sexta-feira, 29 de junho de 2018

Nós Contra Eles no Spotify #42


Esta semana o Punk Rock tem destaque por completo, não estivéssemos nós no verão.

Bad Religion - The Kids Are Alt-Right - Os Bad Religion contam já com 38 anos de banda, mais coisa menos coisa. Quando comecei a ouvir BR já eles estavam numa editora multinacional e o Mr. Brett tinha bazado, por altura do The Grey Race. Se há uma coisa que os Bad Religion sempre tiveram de acutilante foram as letras, que muitas das vezes nos obrigam a ir a um dicionário para descobrir o significado de uma ou outra palavra. Acho brutal lançarem este single numa altura destas. Alguém tem de dar o exemplo, quanto mais não sejam estes dinossauros. Musicalmente não é a melhor malha de BR, mas é daquelas que quanto mais a ouço, mais começo a achar mais interessante. Se puderem liguem o genius ou pesquisem a letra online. Vale a pena.

Quicksand - Multiverse - Quando se é um génio compositor como para mim o Walter o é, tendo um vastíssimo repertório espalhado por várias bandas (Gorilla Biscuits, Quicksand, CIV, Rival Schools, Dead Heavens, Vanishing Life) às vezes quando se está a compor deve ser complicado escolher para que saco enfiar a música em questão. Ouvindo esta música sem saber o que é, penso que facilmente chegaria lá a identificar que é o Walter a cantar. A sua voz é característica o suficiente para ser identificada, agora o mais complicado seria identificar o saco. Estaria mais inclinado para dizer que era uma malha de Rival Schools. É esse o feeling que a malha me dá, mas não, é mesmo Quicksand. Este EP saiu pelo Record Store Day e está agora disponível no Spotify. Se virem uma cópia por aí apitem.

Descendents - Pavlov's Cat - Mais uma malha de um lançamento do RSD agora disponível no Spotify. Dá para ver que é Descendents.

The Flatliners - The Arousal Of Repair - Curto bué Flatliners. Os discos são bué bons e ao vivo não desilude. A carreira deles tem sido sempre a subir e ainda bem. Esta música faz parte de um 7" novo chamado "Mass Candescence" que saiu pela Dine Alone Records. Um pouco no mesmo vibe do último LP, podem contar com bons riffs, pormenores deliciosos de guitarra e boas linhas vocais para o sing along. A banda recentemente cancelou algumas datas da próxima tour. Já são 16 anos de banda quase sempre em tour. Respect!

The All Brights - Maximum Hangtime - Estão de volta!!! A melhor banda de verão de todos os tempos. Projecto menos sério e super chill do Dave Hause (The Loved Ones / Paint It Black). O primeiro EP foi o disco que mais ouvi há dois anos se não me engano. Este segundo EP embora não esteja tão coeso está igualmente bom. Um pouco mais experimental pois tem uma malha raggae e um acústico com ukulele. Se há banda sonora para o verão esta é mesmo imprescindível.

Mom Jeans. - Sponsor Me Tape -  O Flávio, o rapaz mais charmoso de Casainhos adora Mom Jeans. Acho que isso é motivo mais que suficiente para dar uma chance a esta banda. Ele também já me disse que esta malha não é fantástica. Mas não liguem, ele consegue ser um bocado impulsivo e impaciente às vezes. Se gostam de guitarras com pouca ou quase nenhuma distorção e daquele emo como deve ser do final dos anos 90, estou certo que vão gostar disto. Até para a semana!

Esta playlist será atualizada às Sextas-feiras, por isso façam Follow no Spotify e fiquem a par das novidades. Os updates na playlist serão acompanhados por um post no blog para vos aguçar o apetite e saberem ao que vão.

terça-feira, 26 de junho de 2018

Clean Break Tour Diary - Dia 5 (Praga)

Dia 5 (10/06/2018) - Praga
Já perdi a conta das vezes que tocámos em Praga. Penso que fomos uma das primeiras bandas a tocar no Café Na Pul Cesty. Lembro-me de falar com o Pavel antes disso e de ele dizer que ia tentar marcar numa sala nova, num café situado num jardim. Penso que todas as nossas últimas bandas tocaram lá, Broken Distance, Pressure, Critical Point, Clean Break. Escusado será dizer que era dos concertos que mais queria tocar nesta tour.

