Sábado, 14 de Setembro de 2013, 15 horas! Entro no bote do MC Mais Agressivo da Pontinha, a.k.a Tinório! Destino… BP do Areeiro onde MC Tinório e o melhor rabo da zona ARA foram ter com Mister Músculo Noia, dama Bela e Mr. Clock, aguardamos mais um pouco pela chegada de Paiva, o Hipster Maravilha que resolveu não levar calções de banho para uma festa na piscina (mas tenho de dizer mais alguma coisa? Foi à água vestido que se fodeu!!). Beber um café, fumar um cigarro (ya, na bomba de gasolina! Zona ARA não brinca, cuidado!!) e lá seguimos caminho. House pausado da disco, bóia cheia e música aos berros numa carrinha que é o maior antro de tesouros que já vi. Carrinha do Paiva sta bati!
Chegámos a Alcochete, voltas e voltas para dar com o hotel
que o caminho que o GPS nos dizia tinha a estrada cortada. Lá chegámos por volta das 16.30/17 e tudo pronto, música do Space Jam ao longe,
se tá a dar isto é porque vai bater e é uma festa pra duros!
Como boa festa da piscina de hardcore, damas era escasso. Bué homens nus. Óptimo, melhor não podia haver! 2 minutos e ficamos sem brinquedos. Levámos bóias e pranchas
e levámos logo banhada, queriam brincar levássem os vossos brinquedos!
Dos melhores ambientes que tenho recordação em concerto de
hardcore, tudo bué contente, mergulhos, concurso de bombas. Beber uma, beber outra, até que começa a ficar frio. É
chato, mas lá nos aguentamos mais um pouco, não me lembro de festa tão grande
com tão boa onda, sou honesto. Roda a dançar crunk.
Começam os gigs. Grito Cru é hiphop. Não é normal ver hiphop em concertos de hardcore embora os princípios sejam mais
ou menos os mesmos, mas pronto, foi bacano. Fizeram um beat com a Wont Crawl On My Knees de FTG e teve bué piada, boa cena mesmo, quero ouvir mais dos manos
e nunca mais me lembrei de ir à procura.
A seguir vinha Shape. Desde início que adoro a banda. Que
feeling em palco, o Cabeças é dos gajos que mais curto ver ao vivo, não sei se
será o ultimo ou dos últimos concertos do Peter, mas tenho pena, o bacano tem
granda cena em palco, dá pinta como o caralho! Deram um cheirinho de coisas novas, curti! Senti a cena
mesmo, can’t wait for more.
A seguir veio Killing Frost. Coitado do mano, nada contra a
banda, mas o vocalista tava aziado com a vida e acho
que isso prejudicou em muito na sua “performance”. Com todo o respeito ao
bacano, mas começar um gig com a dica de que nunca mais vem a Lisboa porque não
está habituado a tocar para um poço vazio é só má onda. Vem cá poucas vezes,
é normal. Não se desculpa com a cena dos putos só quererem Breakdowns se não em Chalenge era a mesma merda e cada vez é menos. Eu sinto a cena old school e só pela atitude para mim perdeu os pontos
todos. Já toquei para 7 ou 8 pessoas e dei o máximo na mesma, a mesma energia
e vontade para 10 ou para 10000! Fica a dica! Se Hardcore já não lhe diz nada
como fez questão de afirmar, deixe de tocar, se não faz sentido, estar a forçar é
mau e dá rugas, todo o respeito a Kiling Frost, curto do som, mas pessoalmente
não curto atitudes assim, não é arrogância em palco que faz ter mais gente a
frente…
No Turning Back vem a seguir, montaram tudo rápido e let the games begin. Parecia um combate MMA, nunca vi tanta chapada num concerto, só se ouvia corpos
a bater. Bueda bom! Abrir com Take Your Guilt e 5 segundos de concerto e já
tava com o lábio aberto. Maravilha, foi muita bom! Montes de energia, dives e porrada que fervia, o pit estava
infernal mesmo. Senti bué quando o Diogo de SYC pede porrada com a frase “Sabem
o que fazer ou tenho de ir eu aí abaixo?” Tuga Style!
FTG. Os senhores da noite. 10 anos de banda e lançamento do
Lisboa Azul!
Ricardo e os irmãos da Glória dão início à festa. Intro
seguida de um olá emotivo e pumba, 2004 style, Drown in Blood (ou metade pelo
menos). Foi um festival de pregos mesmo à que sa foda, tudo a curtir na
mesma, mesmo eles próprios, o João a rir
se e vai pa frente. "Tá feito, Tá feito". Muita bom, big up para o último pile on e
definitivamente o “bonito” que foi faltar a energia a meio da Survival of the Fittest, continuar a bateria a tocar e toda a gente a cantar na mesma, foi
daquelas falhas que tiveram muito bom resultado e fizeram um momento mega mítico
no concerto!
Foi dos melhores dias que tive na minha vida, granda
espírito e granda props para o Congas por ter arriscado nesta merda. Definitivamente ficará para a história, pelo menos eu não me vou esquecer. Marquem já a próxima Pool Party do ano que vem que isto rende!
Sabem como é que é… Falem Bem!
Big up para a falta de gasolina à porta de minha casa quando chegamos
a Lisboa!
Review por Ricardo Servo
Review por Ricardo Servo
nao tas mm acerca de killing frost ou de qualquer membro da banda. geezz.
