que até a 5400km de distância tinhamos de dar o nosso bitaite. Para não ser só o Tiago a malhar no JJ, temos dois convidados espetaculares, e quase 2h de conversa. 

Mais do que dissecar o óbvio, falamos nas diferenças entre continente europeu e americano, perceção de "ídolos" e separação entre arte e artista. Parece muito académico, mas já sabem que não. Apreciem a viagem.

sexta-feira, 30 de abril de 2021

NCE Podcast Ep. 17 - Triângulo de Leitores

 


Já tinham saudades? Andamos a tentar pôr a leitura em dia, e apesar de dormirmos mais horas que o Marcelo, não conseguimos ler tanto. Tivemos como convidado o Pedro da nova fanzine «No Borders No Walls» que nos apresenta o seu recém-lançado projecto. Falamos também de algumas fanzines e livros que lemos recentemente. Ainda há algumas sugestões musicais rápidas, a fechar, para não ficarem com os ouvidos desocupados.

sábado, 6 de março de 2021

Review: Preemptive Fear #1 e #2


Fanzines, fanzines, fanzines, quantas mais melhor. Hardcore Hoarders até ficam a brilhar dos olhinhos.

A Preemptive Fear surgiu no radar nas redes sociais em janeiro/fevereiro - ainda há utilidade para as mesmas -, ao ver uma publicidade a uma nova newsletter que tinha acabado de ser enviada aos subscritores. Newsletters? Adoro. click, click, click! Playlists, reviews, rápidas, whatever, estou in.

Dois e-mails depois sai e-mail a anunciar o novo número (o #2) da fanzine impressa, e claro que fui investigar. Gil Sayfan (Big Contest, Free Spirit...), Spark da Alemanha, e uns desconhecidos Wreckage e  O.N.E.. Os cromos da bola das fanzines que "sigo" a mandar props ao post foi sinal de alerta - pensem no Metal Gear quando o Snake era avistado.

Link na bio - click. #1 novamente disponível, com o Connor de Protester e o AJ de Stop & Think? Olá! Pack com o número 1 que não tinha com descontinho? Click, click, checkout, pay now. Feito!

Indo direto ao que interessa: as zines chegam, e layout como manda a lei. Mesma linha estética nos dois números, e aquela não rara evolução de primeiro número A5, segundo número A4. É tão melhor! Menos portátil, mas de resto, só prós. Já não é a primeira nem a segunda vez que o digo, mas A4 > tudo.

No primeiro número ficamos a saber a origem do nome (spoiler: LOJ), e abrimos com uma entrevista aos Generation, que não conhecia, mas que são uma banda de indie rock/punk com membros de Insist. Não fazia ideia, mas estão lá 3 dos miúdos que chegaram a tocar cá nas Caldas e em Lisboa.

Jungle Jamz é a secção que se segue, em que o Josh faz pequenas reviews aos discos que anda a ouvir. É fixe na medida em que não se foca só em novidades, e dá para recordar discos que gostámos e nos esquecemos, ou saber o que eventualmente perdemos.

Altura dos pesos pesados: Connor Donnegan fala do (fim) dos Protester e de Brain Tourniquet, onde também canta, e há lugar a entrevista ao Tom Pimlott de Rated X (e Violent Reaction, e por aí fora), que parece que está em TODAS as fanzines (o disco bateu, eh?), mas curiosamente esta entrevista foi feita ainda antes do LP sair, por isso o foco não é nele. 

Bitaites sobre melhores intros do hardcore? Siga. Para fechar entrevista rápida com 10 questões ao AJ de Stop & Think sobre o seu amor às fanzines e sobre o que tem lido. Rápido, eficaz, review feita.

Número #2. Aqui já passámos para outro campeonato. A4, maior, melhor, mais imagens, mais conteúdos, mais páginas. Depois de alguns textos introdutórios passamos direto para reviews a múltiplas fanzines (que me esfregam na cara que ainda não tenho a Gratitude, aparentemente das melhores que aí andam...), e logo a seguir uma entrevista aos O.N.E. (Overload of Natural Energy). A demo saiu na Advanced Perspective e editaram um novo EP em 2019 - não conhecia, fui ouvir, é "diferente" (scratch aqui e ali?!), mas entrou! Dêem uma chance.

Jungle Jamz retorna neste número para mais recomendações de discos - props pela lembrança da demo de Last Straw (LP a caminho em 2021!)

Entrevista ao Andy Villahuer de Spark, boa banda alemã que partilha membros com a maior parte das bandas boas do presente e passado recente da cena germânica (Night Force, Coldburn, Skaggs, Domain, Spirit Crusher...). Tudo dito, certo? O último lançamento foi um split com os Chain Reaction, ouçam que é bom. Entrevista em três páginas A4 = sumo.

Fanzine de ínicio de 2021, made in Europe, de um tipo straight edge só pode significar uma coisa = review ao LP de Rated X. Disco "edge" mais importante desde o LP de No Tolerance? Eu digo que sim. Debate me. Há mais reviews a discos, maioritariamente >2015. A review ao último disco de Sick of it All está engraçada - e diz umas verdades.