A viagem acabou por correr bem, embora um pouco mais longa do que tínhamos antecipado. Chegámos a meio da tarde ao parque e depois de estacionar acabámos por ir dar uma volta ao shopping que fica lá ao lado. Depois de ponderarmos onde iriamos comer, acabámos por decidir ir ao supermercado. Hummus, pão, fruta e smoothies. Este é o meu mix infalível. Longe já estão os dias em que o que comíamos em tour não andava muito longe de batatas fritas e vanilla coke.

Depois de regressar ao café começámos a notar que estavam mais pessoas lá dentro, mas o motivo era simples: começou a chover. Visto que para esta tour não alugámos backline estávamos completamente dependentes dos Line of Sight e Protester para tocar. Assim que as bandas chegaram ajudámos a descarregar e deu para falar um pouco mais com o Robertinho que não para, e se há uns dias estava a marcar o fest, agora já estava em tour com estas duas bandas.


 
 
À medida que a hora para o show se aproximava havia uma cena que me começava a preocupar: a voz, ou melhor, a falta dela. Algures depois do concerto em Berlim estava à conversa com os tugas locais lá fora quando senti algo entrar-me para a garganta. Não sei se foi algum insecto ou aquele pólen das arvores que parece algodão. O que é certo é que fartei-me de tossir e tive até que ir beber água para ver se não morria ali com a tosse. A coisa lá melhorou, mas o que é certo é que desde essa altura que senti que tinha algo na garganta.

No concerto de Katowice ainda estava tudo ok mas em Praga nada de voz. Ainda pensei que se forçasse algo iria sair, mas estava completamente errado. A única maneira de ter voz era tossindo com o máximo de força e desta forma a gosma acabava por sair da garganta por uns momentos, mas só mesmo por uns momentos. Acho que se fossemos uma banda Crust ou de Death Metal ninguém tinha notado diferença, mas foi o concerto mais frustrante de todo o sempre.

Tanto o set de Line of Sight como Protester foram bué bons. A primeira mais melódica e a segunda mais bruta, covers de Youth of Today, mesmo para deixar qualquer um com um sorriso na cara.

Ao fim da noite fomos dormir novamente nos escritórios do café onde vimos que continuam sem luz na casa de banho.

Ah esqueci-me de um pormenor importante, a comida do Pavel uma vez mais não desiludiu e se não estou enganado foi a melhor da tour uma vez mais.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Nós Contra Eles no Spotify #41






Esta semana vem com atraso e em versão light. Com a organização das datas de Miss May I simplesmente não tive tempo para mais nada. Algumas bandas já tiveram malhas na playlist, outras não. Espero que curtam.

Birds In Row - We Count So We Don't Have To Listen
Oso Oso - gb/ol h/nf
Vein - Doomtech
Divided Heaven - 1983
Modern Life Is War - Lonesome Valley Ammunitions
Retirement Party - That's How People Die

Esta playlist será atualizada às Sextas-feiras, por isso façam Follow no Spotify e fiquem a par das novidades. Os updates na playlist serão acompanhados por um post no blog para vos aguçar o apetite e saberem ao que vão.

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Clean Break Tour Diary - Dia 4 (Katowice)

Dia 4 (09/06/2018) - Katowice


Pela primeira vez íamos tocar em Katowice, na Polónia. Anteriormente já todos tínhamos estado na Polónia com alguma banda numa tour anterior, mas nunca nesta zona. Lembro que da primeira vez que lá fomos quase não haviam autoestradas sequer. Desta vez a autoestrada que apanhámos tinha um piso péssimo. Parecia que estava cheia de solavancos e não dava para ir a mais de 80kmh.


