segunda-feira, 8 de abril de 2013

Review: Sectarian Violence + Challenge + The Skrotes + Nihilistic Bastard + Holder @ C.R.A., Lisboa


Concertos a um domingo de Páscoa. Haverá melhor forma de celebrar a ressureição de Jesus? Não sei, mas certamente ele teria aprovado esta. Claro que esta data ia trazer um problema à No Borders...iria alguém trocar o borrego ou o pitéu veg do tradicional almoço em família (ou deixá-lo a meio) para se escapulir mais cedo até aos Anjos? Para ajudar ainda mais à festa: grandas chuvadas a assolar a capital.

Cheguei bem cedinho e só lá estava a malta de Challenge. Entramos e ficamos lá um bocado à conversa e aparece o Bruno. Eram 16h e não só não havia bandas, não havia público nem havia nada montado...Passado um bocado aparece a carrinha dos Sectarian Violence que pára no meio da rua, mesmo a empatar o trânsito e ficam ali feito parvos não sei à espera do quê. Aparece um gajo lá do bar do C.R.A. e ajuda-os no estacionamento, mesmo à tuga arrumador. Há que amar. Banda com cinco gajos, quantos estão na carrinha? 9 pessoas. Devem ter aproveitado para tirar férias.

Bom, vinha com eles o Patrick da Carry The Weight Records, que por acaso é guitarrista nos Sectarian Violence e eu não estava nada acerca. Eu tinha falado com o gajo e já tinha andado a meter uns trocos de lado para safar uns discos. Gajo cinco estrelas, falámos de discos, da label e da tour até então. Vinha também um gajo grandalhão com uma granda barba ruiva (óptimo para fazer figuração no remake do Braveheart) que em conversa vim a saber que foi o tipo que escreveu a Back on The Bins. Ainda levou uma zine do Fábio, "i don't care if i don't understand it, i love zines, specially thick ones!". Ai não.

O vocalista de Sectarian Violence é o Nick Tape de Coke Bust e o gajo também trazia os restos da extinta distro dele. Já tinha falado com o gajo antes da tour e tinha-lhe comprado umas pechinchas. Claro que a carteira levou novo rombo. Aliás, no final do show decidi que ia passar um mesinho a pão e água...comer é tão subjectivo.

Bom, tudo somado, foi dos concertos com mais distros, zines e material informativo dos últimos tempos, deu gosto. Lá foi chegando pessoal às pinguinhas, apareceram os Holder, os The Skrotes e algum público. O concerto começou deviam ser umas 5 e pouco, com os Holder um pouco melhor oleados que na sua estreia. A sonoridade não é bem a minha praia, mas valeu o headbang.

Os Nihilistic Bastard ainda não tinham aparecido. Vieram não sei de onde, não sei como, mas para não atrasar tudo ainda mais os Skrotes começaram a preparar o equipamento, sendo que quando se preparavam para tocar lá apareceram os desaparecidos...Mas hey, siga a marinha, toca Skrotes. Show curto, rápido, business as usual. Os Nihilistic Bastard são filhos dos extintos Knives Out, mas têm um som mais pesado e arrastado. A prova que três gajos conseguem fazer muito barulho.

De seguido foi a vez dos Challenge, que conseguiram meter a pouca malta que estava na sala de um lado para o outro à chapada e ao pontapé. Deviam estar para aí quase 50 pessoas, sendo que umas 20 eram de bandas, mas ainda assim deu para estar um bom ambiente e ser um bom concerto.

Para finalizar, os gajos do estrangeiro. O Nick foi meter o kit para concerto (lol), substituindo a calcinha e o hoodie de Bold por uns calções andrajosos e uma tshirt, com uma bandana na cabeça para finalizar o estilo punk. Americanos...O Tom (Violent Reaction/The Flex) ao menos manteve a postura, tocar bateria de bota da tropa é coisa de homem. O concerto foi muita bom, notou-se que praticamente ninguém conhecia as letras (e a banda?), mas foi um bom concerto que merecia mais público. A animação esteve lá, com o gigante ruivo a cantar a Glue de SSD (mocada), o Tom a sair de trás da bateria e a vir cantar a Boiling Point no final do concerto e outro bacano, que não faço ideia que de quem era, a vir cantar outra coisa qualquer que nem me apercebi do que era. Escusádo será dizer que as covers de SSD foram o momento alto, nem que seja porque para além de agitar a maré sempre deu para a malta cantarolar umas coisas.

Soube à noite os números da tarde, não obstante o pouco público pagante não houve grande prejuízo para o Bruno, os Sectarian Violence curtiram bué o show, ainda andei para lá à conversa com eles e a ajudar a carregar o material. O Patrick ainda disse para ir jantar com eles mas entretanto ligam-me e tive de ir buscar a minha avó. Segundo reza a história, perdi boa pizza, batata doce e sopinha. Ficará para uma próxima, a ver se chateio o Pat e o Tom a trazerem The Flex ou Violent Reaction.

Parabéns ao Bruno pelo concerto e mais uma vez pelos tomates em fazer estas coisas acontecerem, especialmente na data que foi. Pena que muita malta continue a fazer este "boicote" a concertos hardcore sem azeite. Sei que a data era complicada, mas é um padrão que se tem vindo a verificar. Nem vale a pena vir com a conversa das "bandas diferentes" que tinhas duas bandas de HARDCORE sem espinhas. Dêem a chance e deixem de ir nas conversas dos outros. Como aprendi este fim de semana, "há por aí muito chaparro: do pescoço para baixo é cortiça, para cima só serve para lenha". Não queiram ser mais um.

Sem comentários:

Enviar um comentário