Não conhecia os Wreckage, mas são do Connecticut e parece que terão um split com os Last Straw que falei ali atrás a sair em breve (talvez!?). Ainda não tive tempo de ir ouvir, mas pelo que eles dizem ser influências, devo curtir. Se não gostar é porque são uns aldrabões.

Reedições de material promocional de Raw Deal em fanzines em 2021? Sim, todos os dias. Novamente o debate sobre melhores intros? Sim, todos os dias (literalmente). Boa entrevista ao Gil Sayfan sobre o passado (Free Spirit) e sobre o presente (Big Contest, Zeel). Alerta CM: Free Spirit não era banda SXE. Bom! Para fechar write up sobre Iron Age e 10 questões com o Grady Allen de Anxious e One Step Closer.

Para sumarizar, sou fã quando há esta evolução de um número para outro - em que tudo é maior e melhor. As entrevistas são todas boas e vê-se que houve estudo do assunto para não serem só as questões do costume ("quem são, porquê, o que é que querem para o futuro?"). Tenho de começar a inventar uma escala para estas reviews, mas está vai para o A+++ Recommended (props eBay quando os portes dos EUA eram baratos. sdds).

Podem adquirir os dois números num pack único no Bigcartel. Com portes fica-vos a pouco mais de 10€ (são e salvo de alfândega) - podia ser pior.

Bigcartel

O Josh ainda gere um website onde vai pondo recortes de zines antigas, num excelente trabalho de curadoria. Muita coisa boa! Outra opção é seguir a PF no Instagram onde vão saindo as novidades e têm link para subscrever a newsletter..

https://preemptivefearpress.com/

quinta-feira, 4 de março de 2021

NCE Podcast Ep. 16 - A Disgraça precisa de ti!

 


A Disgraça precisa de ti. A Disgraça precisa de todos. Para os que conhecem o espaço, mas também para os que não conhecem, conversámos com o Bruno e a Sara para nós contarem como têm sobrevivido à pandemia - as atividades que se mantiveram e como os podemos ajudar a continuar a existir. Uma lição de como o espírito DIY se traduz em ações, sempre em constante mutação e evolução.

Em baixo links de como podem contribuir:

https://disgraca.com/ 
Paypal: disgraca@riseup.net


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Review: Utopia Platafórmica - Volume II

 


A pandemia trouxe-nos uma espécie de revivalismo das fanzines. O tempo extra que muitos de nós passámos a ter (não raras vezes pelas piores razões), permite redireccionar energias para outras coisas para além do trabalho – umas delas hobbies ligados à nossa cena musical. Desde fanzines que voltaram, a outras que apareceram e prometem números de estreia, surgiu a Utopia Platafórmica.

A Utopia Platafórmica é uma fanzine nascida de um blog criado em 2019, onde o Daniel escreve reviews e fala dos seus gostos musicais, infiel, tal como ele próprio faz questão de referir no editorial, a um só género musical. Do foco no Black Metal, ao punk, hardcore, e algum rap, you name it. E se esta breve review é ao Volume II, existe um Volume I dedicado ao Black Metal – caso precisem de companhia para dias escuros e chuvosos com Darkthrone na coluna.

Mais importante ainda, o editorial termina ordenando o leitor a ouvir o “United Front” de Rated-X. Logo aí, já ganhou, e ainda vamos na primeira página.

A fanzine está em formato A5, preto e branco, com muitas fotografias a acompanhar o texto (às vezes esticaaaaaadas), sempre em português, num layout Word-esque, que é a única coisa que me faz comichão – isto vindo de um gajo que não sabe sequer mexer no Paint e se refugia no cut’n’paste…Mas hey, há sempre arestas a limar.

Como o autor refere, nesta fanzine dá-se destaque a algumas bandas menos “mediáticas” dentro da cena Hardcore, Punk e Oi!. Cinco entrevistas a cinco bandas de três territórios europeus diferentes. No entanto está aqui feita uma seleção musical requintada, só com bandas boas. Falo por mim, que gosto de todas!

Pressure Pact da Holanda – aquela bomba sorrateira que fizemos questão de referir várias vezes no Nós Contra Eles, mas que há quem teime em dormir. Influênciados pelo NWOBHC (e consequentemente o Boston e New York HC antigo), esta malta tem granda escola e basta ver o name dropping nas referências para perceber que o assunto é sério. Ouçam o LP!!!

Youth Avoiders, uma das pérolas da cena punk francesa de tempos recentes (que faz um mini-scene report da cena punk francesa atual) e dose dupla do País Basco com Irmo e Revertt – a Mendeku Diskak tem lançado muita coisa, e tudo bem acima da média, incluindo estas duas bandas. Para fechar regresso a terras gaulesas com os Syndrome 81, filhos do betão armado de Brest.