Apanhámos também uma chuvada forte, que dava para ver ao longe que estava a chegar, tal era a cortina de chuva e as nuvens super cinzentas.

Dar com a venue provou-se ser mais complicado que o normal. Desde que as tours se fazem com GPS que não sentíamos tanta dificuldade. Mas chegando ao sitio verificámos que era uma casa transformada em bar/clube de Metal, a julgar pelos vários cartazes com aqueles logos que têm de ter o nome em baixo para se conseguir saber o que lá dizia. A sala era pequena e prometia ser um bom concerto.

Aos poucos a sala começou a encher. Pareceu-me ser um ponto de encontro do pessoal mais alternativo daquela zona. Putos do Hardcore, Metaleiros e Punks. Quem não quisesse estar lá dentro ficava cá fora no quintal sentado a beber copos e a conversar. Good vibes!

Tocámos com duas bandas da Polónia e com os Touch de Budapeste. Mas que banda super tight! Tocaram tudo na batata. Muito bom. Fossem de outro país e eram gigantes! O guitarrista foi quem organizou o nosso concerto em Budapeste na tour anterior e foi fixe encontrá-lo novamente.

Depois do concerto fomos dormir a casa do promotor, o Bodzio que é um amor de pessoa, sempre super prestável. Contou-nos histórias sobre aquela zona, que está rodeada de minas de carvão e que toda a família dele trabalhou lá, inclusive ele. Falou-nos das dificuldades que as pessoas daquela zona passam, mas sempre com um sorriso. O mais chocante é que pensávamos que ele já tinha uns 30 e afinal tinha apenas 22. Disse-nos que o trabalho na mina é super pesado e que envelhece qualquer um. Respect!

Infelizmente não conseguimos visitar muito da cidade, mas a experiência foi brutal. É ter a oportunidade de visitar estas zonas e de conhecer este pessoal que faz o ir em tour ainda mais especial.



 
Fotografias cortesia de Kulaphoto.pl


sexta-feira, 15 de junho de 2018

Nós Contra Eles no Spotify #40



Agora que a tour de Clean Break chegou ao fim (e ainda tenho que publicar o resto do tour diary), para compensar a semana passada que não houve actualização da playlist, esta semana há dose dupla. Vamos a isso!

Madball - Rev Up - Com o disco novo de Madball quase a rebentar aqui está mais uma malha nova. Isto é daquelas bandas que dá para adivinhar de olhos fechados e ao longo da carreira é engraçado como foram acrescentando algumas coisas ao som. Neste caso sendo produzido pelo Tim Timebomb (Rancid), nota-se uns toques melódicos mais presentes, especialmente na voz.

Adolescents - Queen Of Denial - De certeza que todos vocês conhecem o disco clássico de Adolescents com a capa azul e que até já hão de ter ouvido a Amoebaaaaaa, amoebaaaaaa… Esta nova versão dos Adolescents que até tem tido edições frequentes desde 2011. É um Punk Rock um pouco menos crú que nos primórdios, mas têm sempre algumas malhas boas para o sing along.

Jesus Piece - Curse Of The Serpent - Os Jesus Piece vão editar um disco pela Southern Lord lá para 24.08, mas já estão prontos para mostrar uma malha nova ao mundo. Hardcore metálico e musculado. A lembrar talvez um pouco Code Orange, mas sem as macacadas eletrónicas. Boa malha para o pessoal mais bipolar que num momento curte cenas melódicas e fofinhas e depois esta bruteza. Não devo ser o único pois não?!

The Interrupters - Title Holder - É impossível não ouvir esta música sem ficar com um sorriso na cara e começar a dançar. Se isto não vos acontece tenho pena, mas há algo de errado convosco.

