Estamos vivos! Rastejámos do buraco para apanhar um bocado de chuva e frio, graças ao Bruno que foi a um concerto e decidiu escrever uma review. Um tipo porreiro.
Estou de férias!
Acabado de chegar de Lisboa depois de despachar o que tinha de ser despachado da faculdade, fui ter ao Parqe um bocado antes da hora do concerto, pois supostamente a malta de Awake tinha chegado tão cedo que ainda não lá estava ninguém.
Assim que lá cheguei vi que já tinha chegado malta e meti a conversa em dia com a malta das Caldas que não via já à algum tempo. Enquanto isso, começaram a surgir caras provenientes de todos os lugares e mais alguns. Algumas novas, outras que já sabem o que é que a casa gasta e sabem que não se pode perder um concerto nas Caldas. Segundo o Tofu estavam lá entre 50 a 60 pessoas. Se é verdade que já houve concertos nas Caldas com mais pessoas, também é verdade que as que lá estavam serviram bem para fazer a festa.
GAEA - aka GAEArreiro difunde através do hip hop uma mensagem preocupada e activa sobre veganismo e straight edge. Antes de meter o instrumental seguinte no Windows Media Player (classic!) dava sempre uma palavrinha ao público, quer para introduzir a próxima faixa, quer para alertar sobre as temáticas acima referidas. Bom flow, não sei porquê o volume de um dos beats estava bem mais baixo que todos os outros. Para quem não sabe, o GAEA é responsável pela Brave Distro e tem pra venda toneladas de cenas. Mandei vir umas quantas zines uma vez e não me desiludiu nada. Procurem!!
xVENENOx – Depois de cuspir umas linhas, o GAEA sentou-se na bateria para cuspir Veneno. Com veneno para dar e vender, todas as cantigas em português, a banda deu um concerto bem foda. Cover da Inferno de X-Acto. Todas as outras originais e tocadas como deve ser, rápido e cru. O Luz de Awake safou o baixo neste concerto e não deixou que o concerto piorasse um bocadinho que fosse. No final do concerto ameçaram com a Firestorm de Earth Crisis mas acabou por não acontecer – e com isto meia dúzia de risos no público. Arrastão em Lisboa promete correr com nazis e traficantes de droga - música mais genial de 2013.
Clean Break – Concerto da noite! Sigo com prazer a banda desde que esta começou (não é como se houvesse muito para seguir) e infelizmente nunca a tinha a visto ao vivo (não que tivessem havido muitas oportunidades para ver..). Anyway, se a banda toca pouco dá mais que razões para esperar para vê-los. Foda-se, começam-me o concerto com a Intro/Invasion de RJ? Epá.. Não há condições. As músicas da demo são boas que doem, mas sou suspeito para falar pois é exactamente o tipo de som que eu prefiro. Dois covers. Straight Edge de Minor Threat só para que a malta não se esquecesse da temática do concerto e Without Words de Stop and Think - o meu momento preferido da noite. Melhor cover, melhor banda. Entre músicas houve espaço para dicas que não podiam calhar melhor, como dizem os Better Than a Thousand:
Tomorrow's dream may never come and sure it's good to have some.
But instead of all this dreaming well why not just live today.
O passado foi de cona, o futuro ninguém adivinha. Não gostam tornem melhor ou saltem fora! 10/10
Awake – A banda de Hardcore com mais cabeça de Portugal actualmente, algo que claramente se reflecte nas músicas. A banda tem malta que realmente admiro, dos poucos que ainda se esforçam por se compreenderem e por compreenderem o que os rodeia. Dos poucos com quem sei que posso ter uma conversa decente. Dos poucos que sabem que a palavra HARDCORE está INDISSOCIAVELMENTE ligada à palavra PUNK. A minha faixa preferida continua a ser a nova, a das bicicletas bike punx go! Sempre a abrir. Só ganhava se falasse de skates, mas oh! ninguém é perfeito. Tocaram todas as músicas da demo e três covers: Slow Down de YOT (título curioso tendo em conta que antes disso tinham tocado a faixa mais a abrir de todo o reportório), a Best Times de Chain Of Strenght e a Focus on the Light de TRUE COLORS! (obrigado!). A malta pediu encore e presentearam-nos com a repetição dos covers de TC (com a formação toda trocada) e de COS. Pinela, devias começar um projecto como vocalista.
Foi isto. Estou farto de escrever. Um obrigado à Dirty Crown, cada vez melhor, ao Nando por me ter feito rir com a sua farta cabeleira loira, à quantidade de merch que estava disponível para compra – demos, zines, t-shirts, tóliclantes com mensagens importantes.
Para ter sido perfeito só faltava Just Say No ter tocado também, mas ao ter estado com o Fábio percebi a cena - ter um clube de fangirls ocupa mais tempo do eu alguma vez imaginaria!! Ahaha. E faltou também o Titi, o falso tropa. Ando eu a escrever-te reviews quando podias ter vindo e ter feito a tua. Não ficaria tão bom, mas que se lixe.
Review por Bruno Baptista.
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