ResponderEliminarNão os conheço nem tenho de estar dentro como ninguém tem de estar, dão um concerto e dizem o que disseram arriscam se a ter gente a pensar como eu e a cagar na banda, simples man, já falei com o André sobre o assunto, é a minha opinião pessoal, a partir daí, cada um pensa o que quer e faz o que entender...
EliminarSó é triste que como são as bandas dos amigos já conseguem pensar nessa parte e se fosse uma banda de miúdos ou de beatdown ou o caralho que o foda a fazer exactamente o mesmo já não pensassem da mesma maneira...
estatutos! ha que merece-los. e nao, nao somos todos iguais e isto não é o mundo perfeito cor de rosa. deal with it. se esses miudos ou beatdowns ou o caralho que os foda fizessem alguma coisa de especial pela cena, palpavel e com pes e cabeça, aí se calhar eram levados a sério, mas como decidem saltar no bandwagon onde está toda a gente...
EliminarPensei que não era suposto haver estatutos no hardcore, afinal aprendi mal ao longo dos anos, ou se calhar estamos a falar de coisas diferentes, de qualquer maneira desculpa
EliminarLOOL É triste haver este tipo picardias!!Sinceramente eu gosto de Killing Frost mas o que o texto é inteiramente verdade!Criar logo quizilias com a malta de Lisboa so porque no Porto se tem mais publico é a vida de banda agora ficar chateado e birra nao faz sentido e tocar como se fosse um frete x)
ResponderEliminarvamos acabar esta discussão com o texto que escrevi para a zine que estava à venda no concerto (infelizmente nao estava enganado: o publico de lisboa, para o estilo de hardcore que tocamos, continua mesmo a ser uma merda). se percebem, bem vindos. se nao percebem, na boa. ha espaço para todos. xfactor ou idolos é que é so na televisao.
ResponderEliminarAqui estamos nós, no ano de dois mil e treze - oito anos depois daquele primeiro concerto no Ribeirinha, que começou com um banho de cerveja (obrigado Hugo!) e acabou com um enorme sentimento de alívio, como se tivesse acabado o trabalho de parto. Lançámos uma demo manhosa, gravada às três pancadas na nossa sala de ensaio da altura, seguida por um EP - que precisou de duas gravações em sítios diferentes (uma dela feita por nós; a que não ficou) - que, até hoje, é das coisas que mais me orgulho de ter feito. O EP foi lançado por nós, com o nosso dinheiro. Não apostámos em fazer muitas cópias propositadamente (não ter dinheiro também ajudou na decisão), porque neste caso mais valia ter menos (e esgotá-los) do que mais (e espalhados por caixas de discos em segunda mão pela Europa fora durante anos sem fim). Para promover o disco decidimos ir em tour pela Europa durante os últimos dias do ano, para fazer meia dúzia de datas. Tocámos com bandas como Justice e Fucked Up e, mais importante que tudo, curtimos imenso. As tours que fiz (com Killing Frost ou For The Glory - como roadie) continuam a representar alguns dos melhores e mais memoráveis momentos da minha vida, não esquecendo a experiência e abre-olhos que me deram. Meio ano depois gravámos uma cassete com quatro músicas que levámos connosco numa tour europeia de um mês. Um mês. Voltava a fazer essa tour amanhã sem sequer questionar. Fomos a imensos países, curtimos milhões e - mais importante que tudo - crescemos como banda (já lá vamos). Depois disso eu fui viver para Londres e passámos a tocar apenas esporadicamente (obrigado Nuno!). Curiosamente, foi após isso acontecer que os concertos começaram a ganhar uma energia por parte do público que até então nunca tínhamos tido. Felizmente essa energia tem-se mantido até hoje e esperamos que assim continue. O público da nossa banda sempre foi um pouco estranho, pelo menos nos anos iniciais da banda. Pessoal que não sabia bem ao que ia, ao que ia, que não sabia como se mexer, que não curtia o som, que não percebia o som… um pouco de tudo. Tanto é que - tirando o primeiro concerto, o de Tondela e os de Viana - dificilmente me lembro algum concerto que tenhamos tocado em Portugal. Não fosse pelos últimos três ou quatro anos, os nossos melhores concertos ainda continuavam a ter sido os das tours. Fico feliz que isto tenha mudado e que já haja quem perceba o nosso som e entenda que somos uma banda de hardcore - sem truques nem misturas. Aquilo que nós fazemos é aquilo que as bandas que nós gostamos faziam há trinta anos atrás. O som pode não ser o mais original ou ground breaking, mas também não é isso que procuramos. O John Brannon de Negative Approach disse uma vez numa entrevista que escrevia letras sobre coisas que odiava e os Jerry's Kids disseram noutra, relativamente à energia nos concertos, que algumas pessoas preferiam fazer jogging. Não é preciso explicar, pois não? Killing Frost - ou a KFA - é a nossa cena. Hoje em dia muito do hardcore do téni e do boné, ou da porrada, ou do punk rock com afinação do metal, me diz muito pouco. Não me diz nada. Mas como em tudo, são opiniões. O mais importante é que apesar da cena que apoiem, mantenham uma mente aberta e questionem TUDO o que vos é posto à frente. Pensem por vocês mesmos e não deixem que vos digam o que fazer. Hardcore é isso também. Esta zine é dedicada à KFA; aos que são, aos que já foram e aos que hão-de ser. André