Worriers - No More Bad News - Gosto muito de Worriers. Infelizmente não tive tempo para investigar muito sobre esta música. Mas é fofinha, perfeita para quando tiverem a conduzir de janela aberta a ir para casa depois do trabalho/escola/praia.

The Mighty Mighty Bosstones - The Constant - Mais uma música dos Bosstones. Esta tem mais um feeling de música final de uma comédia romântica, assim com o shot do carro a seguir na estrada ao por do sol... Ou então sou eu que não estou fixe.

Modern Life Is War - Feels Like End Times - Olha quem estão de volta. MLIW do nada lançam um novo single, bem ao seu estilo e anunciam que vão editar vários 7"s na Deathwish até ao final do ano. Parece-me bem.

The Get Up Kids - I'm Sorry - Há uns dias ouvi um episódio do Washed Up Emo Podcast com o Matt Pryor e fiquei ainda com mais vontade de ouvir este EP. Quem diria que em 2018 ia estar a ouvir um EP novo de uma das minhas bandas emo preferidas do final dos 90's.

Angel Du$t - Upside Down - A banda que mais gostei de ver na pequena tour de Clean Break. Toca a dançar.  

Real Friends - From The Outside - Os Real Friends estão um pouco a seguir a tendência e editaram um single. Já o segundo nos últimos meses, mas não para promover um disco novo. Desta feita este single é para promover a participação na Warped Tour, que penso que vai ser a última de sempre. Pop Punk bem fofinho. Acho que o vou ser alvo de um processo disciplinar por parte da gerência muito em breve… 

Pet Symmetry - Pet Sematary - Gosto muito dos Ramones. Este cover dos Ramones está bué fixe. É só.

The Dirty Nil - Bathed In Light - Os canadianos The Dirty Nil têm um disco novo na calha para sair apenas a 14 de Setembro pela Dine Alone Records. Parece-me um bocado mais soft e polido que as cenas que ouvi deles anteriormente e ao vivo o trio é bastante competente. É uma banda que luta pela manutenção no campeonato dos Flatliners e dos Menzingers.

E já chega que duvido que muitos de vós tenham aguentado a leitura até aqui. Até para a semana!

Esta playlist será atualizada às Sextas-feiras, por isso façam Follow no Spotify e fiquem a par das novidades. Os updates na playlist serão acompanhados por um post no blog para vos aguçar o apetite e saberem ao que vão.

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Clean Break Tour Diary - Dia 3 (Berlim)

Dia 3 (08/06/2018) - Berlim



A razão principal para esta pequena tour acontecer foi o convite que o Robert Refuse nos fez para irmos tocar o festival de comemoração dos 25 anos da editora. É inegável a influência que a Refuse teve no Hardcore europeu no geral e em particular editando várias bandas tugas, algumas delas que poucos concertos deram.

Chegámos cedo e fomos fazer a visita da praxe à Core Tex. Algumas diferenças desde a última vez que cá estive. Mais discos de vinil, poucos cds e MUITAS t-shirts. É quase uma loja de roupa do Hardcore. O único a ceder à tentação foi o Ludgero que ficou feliz e contente com o seu achado.



Fomos cedo para a Cassiopeia, a venue onde já tínhamos tocado há mil anos com Pointing Finger. Confesso que apenas me lembro dessa altura da fachada cá fora e de termos ido comer um falafel brutal cá fora, em frente, mas isso pode ter sido influenciado pela fome na altura. Todo o complexo é uma espécie de squat, mas com bom aspeto. Quer dizer, há partes mais xungas, mas também há zonas bonitinhas assim mais hipster e parecia que estavam a acontecer várias cenas ao mesmo tempo.

