quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Discos Trocados: Rich Kids On LSD/The Flex

Todas as semanas trocamos um disco entre nós e falamos um pouco sobre o disco que nos calhou - tanto pode ser um clássico como uma porcaria autêntica, mas é aí mesmo que está a piada.

Agora com convidados e em modo "amigo secreto", mas com a premissa de sempre. Desafiámos duas pessoas a trocarem um disco entre si, sem saberem quem são. Desta vez a tarefa coube ao Miguel Pimentel, recém emigrado para terras de sua majestade, e ao Boris, baterista dos The Skrotes e CEO da Destroy It Yourself.

Miguel

Ora bem o que temos nós aqui?

UM VERDADEIRO CLÁSSICO (1984) DE SANTA BARBARA, CALIFORNIA!

Isto é hardcore, isto é punk isto é metal é rock progressivo tudo misturado com uma boa dose de dietilamida do ácido lisérgico, mais conhecido como LSD! Sim esse alucinogénio tem uma forte influência no nos arranjos, na composição da música bem como nas letras desta banda! Mas se calhar é isso que a torna especial. Se pensam que é isto é música de três acordes então estão bem enganados! Cada faixa, cada riff, cada parte de bateria são pura perfeição e aquela voz de rato Jason Sears dá aquele toque!  Na minha opinião esta malta da costa Oeste dos Estados Unidos tem como grande influencia outra grande banda do panorama punk DISCHARGE, eu gosto disso e também faz-me lembrar muito o primeiro 7” de POISON IDEA!

"I Fucked Authority Right In The Ass, Now Authority's Gonna Fuck Me Right Back!" - Este excerto da faixa  "I'm Locked Up" dá para ver o tipo de registo punk que é este álbum? São sete faixas de pura diversão skate thrash rápido duro e agressivo, só é pena não ter mais musicas, pois seria excelente, mas sim este EP é MUITO BOM! Não se pode ter tudo não é? Agora se me dão licença vou aproveitar este solinho e vou “skatar” um poucos pelas ruas de Portsmouth. BUST!

Boris

Ja conhecia esta banda de nome e acho que tinha visto a capa de um disco. É mais ou menos este tipo de som que achava que ia soar, apesar de ser talvez um pouco menos rapido do que pensava.
Para quem quer ter uma ideia do tipo de som, é assim um hardcore mais "chunga" (chunga as in gravação mais old school, felizmente) em que cada musica tem parte rapidas, seguidas de um break para o pessoal mandar umas cambalhotas. Isto sempre com uma voz rasgada e zangada por cima. Não tenho aqui as letras para saber um pouco mais sobre o que falam, mas com nomes de musicas como "Braindead" e "Scum on the run", da para ter uma ideia.

Uma coisa que não gosto muito é musicas com para, arranca, para, arranca, e talvez por isso o disco não tenha batido muito, mas acho que pode ser uma boa surpresa para quem goste do genero e não conheça a banda. Não é um disco que vá entrar na minha colecção, mas tentem ouvir, e se curtirem, toca tudo a ir comprar discos ao Tiago da Backwash Records, que tem um molho de discos do género na distro.

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