Shows a meio da semana em véspera de feriado deviam ser lei. Mas como não são este concerto teve um pontaria do caraças no calendário e tornou ainda mais fácil a escolha de ir até Alvalade. Para quem tinha marcado presença na visita anterior de Expire este concerto estava marcado na agenda faz tempo, com bold e sublinhado.
Os Expire tinham dado um concerto do caraças, e desta vez
esperava-se igual ou melhor. Sem bandas merdosas a acompanhar e numa sala
menor, estava tudo bem encaminhado.
O Popular é provavelmente a melhor sala em Lisboa para concertos pequenos/médios, ainda que a arquitectura fora do normal da zona do palco cause alguma estranheza. Mas não é por aí que não há espaço para dives, circle pits ou para moshar, e a noite provou-o.
Cheguei bem cedinho e estive um pouco cá fora à conversa, entrando ainda a tempo de chillar nos sofás antes dos Push! começarem a tocar, a saborear ao máximo aquela imperial de 1,5€ (ai!).
O Popular é provavelmente a melhor sala em Lisboa para concertos pequenos/médios, ainda que a arquitectura fora do normal da zona do palco cause alguma estranheza. Mas não é por aí que não há espaço para dives, circle pits ou para moshar, e a noite provou-o.
Cheguei bem cedinho e estive um pouco cá fora à conversa, entrando ainda a tempo de chillar nos sofás antes dos Push! começarem a tocar, a saborear ao máximo aquela imperial de 1,5€ (ai!).
Logo reparei que havia um grupo praí de 15 rapazes e
raparigas bem novinhos que nunca tinha visto na vida, já a representar com
tshirts da banda. Perguntei ao Noia se os conhecia e a resposta foi negativa,
pelo que o estrelato está a bater a porta. Taking over!
A banda tocou um set comprido para uma sala a 70% da
capacidade, a mostrar mais uma vez que são das bandas com melhor atitude em
palco na nossa pequena cena, sempre energéticos e a puxar pelo público, que
respondeu à letra, com esse mini-exército à cabeça. Pena o rapazito que andou a
ver demasiados vídeos de Desolated e Malevolence no youtube e acha que crowd
kill é uma cena fixe/aceitável…mas não esperou pela demora.
Não conhecia Cross Me e achei um bocado chato para ser
honesto. A estrutura das músicas era sempre a mesma e rapidamente começavas a
adivinhar o que ia acontecer a seguir. O vocalista pareceu-me um gajo bacano
pela pouca conversa que tivemos cá fora antes do show, mas tinha uma pinta
engraçada. Tatuagem da águia e bandeiras da América no peito, só faltava a arma
na mão e o boné do Make America Great Again. Americanos a ser americanos. Se
fosse cá era logo rotulado.
Já com a sala quase cheia (sendo que esperava mais, para ser
honesto) estava tudo à espera de Expire, e Expire não desapontou. Nem eles nem
o público.
O monitor do meu lado saltava do sítio música sim música
não, o tripé igual, e os pedais da guitarra rapidamente foram escondidos por
baixo do amplificador, tamanho o trânsito que ali se gerava. Um concerto
hardcore como se quer. Malta a voar de toda o lado, a aterrar sabe-se lá onde e
com as letras na ponta da língua. O jogo de luzes epiléptico dava um toque
interessante, tu vias um qualquer gajo a subir ao palco, ficava escuro, e de
repente já te estava a aterrar em cima.
Os já referidos miúdos e miúdas novos lá se mantiveram na
frente, cantaram as músicas e mantiveram-se hirtos e firmes enquanto lhes caiam
corpos sobre a cabeça.
O Josh disse que tinha sido o melhor concerto da tour até
agora, mas um gajo fica sempre na dúvida porque parece que todas as bandas o
dizem…mas vale a intenção. Lá que foi granda abuso foi.
No fim peguei um 7” de STONE, a outra banda do Zach Dear,
guitarrista de Expire, que é fixe e estava lá refundido na banca do merch.
Ainda deu para estar com o Pontes a ver a qualidade do algodão das Gildan Heavy
Cotton e dizer a umas raparigas que Deez Nuts não presta e elas terem ficado
incomodadas (objectivo atingido!).
Quando sais de um show com marcas de pés nas costas, negras
espalhadas pelo corpo e t-shirt suada, é sinal de que foi coisa séria. É
cliché, mas o hardcore está bem vivo, pena que nem sempre com a vitalidade
mostrada neste dia.
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