segunda-feira, 9 de junho de 2014

Review: Get Slapped Fest 2014 @ Associação Joaquim Xavier Pinheiro, Lisboa


Domingo à tarde. Sol. Hora de meter o calção e a t-shirt e seguir para o Campo Grande. Se em 2011 tinha sido bom, esta segunda edição prometia uma tarde igualmente bem passada. Sem Devil In Me não se esperava uma enchente tão grande de pre-teens como nessa altura, mas foi uma boa surpresa ver uma casa tão bem composta e com tanta rapaziada nova. Assim dá gosto. A Academia não tem propriamente o melhor som do mundo, mas com um PA como o de ontem deu para tornar o som que saía das colunas algo audível.

Os Awake abriram a tarde já com uma horinha de atraso. A ultimar a tour europeia que vão fazer com Just Say No no início de julho tocaram para uma casa ainda não muito composta, já com umas malhas novas na bagagem do ep que ao que tudo indica estará pronto a tempo de os acompanhar nessa viagem. Youth crew rápido com covers de Youth of Today (Slow Down) e Time-X (Straight Edge In Your Face!) numa clara alusão às principais referências musicais.

Terminado o set visitinha dos amigos da farda azul, felizmente sem grandes consequências porque bazaram e não voltaram a dar sinal de vida. A malta ali do prédio do lado não deve achar grande piada ao barulho e trepidação, mas queixarem-se à polícia às cinco da tarde de barulho é mesmo coisa de desocupado.

Já andava para ver Push! à uns tempos. Depois do que vi ontem tenho a certeza que os vou ver a preencher cartazes mais vezes. O som é um mix do que bate lá fora (Backtrack, Cruel Hand, por aí…) e com isso consegue chegar a mais público. Nota-se que há ali muito trabalho por trás, quer a nível técnico como estético. É malta com vontade de elevar o patamar em que estão a trabalhar. Sempre a puxar pelo público, com uns saltinhos coreografados de vez em quando e uma presença como há poucas. Mil caras novas no show, muitas delas lá à frente a cantar, dá sempre aquele gostinho extra especial.

Não sei se foi o primeiro show de SHAPE com o novo baixista e assim sendo o regresso da banda ao fim de algum tempo “mais sossegados” ou se simplesmente eu é que tenho andado a dormir e sem ir a concertos (aposto na opção dois), mas as espectativas foram correspondidas e a casa abanou. Das bandas com mais feeling que temos em Portugal e das que mais sorrisos na cara nos metem. E talvez mais importante ainda, daquelas que ainda nos dizem algo entre músicas e que nos metem a pensar nessas mesmas palavras. Há músicas que já são sinónimo de momentos Kodak, e a Vampires, a Life’s Hard e a Rotten Inside são perfeitos exemplos disso mesmo. Stage dives, pé-de-ladrão dives, confusão. E para que queres um microfone quando tens metade da sala a cantar a música toda? Os miúdos que estavam ao meu lado comentaram um para o outro no final do concerto algo como “nunca os tinha visto, foi um granda abuso”. Certamente terão causado boa impressão nos restantes novatos que lá andavam.

Para fechar, Reality Slap. No outro dia tinha-os visto no Cais do Sodré mas comparado com o concerto de ontem, este deu dez a zero. E o outro tinha sido bom. Pregos e problemas iniciais à parte, o concerto passou a voar. E voar foi uma atividade muito repetida durante aqueles minutos, com o tráfego aéreo bastante congestionado. Não há grande coisa a acrescentar, se não estavas lá é caso para dizer estudásses (mais cedo, ou depois, caso andes em exames).

Props para os queques e muffins do Pinela, para toda a malta envolvida na organização e a todos os que trocaram o Outjazz pelo Outcore.

Terminar o dia com duas pizzas gigantes à conversa com amigos foi a cereja no topo do bolo.

1 comentário:

  1. Porra! agora e que estou mesmo arrependido de nao ter ido. mas so o facto de chegar ate ao local ia demorar cerca de duas horas, isto nao teria problema se nao fossemos apanhar o autocarro quando o fest começou xD

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