Faz-me um bocado de confusão quando um evento no Facebook diz que começa às 16h, chego lá vinte minutos depois da hora (já para dar o desconto) e o Edgar diz-me que afinal é para começar às 17h. Parece que o flyer já o dizia, mas fiei-me no "horário do evento". Claro que o tempo vai passando e passa das cinco e meia quando começa…o clássico “espera até vir mais gente”. O problema é quando esse público não aparece. 20 pagantes? “Tuga Core Classics”, much?
Eu sei que é agosto, a malta muda-se toda para o Algarve
para pegar um sol, dar uns mergulhos e ver ingleses bêbados, mas ainda assim,
isso não é desculpa para não existir promoção a um concerto. Posts do Facebook
têm cada vez menos força (chegaram a existir neste caso?), visto agora ser “ou
pagas ou estás tramado”, pelo que uma divulgação mais tradicional não era nada
mal pensada. Não fosse eu um seguidor da banda e andar com as datas debaixo de
olho faz tempo, de certeza que me tinha passado ao lado, como sei que passou ao
lado de muitos.
Bom, mas lá cheguei ao Campo Grande, pus aquela conversa em
dia com o Ivo e o Edgar das Caldas, discuti a ida a Londres com o Ricardo,
apreciei o telheiro verde construído cá fora a pensar na chuva e falei de
hardcore sem ser a comentar vídeos partilhados do youtube (o Nós Contra Eles tem vivido um bocado disso...my bad). Entretanto o Athos aparece após
viagem para lavar roupa e logo monta um estendal do caneco cá fora, que valeu olhares confusos
dos passageiros dos vários autocarros que passavam ali na rua. Ai não, roupinha lavada, até devem ter dormido melhor nos dias seguintes.
Para abrir a tarde houve GAEA, projecto hip-hop do Miguel
que já tinha visto algumas vezes. Hip-hop com conteúdo e qualidade, props para
o Luis Luz como hype man/backup rapper.
Quando Selfish começaram o soundcheck começaram-se também a
notar os problemas crónicos da Academia no que ao som diz respeito. Por
problemas crónicos entenda-se "ter uma acústica terrível". Sei que os espaços pequenos
em Lisboa escasseiam, e que financeiramente este é um local que torna viável
marcar concertos sem grandes custos, mas um concerto hardcore aqui com bom som
só por milagre (Get Slapped Fest!). Para além disso o volume da guitarra ia até
ao 11, de maneira que estava fura tímpanos. Tive de dar um fold rápido, mas
como não fui o único estive cá fora com a malta. Que venha a Disgraça!
A formação dos DisXease fez-me lembrar os jogos do FIFA
antigos que tinham aquela formação Rest of the World All-Stars. O Rafael andava
pela europa no seu papel de tour manager/road warrior e entre outras peripécias
com restantes membros, a formação tinha o Athos, o vocalista, como único membro original da
banda. Assim sendo, o resto do plantel era um alemã no baixo, um americano na guitarra e baterista brasileiro emprestado
para umas semanas de tour no velho continente.
Ainda assim, musicalmente não desapontou. Set curto, malhas
rápidas, público frio. Não deixou de saber a pouco para uma tarde que passou
demasiado depressa e que acabou por valer acima de tudo por meter alguma
conversa em dia, ver uma banda fixe que um gajo acompanhava na net e pelo
hangout pós-show (hot dog gourmet, onde o “gourmet” já chegou...). Já agora, merch
wise, era tão mais fixe que quando há coisas a dizer “Euro Tour” ou “World
Tour” tivesse as datas dos shows. Curto bué.
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