Descarregámos o pouco material e conseguimos por um pouco a conversa em dia com o Robertinho enquanto as bandas foram chegando a conta gotas. Uma das cenas brutais deste festival para além das bandas boas é o de veres várias caras conhecidas. Uma espécie de high school reunion do Hardcore. Estivemos com pessoal que marcou shows para Pointing Finger há mil anos de todos os cantos da Europa, pessoal de bandas… muito fixe. O nosso set correu bem e sobrevivemos à sauna que o calor era imenso. Depois disso ainda vi um pouco de Modern Love (pessoal de Damage Control/Subject To Change) e Angel Du$t que curti bastante, mesmo com os desafinanços na voz.

 
No final acabámos por ir ao Zeus com o Major comer uma pizza vegan deliciosa para repor energias para o resto da tour. E claro o Major teve de levar connosco mais uma noite. Obrigado puto!

sábado, 9 de junho de 2018

Clean Break Tour Diary - Dia 2 (Hamburgo)

Dia 2 (07/06/2018) - Hamburgo


Depois de mais uma longa viagem fomos ter a casa do Stefan (Esteves), o organizador o Booze Cruise Fest, o festival perfeito para nós. Nós já conhecemos o Stefan há uns 14 anos. Ele foi nosso condutor pelo menos em uma das milhentas tours de Pointing Finger. Há uma história boa com ele, mas isso fica para um podcast. O que é certo é que desta vez se redimiu e fomos super bem tratados.

Em casa dele tomámos banho e descansámos um pouco e havia até uma mesa cheia de comida. Parecia os shows de Pointing Finger em que íamos dormir a casa do promotor que ainda morava com os pais e no dia seguinte quando acordavamos havia uma mesa cheia de comida para o pequeno almoço. Belos tempos!




Depois de descansar e do banho fomos ter à venue, mas sendo que ainda era meio da tarde fomos dar uma volta com o objetivo de ir espreitar o estádio do St. Pauli. Não contávamos era que estivesse um calor brutal. Mais de 30 graus na Alemanha e em Faro metade. Este tempo está louco!

À vinda passamos num spot para comer um burrito vegan que nos tinha sido recomendado. Burrito carregado de jalapenos para suarmos ainda mais um pouco e Fritz cola.



A sala do show era bué fixe. Assim tipo bar para caberem umas 100/120 pessoas.

Boas bandas de Punk Rock e nós a única banda de Hardcore. Não foi o concerto mais energético do mundo, mas conseguimos chegar ao fim sem nenhum de nós falecer o que pensando bem é uma vitória tendo em conta que estava bué calor.



O highlight da noite foi termos conseguido estar um tempinho com o Max, baterista de Hoods Up, que era um lingrinhas e agora está um armário e é segurança na night, quem diria. Ah e fun fact, quando lhe perguntei se ainda era Straight Edge ele respondeu "of course, the last one left". E o gajo era o baterista hahaha sabem como isso é raro no hardcore?

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Clean Break Tour Diary - Dia 1 (Karlsruhe)

Dia 1 (06/06/2018) - Karlsruhe



Depois da banhoca o primeiro pit stop antes de sair de Berlin foi o Lidl. Se nas primeiras tours que fizemos gastámos rios de dinheiro nas estações de serviço em batatas fritas e vanilla Coke, hoje em dia com um budget de 10€ orientámos fruta, pão, húmus e águas para fingir que até somos saudáveis. Depois de nos despedirmos com um até já ao Major seguimos viagem.

Se há coisa que não muda desde que fazemos tours com as várias bandas que fomos tendo ao longo dos anos é que Alemanha = trânsito e obras!! Parecia que de 50 em 50 km ficávamos parados na autoestrada ensanduichados entre camiões TIR.


Depois de uma viagem interminável lá chegámos. A venue era uma espécie de youth center/squat um bocado como a nossa ARCM em Faro. Sala de shows, salas de ensaios... Bem fixe. Pelo que o pessoal me falou a cena lá não é grande, mas é sempre bom haver pessoal a arriscar assim e a tentar fazer as cenas acontecer. Não apareceu muita gente mas também era uma quarta-feira. Primeiro tocaram o Fuck It, I Quit de New Jersey.

