Como terminar uma semana em que se trabalharam todos os dias, alguns deles das 9 às 20? Saindo Domingo às 2 da tarde do Estoril para ir mega rápido a casa, parar no Aldi para comprar umas coisas para roer e seguir para as Caldas! Afinal, o cartaz tinha SÓ a melhor amostra do sangue novo da cena nacional.
Batiam as 15h10 certas quando toquei à campainha do Bruno. O Ricardo Luz já lá estava e ia ser o condutor de serviço. O puto Bruno tava todo febril, a baterem 20 e muitos graus, nós de calção e tshirt e ele dentro do carro com uma sweat e um casaco, com o capuz enfiado. #YOLO
Chegámos eram quatro e tal, havia um cortejo qualquer
manhoso, só vimos o último carro alegórico, era uma cena qualquer da Pêra
Rocha. Deve ter havido festa rija, mas a nossa cena era outra e o local era 150
metros mais acima. No Parqe já estavam umas quantas caras conhecidas. O show
tinha atrasado um pedaço (o que até foi bom, deu para não perder nada) pelo que
ainda se ficou um bocado à conversa cá fora.
A primeira banda foram os Sore Eyes. Partilham membros com as bandas que depois tocaram mais
tarde. Powerviolence feito por (e para?) amantes do wrestling. Não é preciso cá
banners nem faixas quando tens posters do Rey Mysterio em casa. Booyaka!
A seguir iam tocar os jovens da “Costa Oeste”, Just Say No. Leiria, SJM,
Porto…Espanha, França, tudo. Dizer que estava excitado era dizer pouco. Alguma
confusão ali na intro, mas a partir daí tive o sorriso na cara do princípio ao
fim. Adoro. Hardcore como eu gosto. O Fábio tem pinta para vocalista, com
direito a cambalhotas e tudo. A rapaziada das Caldas andou para lá toda craize,
conseguiram partir uma parede. Literalmente. Ficou ali um buraco enorme na
parede falsa lateral. Engraçado que só desta vez reparei que tal parede, assim tão frágil, lá existia, ainda para mais tendo sobrevivido ao caos do concerto de FTG. Tocaram as malhas da demo, cover de Youth of Today e Time X, e ainda a Get Lost de Stop & Think em que o Fábio me passa o microfone para
a mão e me faz um corte no dedo. Tenho mãos sensíveis. Da próxima prometo que
canto em vez de ficar com cara de parvo a rir-me sozinho.
Os Awake foram a
terceira banda a tocar. Para os que se questionavam quanto à formação, de
momento a banda tem o Pinela na bateria, o Luis Luz na guitarra, o Foca no
baixo e o Luis Borges na voz. O Borges está com um registo vocal bem diferente
do que tinha em One Last Struggle, e eu gosto. Tinha ouvido (mal) as músicas no
bandcamp, mas a actuação ao vivo cativou-me bem mais a atenção. Malta que ouviu
muito Time-X. Sempre a esgalhar. Pequenas introduções às músicas que serviram para
apresentar a banda e os temas que ela trata, sem nunca se tornar moroso e
chato. Óptimo, boa surpresa. Mantenham-se atentos, demo tape a sair em breve
via Salad Days Records. Cover de Chain of Strenght eYouth of Today (slow down! tananana).
Destruction Eve
foram os seguintes, sendo que estive cá fora a conversar. É aquela coisa de
estares com pessoas que só vês com meses de intervalo. Falar na internet é
giro, falar pessoalmente é melhor. Desculpem lá isso. Tocaram a Motorbreath de
Metallica que é uma granda malha.
Shitmouth são os
Circle Jerks portugueses. Não houve muito público nesta tarde domingueira, mas
conseguiram meter toda a gente à chapada. Tocaram as músicas todas e umas
novas, cover de Misfits, de Black Flag e de Circle Jerks. Ouvi uns zumzuns
sobre um disco a ser preparado. Acho bem. Granda banda.
Para fechar os Challenge.
A prata da casa continua intocável. O Edgar estava com um discurso meio
corrosivo que certamente teria algum alvo, falando do final dos concertos
marcados pela Dirty Crown nas Caldas, ficando um esclarecimento “oficial” para
mais tarde. Musicalmente foi aquilo que diversas vezes descrevi como sendo
“Challenge nas Caldas”. Abriram
com Floorpunch, a seguir a Legends Never Die, Make You Pay, Leave Me Alone, I
Can’t Understand, etc. Os “clássicos”. Cover de SOIA a meio, como manda
a lei. Fecharam com a This Is Real, num pile on gigante. Claro que não é
preciso dizer que o exército caldense, vestido a rigor com a tshirt
identificadora, esteve lá sempre a cantar e a moshar.
Props para o Bruno que se esqueceu da febre e andou todo
maluco a tarde toda, ainda com direito a skate session antes do jantar…a esta
hora deve estar todo cheio de tremuras, com frio e a suar que nem um porco.
Pena não ter estado mais malta, mas isso não invalida o facto de ter sido grande
tarde, ter estado com amigos, ter curtido bons concertos e visto novas bandas
que prometem meter isto a mexer. Isso e saber que há mais duas ou três a sair do forno…um gajo tem um blog e nem tem acesso a
estas informações exclusivas em primeira mão…tá mal!
Abraço para o Edgar, o Ivo, o Amador e a malta toda das
Caldas que vai fazendo estas coisas acontecerem. Venha o próximo, seja ele
quando for. Como diz o outro, mantenham o espírito vivo.
boa review!
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