segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Review: Headache Fanzine #2


Com o número #3 quase a bater à porta, finalmente a minha atenção voltou-se para a Headache Fanzine. Não tendo apanhado os dois primeiros números na altura do lançamento, surgiu a oportunidade de safar este número no meio de umas tapes que me iam enviar.

Obra do alemão Michael Franke, vocalista de Mental Refuse/The Accursed e mais umas coisas, aproveitou a estadia na Austrália não só para ir fazendo umas bandas como para meter mãos à obra numa fanzine.

Começando pela capa. Bota a esmagar uma cara - imagética hardcore? Presente!

A zine abre com referências a Killing Time e Arms Race, para rapidamente dar lugar a uma ótima entrevista aos valencianos Poder Absoluto. Sigo esta banda desde o tempo em que eram Altercado Espiritual (entrevista no blog!), e o Alberto é um gajo que ama duas coisas: hardcore e a sua cidade. Temos direito a dicas gastronómicas e culturais, sempre com aquele discurso venenoso sobre os cleptocratas que dominam a cidade. Boa dica sobre o hardcore estar "preso" à língua inglesa e ao pouco espaço que sobra para as diferentes línguas maternas. Discussão com barbas, mas sempre em dia, seja qual for o género musical. Ao longo das 3 páginas A4 ainda há uma ode ao Andy Fletcher e mais umas farpas bem lançadas à cena.

A seguir: Combatant. Se curtem a fase inicial de Agnostic Front (Victim In Pain!!!) esta banda é para vocês. Desde a história dos primeiros lançamentos à mudança na sonoridade no último registo, dá para ir a todas. E se acham que a conversa dos "turistas do hardcore" é conversa de velhão na tuga, fica a prova que os há em todo o lado. Velhos e turistas, claro está.

Os Enemies eram os desconhecidos (para mim) desta edição. Parece que o vocalista toca baixo em The Chain! Malta de Calgary que ganhou direito a audição posterior. E valeu a pena!

Mantendo-nos no Canadá, vamos até ao extremo oeste e à província da Colúmbia Britânica. Conhecia os Watchdog sobretudo pelo artwork do ep feito pelo Tin Savage (fã!) mas musicalmente também não era nada de deitar fora. Responde-se a questões sobre qual o melhor disco de Foreseen (resposta fácil...), história e porquê de lançar um ep de 10 músicas em tape e o que podemos esperar para o futuro. Mais uma vez, entrevista em duas páginas A4 dá-te muito material para te entreteres. A4 > A5 now and forever.

Contras só mesmo o zoom aplicado na impressão de algumas fotos que lhe dão um toque pixelizado, bem como o brilho da impressão, que acima de tudo tem impacto na leitura das respostas dos diversos entrevistados, face à escolha da cor da fonte (cinza? c'mon man!).

Mas face a tudo o que foi descrito acima o bom dá cabazada no mau, e já vou esfregando as mãos à espera do e-mail a confirmar que o novo número já foi para impressão e a encomenda não tardará a chegar. Segundo o Michael "ainda faltam algumas respostas", o que na minha (pouca) experiência pode significar meses...



Cópias do #2 e #3 brevemente disponíveis em Portugal via Backwash Records

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