A banda é relativamente nova e o vocalista Tim era dos Ensign, banda dos late 90s que lançou alguns discos bons pela Indecision Records. Esta banda nova é mais punk com partes ultra rápidas e sujas, baixo gravalhão e cheio de distorção. Tocaram o dobro das nossas malhas, mas o set acabou por ter a mesma duração.

O nosso set acabou por ser um ensaio geral. Poucas foram as oportunidades que tivemos de ensaiar. Mas no global penso que foi positivo.

Viemos a descobrir que o gajo do som teve uma banda chamada My Own Lies e que tocou em pt com What Happens Next e obviamente se lembrava de Pointing Finger. Ele estava todo contente no final a dizer que tinha gravado o concerto todo com o som directo da mesa, mas penso que nenhum de nós tem coragem de ir ouvir tantos pregos e cavilhas eheheh! Há coisas que devem permanecer no momento e o nosso set neste show é uma delas.

Amanhã vamos tocar no Booze cruise fest em Hamburgo. Boraaaa!!

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Clean Break Tour Diary - Dia 0 (Berlim)

Dia 0 (05/06/2018) - Faro/Berlim



Dia 0, viagem para Berlim. Combinámos em casa do Diogo para ver se orientávamos bem os sacos com o material para levar. O pessoal foi chegando a conta gotas, para variar. Depois do puzzle de malas feito no momento em que estávamos prestes a sair, o Valter lembra-se confirmar se tinha o Cartão de Cidadão com ele e.... nada...

Toca a ir a casa enquanto o resto vai andando para o aeroporto. Obviamente que no fundo todos nós pensámos que este era o plano para o Valter não ir em tour, mas quando já estávamos a ver se o Boto ou o Diogo tocavam baixo... Lá apareceu o CC.


Check in super tranquilo (speedy boarding, free). Sou o único da banda que não trabalha no aeroporto. Já serviram de alguma coisa estes connects.

Lá chegámos a Berlim e depois de alguma luta conseguimos encontrar o stand da Hertz para ir buscar o carro. Conseguimos que tudo o que trouxemos coubesse na bagageira e seguimos para ir ter com o Major apenas com um objetivo em mente...Pizza no Zeus!!!

O Major orientou um daqueles Smarts que estão na rua e que dá para destrancar com uma app no telefone e seguiu ele mais o Ludgero, conseguindo passar todos os amarelos deixando-nos para trás eheheh!!


A melhor pizza Vegan do Mundo e um club mate cola e temos todos sorrisos rasgados e olhinhos do chinês. Tirando a meia hora para encontrar sítio para estacionar foi bem tranquilo.

Obrigado Major. Até daqui a uns dias. Amanhã vamos para Karlsruhe tocar com Fuck It I Quit, no show mais punk desta tour. Boraaaaa!

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Nós Contra Eles no Spotify #39




Após uma semana com menos Hardcore, penso que desta vez não se podem queixar muito. Novidades de For Pete's Sake, Remission e Integrity não chega?! Informo também que na próxima semana não irá haver actualização semanal. Os Clean Break vão em tour e irei estar algures pela Alemanha com os mesmos de sempre. Já agora aproveito para deixar aqui o cartaz da tour só naquela… 
For Pete's Sake - North Atlantic - Para os mais distraídos os FPS são a continuação dos Sportswear, uma das melhores bandas da Escandinávia do final dos anos 90 que tinham uma paixão imensa por Bold. A banda acabou abruptamente em 1999, no entanto em 2011 os membros voltaram a juntar-se e decidiram continuar a banda, mas desta feita com um novo nome, sendo que continuaram a tocar algumas músicas da era original de Sportswear, incluindo malhas do único LP que saiu na Supersoul, editora do Ray Cappo (Youth of Today/Shelter) e que foi gravado pelo Don Fury em NYC, mas só foi editado depois da banda ter acabado. Passando à frente, infelizmente há uns anos o vocalista Peter Amdam suicidou-se deixando toda a comunidade em choque. Sabemos agora que a banda decidiu continuar e este é o primeiro EP que irá sair como anteriormente pela REACT! Desta vez é o Espen (que também cantou em Damage Control) e o Arne que assumem as vozes o que dá um toque diferente às malhas. Se o Espen é mais melódico, o Arne mais agressivo e directo a fazer lembrar mais o Peter. Musicalmente tem aqui um cheirinho a Cro-Mags e a Bold como sempre. Quanto mais ouço, mais gosto. 

