terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Review: Chiller Than Most #5


A tempo de figurar na peúga natalícia, a Chiller Than Most voltou com os conteúdos mais cruciais. Já há um par de semanas na prateleira, houve agora tempo de dissecar e escrever umas palavrinhas sobre este quinto número.

Ponto número um: a parceria com o Chun One continua forte e dá um sentido de continuidade importante. Seja na zine, seja em tudo o que lhe é acessório: presença online, posts, material promocional. Artwork on point com um "Quem é Quem" da cena inicial de Nova Iorque. Peguei o poster, que aguarda moldura...

O Atilla é o maior fanboy da era dourada do NYHC (o maior da Hungria pelo menos) e começa em grande estilo com uma viagem que fez a Nova Iorque e em que fez questão de visitar os extintos locais míticos dos anos 80. Agora transformados em lojas de roupa, restaurantes ou simples apartamentos, ficou engraçada a ideia de tirar uma foto a copiar uma da altura, num exercício de descubra as diferenças. A7, CGBG's, The Pyramid, estação de metro do anúncio do disco de Token Entry, etc, ele picou o ponto em todas.

Entrevista porreira com o Pat Hassan sobre os xFIRM STANDING LAWx. O Pat atualmente está a dar aulas no Egito e é o maior bacano! A Carry The Weight Records que ele co-comandava despediu-se o ano passado e ainda aguardo review desse show (dica!)

Há espaço para repost de uma entrevista a Supertouch e uma pequena entrevista ao Tony Rettman sobre o seu novo livro sobre o Straight Edge, que não aprofunda muito mas dá para ver qual foi a ideia dele para o escrever. Melhor só o capítulo sobre Bold que não chegou a ser incluído no livro que aqui aparece com vários intervenientes a dar a sua versão da história.

Entrevista ao Michael Franke sobre os The Accursed, dá para saber mais sobre uma das melhores bandas a sair da Austrália (a melhor desde Vigilante?).

A entrevista à Nancy Barile é fixe não só por ter uma visão diferente da génese do hardcore e de como aquela era foi, como porque a dada altura o Al Barile (marido, SSD) dá o seu input também. 6 páginas A4? That's the shit I do like!

A feature de Mental era aquela que mais me tinha despertado a atenção na altura no anúncio, e acaba por ser um ligeiro let down. Desapontamento é duro demais, porque adoro o que foi feito - basicamente dar a voz aos fãs. Ou seja, aquele insight que eu estava à espera perde-se um bocado e vai noutra direção (igualmente fixe) em que se faz uma análise subjetiva ao impacto de Mental na cena da altura e no que dela surgiu. Era esta a premissa, bem sei, mas perfeito seria ter alguém da banda a "comentar os comentários". Ainda assim, Mental é Mental, e qualquer conteúdo sobre a banda é devorado por estes lados com apetite voraz.

Para terminar, só uma achega: freebies game on lock! Poster promocional, abre caricas, print da história do Hardcore Mailman (ver CTM#4) em cartolina, autocolantes e aquele obrigado personalizado. Assim dá gosto.



Malta em Portugal pode pegar cópias via Backwash Records.

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