terça-feira, 3 de março de 2015

Review: Madball + Strife + Rise of the Northstar @ Rep. da Música, Lisboa


Para os mais desatentos, no passado dia 26 de Feveiro a Rebellion Tour passou por Lisboa, nomeadamente em Alvalade.

E para aquecer esta gelada quinta-feira, a HellXis trouxe-nos um rol de excelentes bandas: os nossos PUSH e Reality Slap, Backtrack, Rise of the Northstar, Strife and last but not least, os Madball.

A sala escolhida para as hostilidades foi a República da Música, nossa conhecida do costume.

Tratando-se de um dia de semana, só pude ir para o concerto após o meu turno de trabalho e para o meu espanto, já ia Backtrack a meio quando lá cheguei. Tendo chegado ao local de concertos cerca de 30/45 minutos após a hora de início, esperava ter chegado pelo menos a meio de Reality Slap para poder distribuir uma chapadinha ou outra mas infelizmente já não deu, o que me fez concluir que para além de ter começado a horas – o que já começa a ser costume (yay) - as bandas de abertura tiveram de dar um concerto relâmpago.

Acabei por ir ter com pessoal e entrei durante o intervalo onde, para meu espanto novamente, a casa estava à pinha. Quase tão cheia como os metros em Pequim, só que com uma concentração de fumo gigante por metro² (sempre me questionei o porquê de não abrirem o espaço lá em cima para os fumadores, já que já se fez o mesmo anteriormente).

Mas questões existenciais à parte, sim, havia muito mais gente do que um concerto de hardcore “normal”. A sala estava ocupada por inteiro, pessoas da velha guarda, da nova guarda, do norte, do sul, do centro, de fora. Tudo e todos foram dar à República da Música numa quinta-feira à noite, o que é realmente de louvar a meu ver.

É com muita pena minha perdi as três primeiras bandas, mas com ainda mais pena minha, tive de assistir ao concerto inteiro de Rise of the Northstar. Sei que têm uma base de fãs sólida, mas esta é uma banda que eu pura e simplesmente não consigo engolir. Acho que a frase que define esta banda é “Paleta over Substance”. Esta banda de cinco elementos com uma imagem inspirada no mundo oriental consegue, na minha opinião de noob, interpretar bem o seu repertório, dar um show sólido e ainda assim serem terríveis, repetitivos e super entediantes. But that’s just me (or is it?).

Depois de cerca de 20 minutos de tortura auditiva, veio a banda que para mim ganhou a taça da noite, os Strife. Não sou muito conhecedora do trabalho desta banda straight edge da Califórnia, mas deram um concerto cheio de poder e sem manias que acolheu bem o público e os mesmos foram bem recebidos de volta. Já os tinha visto cá em Lisboa uma vez há relativamente pouco tempo e não esperava outra coisa deles. A ver se da próxima vez já os tenho melhor entrosados no ouvido para curtir o show deles a sério!

Por último, depois de uma espera algo longa (em que pelo menos deu para ouvir alguns clássicos de hip-hop), chegaram os reis de Nova Iorque, os Madball. Liderados pelo Freddy Cricien aka Freddy Madball, começaram o seu concerto com os clássicos do costume que fizeram cabeças rolar (incluindo eu que fui arremessada para a estratosfera sem aviso prévio). Assim que começaram a entrar as músicas do seu mais recente trabalho “Hardcore Lives”, deu para entender que este está realmente vivo mas as novas músicas não conseguiram ressuscitar o público que estava mais para lá do que para cá. Nesta altura um Freddy meio desmotivado achou então por bem promover o seu mais recente disco já que quase ninguém conhecia as novas músicas. Mas volta e meia via-se que ganhava um novo alento quando o nosso público fazia a ladaínha do costume de cantarolar os riffs. Para terminar, tocou-se a Pride juntamente com o Poli de Devil In Me, assim very fast e a noite ficou por aí, sem haver direito a encore.

Depois pisguei-me dali para fora muito rápido que o dia seguinte era de trabalho/faculdade e a Rebellion Tour seguiu o seu caminho. Mais uma noite de hardcore, não durmam na parada.


Review por Márcia Santos (L$, vocalista de Same Old Chords)

Caso haja rapaziada que tenha visto os shows todos e queira escrever umas palavras, hit me up!!

1 comentário:

  1. foi um bocado triste da parte de ROTNS, Strife e Madball "esquecerem-se" que tiveram 2 bandas portuguesas a abrir o concerto, na parte dos agradecimentos.
    não falo de backtrack porque não cheguei a tempo de os ver.

    fora isso, acho que strife foram os únicos a estar à altura, se comparar com outros concertos de madball e rotns (p.ex. resurrection 2013). cumpriram os mínimos.

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