The Menzingers - Toy Soldier - Devo confessar que esta é uma adição de última hora. Originalmente não era esta a música/banda escolhida, mas assim que foi divulgada teve de ser incluída. A música que saiu era de uma banda que já tinha tido uma entrada na playlist então a decisão foi fácil. Heis que os Menzingers estão de volta com uma malha à Menzingers. Esta é daquelas que se te mostrassem para ouvir para tentar adivinhar o que era dava para chegar lá facilmente. Mais uma música gravada com o enorme Will Yip. Resta apenas saber se são restos da sessão do "After The Party", se é uma música solta ou um single de um novo disco. Tantas dúvidas ahhhh!!! Até lá só me resta disfrutar desta malha mesmo a tempo do verão.

Remission - Transitional - Muito provavelmente a banda Chilena de Hardcore com maior expressão internacional, às custas de alguns discos editados pela React. A banda está de volta e quem gosta de bandas de DC com aquele som à Dischord tipo Dag Nasty e afins vão papar isto muito bem.

The Brokedowns - The Fort - A Red Scare podemos dizer que é uma editora formadora de bandas, tipo aqueles clubes que formam jogadores para depois vender. Muitas bandas dão os primeiros passos na Red Scare e depois dão o salto para cenas maiores. Algo me diz que o mesmo pode acontecer com os Brokedowns. Tocam aquele Punk Rock mais rockeiro que Punk que encaixa bem com Menzingers, Flatliners ou Hot Water Music. Gosto.

Integrity - Scorched Earth - Os Integrity estão on fire. Ainda o disco anterior não arrefeceu e pimba, toma lá um split novo com os Kreig! a sair pela Relapse em Agosto. A malha é incisiva e abrasadora e vem ajudar a equilibrar um pouco melhor a balança da playlist que ultimamente tem andado mais a pender para o melódico.

The Sidekicks - Don't Feel Like Dancing - Uma editora independente/alternativa como a Epitaph tem de arranjar maneiras de se conseguir manter no activo. A internet mudou por completo os moldes da industria musical, primeiro com os downloads e agora com o streaming. Se inicialmente com os downloads piratas foi um arrombo considerável, a coisa lá equilibrou um pouco com os downloads oficiais e agora o streaming também veio revolucionar um pouco as coisas. Mas isso é assunto para outro texto. Onde é que eu ia?! Ah a Epitaph começou por ser a principal editora do Punk Rock no pico de popularidade nos anos 90, depois quando o estilo perdeu fulgor e popularidade teve que se reinventar um pouco. Se pelo meio teve várias escolhas bastante discutíveis (sim, estou a falar de Falling In Reverse), nos últimos tempos parece que encontraram um nicho de bandas da cena emo/indie/punk como os Sidekicks, Pianos Become The Teeth, Culture Abuse ou mesmo os Menzingers. E ainda bem, mil vezes estas bandas todas que os FIR. É música fofinha para vos deixar com um sorriso na cara, isto se não tiverem já uma pedra ou um bloco de gelo no lugar do coração. Vamos em tour caralho!!! Boraaa!!!

Esta playlist será atualizada às Sextas-feiras, por isso façam Follow no Spotify e fiquem a par das novidades. Os updates na playlist serão acompanhados por um post no blog para vos aguçar o apetite e saberem ao que vão.