terça-feira, 30 de julho de 2013

Discos Trocados: Chestpain/ Contravene

Todas as semanas trocamos um disco entre nós e falamos um pouco sobre o disco que nos calhou - tanto pode ser um clássico como uma porcaria autêntica, mas é aí mesmo que está a piada.

Agora em modo "amigo secreto", mas com a premissa de sempre. Desafiámos duas pessoas a trocarem um disco entre si, sem saberem quem são, e provavelmente até sem se conhecerem. Os convidados são ambos Brunos. Um é o Lisboa que é do Porto, que gere a Crooked Distro e a zine de skate Humble, o outro é o Palma, da No Borders Bookings e de uma data de bandas.

Bruno Palma
Chestpain - Self Titled (2010)
Nunca tinha ouvido falar desta banda, por isso antes de tudo fui pesquisar uma beca. Pelo lettering, capa do album e nome da banda vi logo que era rápido e angry, e não me enganei: powerviolence à maluco de Austin, TX. Não consegui perceber bem em que ano começaram, mas já têm uns lançamentos valentes por isso devem andar por aqui há uns 5 anitos.

Clássico 7'' de powerviolence. A abrir com uma malha mais groovie e lenta (pelo menos lento nos moldes destes individuos) só para depois disparar (quase) sem parar até ao final. O belo do feedback, os belos dos samples, musicas de 25 segundos.. Se é bom não se mexe, right? Em menos de 9 minutos está o serviço feito. O disco em si está bom, não é a cena mais inovadora de sempre, mas não é isso que é suposto também. Curti da ultima música, malha certa para acabar. A Nihilgasm também ficou na cabeça. Mesmo assim, acho que tinha gostado duas vezes mais do disco se tivesse a ler as letras no booklet do 7'' enquanto ele girava. Andei aí à coca na net, mas não encontrei nada..

Bruno Lisboa
Contravene - A Call To Action (2002)

Descobri este disco quando o meu puto Filipe Gaspar se passeava com uma shirt de Contravene e me falou desta banda. Nunca tinha ouvido o termo “peace punk” mas sem duvida que me foi mais apelativo que o habitual sex and violence. Adorei o forte sentido interventivo da banda e as letras ódio ao opressor e de ânimo ao oprimido, veganismo e liberação humana e animal, sou também fã o duplo vocal masculino/feminino e das intros suaves que de pressa se tornam num crust furioso. Sublinho os temas “Conviction”, “Traditions” e “In the name of convenience” (não é deste album mas é grande malha.)

Sem comentários:

Enviar um comentário