Londres, já tinha saudades tuas! E que melhor motivo para te revisitar do que um fim-de-semana com dois concertos com reunions de bandas hoje clássicas, de épocas e estilos diferentes. No Warning sexta-feira, BURN domingo. Portugueses com fartura, emigrados ou turistas, era igualmente sinónimo daquele hang out bem doce.
Voo às 6h30 da matina quer dizer que as horas de sono foram
poucas. Avião da Ryanair também não é propriamente propício a um bom descanso
no ar…Lá aterrámos todos zombies, pegámos aquele Terravision vazio e Stratford
aqui vamos nós. Tão bom não ter de entrar no centro de Londres e apanhar aquele
trânsito caótico.
Depois de ir ter com o Fábio buscar a chave de casa, arrumar
as coisas e pegar aquele brunch de fast food, partimos para Camden ter com uma malta
conhecida do Tiago, amigos de Londres e Pool Partyanos assíduos. Reunida a
maralha portuguesa, pit stop no sempre fantástico Woody’s Grill para aquele
kebab à séria e vamos até Tuffnel Park a pé que a estação do metro estava
fechada.
Depois de muito palmilhar, reencontro à porta do off license
com velhos conhecidos, com direito a médias de Sagres e Super Bock.
Confiei na pontualidade inglesa, pelo que dei ali uns
minutos de avanço e resolvi entrar com o Ricardo Luz, que estava na cidade
igualmente. Erro crasso. Apanhámos Swan Song de início e era uma granda
banhada. Hatebreed em chato…Ainda tentámos dar um check no merch naquela de
passar tempo, mas nem a distro gigante (mas overpriced) da Reality Records nem as camisetas de NW nos entusiasmaram ou ajudaram a fazê-lo.
Risk It! tocaram de seguida. Aquele fenómeno das bandas
europeias passarem um bocado ao lado do público inglês continua a fazer-se
sentir. Alguma indiferença por parte dos britânicos durante todo o set, aproveitaram
umas mosh parts para rodar o braço. Muita malta estrangeira no show, que no
entanto não estava cheio, nem perto disso. Talvez a existência de uma data no
centro da Europa tenha feito com que muitos tenham optado por uma opção mais
próxima e eventualmente mais barata.
Mas obviamente a rapaziada estava ali era para ver No
Warning. O Ben Cook beto ficou no Canadá e o bad boy do antigamente estava de
volta. A banda deu um concerto super tight, tocou as malhas do Ill Blood e
algumas da demo, e ainda duas do Suffer Survive, introduzidas com umas
indirectas sobre como ninguém curtiu o disco quando saiu (“vendemos 10 cópias
no Reino Unido, 20 no resto do mundo”) mas que depois de ouvirem no youtube já
era bom disco. Ainda houve um zé a pedir a Bad Timing mas o Ben disse que não
iam tocar essa malha, que não fazia sentido. Por acaso curto a malha, mas
pronto. Depois claro, altura de perguntar se alguém tinha erva porque o stock
da banda tinha acabado…
Estava à espera de mais caos no pit, mas o público estava um
bocado manso. Eu estava todo cansadão. Se ainda fiz o gostinho aos dives nas
primeiras músicas, logo me remeti a um canto, que deu-me uma quebra terrível.
Ainda houve tempo para pit beef sem importância, mas se há cliché sobre uma
cultura que seja verídico é a de que irlandeses e álcool não combinam bem.
The fighting irish, né? Bazezas…
Resumindo, No Warning deram um bom concerto e valeu bem a
pena finalmente vê-los ao vivo. Rumores de cachets de 15.000€, se verídicos, só
me fazem pensar no buraco no bolso do(s) promotor(es), mas temos pena! Diz que
em Manchester estava mesmo triste… É verdade que provavelmente a
motivação para estes shows, quer nos EUA quer na Europa, foi a guita. Se esse dinheiro é para alguma causa (o tal fundo para assistência legal do
Zach, como o 7”) ou não, é outra história. Se me esqueço que o Ben é o mesmo
beto de Yacht Club? Também não.
Mas os No Warning não deixaram de ser No Warning. Há um
single novo a sair na Lockin’ Out em breve (€€€€€€), o som já está disponível e
não é nada por aí além, mas e então? Não retira o que esta banda fez e
representou, e as mil bandas que influenciou. Foi um prazer vê-los. Still ill
blood.
BAZEZAS! Hahah
ResponderEliminarVoltem sempre Tiagos & Co