As entrevistas são maioritariamente rápidas, mas interessantes, daquelas em que as bandas efetivamente dizem algo e não se ficam por respostas secas. Exceção à brevidade feita precisamente na  entrevista a Syndrome 81, a mais longa e, ao mesmo tempo, a melhor.

A fanzine termina com um texto pessoal em que se reflete no conceito de música com conteúdo VS música sem conteúdo, comparando diferentes géneros musicais. Tudo certo.

Muito sinceramente esta fanzine foi uma boa surpresa, e uma excelente maneira de começar 2021, ano em que se promete muita produção de papel impresso em Portugal. Que venha o próximo volume, que cá estarei para o devorar. Rap francês? Manda vir.

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-TG

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Review: BULLET TREATMENT / HOT BLOOD - Split 7" (Basement Records)

 

BULLET TREATMENT / HOT BLOOD«Split»
[Basement]

Não havendo muita informação disponível acerca deste lançamento, o melhor é ir directo ao assunto. 

Este split junta de um lado os Bullet Treatment de Los Angeles e do outro os Hot Blood de New Jersey. 

Bullet Treatment são um projecto de Chuck Dietrish que desde final dos anos 90 colaborou com membros de bandas como Rise Against, Good Riddance, Anti-Flag ou The Bronx apenas para citar algumas. Acreditem, a lista é longa. O vocalista escolhido para estas canções foi o de Hot Blood que assim faz um turno duplo nestas 5 músicas que duram pouco mais que 5 minutos. Desde o primeiro acorde que a missão é ir directo ao assunto e a uma rapidez que faria disparar qualquer flash numa operação de controlo de velocidade. É um hardcore/punk em que os riffs acabam por ser melódicos quase sem querer. 

As 3 malhas de Hot Blood não são tão directas e os riffs acabam por ser um pouco mais complexos com a guitarra a soar mais suja e a voz a apresentar-se mais distorcida. Se o lado A acaba por entrar mais facilmente no ouvido, o lado B não lhe fica muito atrás, com as músicas a crescer a cada audição. 

[7] D.R.


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

NCE Podcast Ep. 15 - Com MEDO...sem medos!!!

 



Recomendações de lançamentos recentes a dar com um pau, review ao novíssimo disco de MEDO, e ainda uma pequena dissertação sobre as eventuais dificuldades de uma banda fora do triângulo Lisboa-Porto-Faro chegar longe na cena nacional. Assuntos quentes.



terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

NCE Podcast Ep. 14 - Experiência De Quase-Morte

 


Best Wishes, Age of Quarrel, Alpha & Omega...Cro-Mags! Então mas e o Near Death Experience, não há amor por este disco? Ouçam este episódio especial, com um convidado tão ou mais especial, para saber mais sobre esta obra de JJ e Harley reunidos (por pouco tempo) em '92. Não conheço muitas músicas em que o artista se coloca na pele de um feto abortado, por isso podemos ter aqui um #raridade. Dos melhores episódios à data, segundo a crítica especializada.

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Anchor.FM

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

NCE Podcast Ep. 13 - Os Melhores Discos de 2020

 


O melhor painel de influencers da cena tuga juntou-se para partilhar e discutir os melhores discos de 2020. Sem espinhas.


quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Review: Kontaminate - Blood Hunger Demo CS (11PM Records)

 


Para começar 2021 com o pé certo nada como novo lançamento na nossa querida 11PM Records - Nós Contra Eles RP em Portugal, fo' sho'.

Os Kontaminate sao de Richmond e têm um nome adequeado aos tempos que vivemos. A demo saiu no dia 1 de janeiro, por isso está tão fresca como é possível. Fresca e esgotada, que as 100 cópias já voaram.

Com membros de Nosebleed e Jackal, estão à vossa esperam cinco faixas de hardcore rápido e intenso, na linha USHC inicial (Negative Approach, Necros e por aí fora) como muitas bandas recentes ou atuais vão fazendo. Se esta onda ainda te diz algo, prepara-te para uma boa viagem. Se não, mete o Tied Down em repeat que faz-te igualmente bem à saúde.

Mas a cereja no topo do bolo foi mesmo a faixa 5, cover dos britânicos Crime For Revenge com a música homónima, quer pelo bom gosto, quer por ser um disco que tem rodado muito cá em casa, pelo que a cover aparece no tempo certo. Where Angels Dare Not Thread não me sai na cabeça...aquele riff e o som do baixo, catchy!

Aproveito para um pequeno aparte sobre os Crime For Revenge, que tiveram em 2020 nova reedição pela Static Shock que aparentemente os colocou de forma definitiva com o rótulo de banda de culto (mais até que a reedição já feita pela mesma editora em 2015, que acho que passou um bocado ao lado), fruto de alguma exposição virtual com bons resultados. Parece que a banda e o disco deixaram de ser apenas fruto de cobiça de colecionadores e arqueólogos malucos, dos que estão dispostos a largar >100€ pela edição original, e até já há bandas do outro lado do Atlântico, no sempre muito proteccionistas Estados Unidos da América.