sábado, 2 de agosto de 2014

Review: Judge @ The Dome, Londres


Claro que eu não era para ir a Judge. Como disse na altura em que o concerto foi anunciado, por vinte béus (dos ingleses) era bom que me pusessem os Rival Mob a abrir senão certamente que não me apanhariam por lá. A culpa é do Mike; tanta conversa ao longo dos anos sobre Judge não ir voltar e depois acontece isto? Not my cup of tea, mas respeito aos que continuam a sentir o feeling do reunion show - principalmente quando os vocalistas já não vivem pelas letras que escreveram.

Adiante, saí do trabalho um pouco mais tarde do que o habitual, com o sapato de vela, calção e polo Fred Perry que tão característico deste Verão está a ser - e não estou a ser irónico. Mas espera? Então eu não ia ao concerto mas afinal fui ao concerto? Deve haver esquema, perguntam vocês; e perguntam muito bem! O King Rafa não só esteve em Londres (e batemos granda hang out no dia anterior, ai não - é porque aquele vietnamita vegan ao jantar enganou!), como tinha um espacinho a mais na guest list guardado para mim. Óbvio que não ia ser capaz de dizer que não, ver Judge de borla com o Rafa? Tu és louco. Ainda ontem estava eu em Faro a ver Pointing Finger no Pavilhão do 11 Esperanças.

Cheguei lá já depois de ter tocado uma banda (não me lembro do nome) e a tempo de ver as últimas duas músicas de Inherit. Quer dizer, "ver", porque não prestei grande atenção. Acho que foi fixe, é aquele metalcore, né? Acho que bate bué, mas não creio que me fossem apanhar a ouvir aquilo em casa. O público acho que estava vivo mas passei um bom bocado de tempo à conversa com a May por isso não posso adiantar mais detalhes, sorry!

Depois tocou Survival. Man, Survival. Só me lembrava disto, mas na descontra - ao menos agora vocês já sabem onde é que Jaguarz roubou e podem mandar aquela paleta extra em frente às garinas no pátio da escola depois das férias do Verão. A banda até que nem era má de todo (até à terceira música, depois soou tudo ao mesmo) mas não há paciência para esta miudagem que dança como se tivesse numa corrida de pulos dentro de sacas de batatas. Que bando de patetas. Ainda bem que Rival Mob foi o oposto desta palhaçada.

Judge. Bom, Judge foi mais do que eu esperava. Mal começou (com uma música do Star Wars - acho) deu logo aquela impressão de que eu devia ter apostado nos Vans e na t-shirt velha. Damn it. Nem foi tanto pela banda em si, porque o som estava uma merda daquelas, tipo concertos em Corroios. A guitarra estava mais estridente que um pacote de batatas fritas amplicado e às vezes nem se percebia bem algumas coisas.

No entanto, o pit estava bem quente e o pessoal (praí 500 pessoas?) estava em altas. Pancadaria de meia noite num chão não escorregadio e com espaço suficiente para dar uma sapa no mano da frente e uma cotovelada no de trás - pessoal veterano do pit vai saber do que estou a falar. Que violência. Tocaram as músicas clássicas todas e ainda tocaram a cover de Blitz. Tudo numa espectacular boa onda e com o Porcell todo cheio de energias e a tocar guitarra bem em cima do pessoal, porque o hardcore nunca morre, não é? Claro que é. Viva o hardcore. Mas a sério, #MOBJUSTICE.

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