terça-feira, 2 de abril de 2013

Review: Moita Metal Fest 2013 @ Soc. Filarmónica Estrela Moitense, Moita



O meu dia começou relativamente cedo e ressacado para ir as compras com a sócia que manda ca em casa. Às vezes digo que é minha mãe, mas não vou dizer isso agora que não é tem nada a ver com o assunto.

Eram 13.50 e estava eu na Bobadela a ouvir os últimos acordes do ensaio de FTG da porta, quando do nada chega o Emanuel, com quem me ri bastante por ouvirmos o mesmo final de música algumas 20 vezes. Compor é fodido!

Entretanto sai um Congas bem disposto cá pra fora, e logocomeça a dizer trampa. Chega o Machado (que honestamente tinha o conjunto de roupa mais pausado do fest inteiro) com o Paulinho, chega o Peter e a Leonor, e temos festa armada. O ensaio tinha acabado, o peeps de FTG está pronto a carregar a carrinha com material, trocamos umas conversas com o Frodo e dizemos umas cenas engraçadas. O dia já estava a render.
Na carrinha, foi ao som do Kill’em All que a viagem começou, depois Machine Head, bem old school (o João sabe...). Não ouvia Machine Head há milénios. Foi uma viagem fixe cheia de Yeaaahs \m/. Moita foi o destinho, e chegados lá já se respirava o fucking metal por todos os lados. Foi  a primeira vez em que realmente achei mal ter cortado a gadelha. Curtia ter me misturado na multidão de gente com vestes negras e com indivíduos que parecia que tinham andado a sacrificar bodes antes de irem para o recinto.

Não vi a primeira banda, chegamos bué em cima da hora, ouvi tipo umas 2 malhas da porta enquanto dizia olá a pessoal e fui comer.

Nuklear Infection começou a festa pra mim, curto de caralho daquilo, thrash mesmo duro, rápido, sem merdas. Vamos embora pa frente com circle pits, putos novos que honestamente acho que vão chegar lá, entre solos e confusões por não se ouvirem em palco, houve direito a Motorhead e tudo, foi uma maravilha.

A seguir veio a primeira banda de Hardcore do dia (que dito assim parece que foram muitas…), os Shape. Set curtinho, também não deviam ter muito tempo, houve ali um stress com uma malha para começar, fora isso, normal, energia positiva, sem espinhas, os primeiros dançarinos do rotativo apareceram na frente a mandar o seu 2step paletas enquanto uns 3 sócios la de lado dançavam com grande flow e de forma sensual (desconheço tais criaturas).

Primal attack foi a minha primeira pausa para jola. Não desgostei do concerto, foi bom, mas não posso dizer que tenha dado muita atenção.

Brutal Brain Damage... Epá, primeiro, nunca ouvi tantas vezes a palavra “Esporra” na vida, e estamos a falar de 30 minutos de concerto. Segundo, embora eu curta da cena do pig squeal lá no meio de uma malha ou outra, ser só pig para aqui e para ali de modo a parecer que nem escreveu uma letra e tá a mandar piggies sem nexo, not my thing, peço desculpa. Alto drummer, o blast tava todo na batata, mas cenas só de piggie não são mesmo para mim. Valeu na mesma pelo que me ri lá atras com o Paulinho a fazer playback da cena e pelos circle pits com o Machado!

Dementia 13. Fui beber, peço desculpa.

The Firstborn, honestamente, achei um pouco parado ao vivo, fora isso, granda respeito pela banda, todos os arranjos são uma cena brutal, as cenas de cítara (!!) nas malhas quase todas, a técnica e originalidade do projecto deixou-me boquiaberto, much respect mesmo.

Ommission também não vi. Mas soou muita bem do bar, enquanto “pausava” com a minha bifana.
Web. Aquele guitarrista que mete o caralho dos olhos para fora é assustador de caralho, bom gig, metal man \m/. Valeu pela Mayones do guitarrista, que guitarrão…Revolution Within não foi mau, mas não tomei muita atenção.

For The Glory, não vale a pena dizer nada, já todos sabem. Na batata, grande festa, os metaleiros deixaram fugir a veia do core cá pra fora, gritos, porrada e dives à menino (que é como descrevo dives em que sobes o palco e ficas a espera...ou é ou não é!).

Simbiose, talvez o que mais tinha vontade de ver pois já não os via há imenso tempo. A última vez foi praí há 2 ou 3 anos, quando toquei com eles e com DRI. Tava com saudades de Simbiose ao vivo, mas foi fraco. Não sei se de ser só uma voz agora e de ele já não se aguentar como antes, não sei. A sala também já estava a meio gás, e esperava mais do senhores do crust da tuga. Foi fixe até, mas esperava mais, talvez o público tenha sido uma condicionante, na minha humilde opinião.

O dia acabou comigo cansado e a olhar para as bifanas a grelhar e a desejar uma e a babar-me com o Machado, enquanto discutíamos qual seria a técnica do famoso Omar que naqueles 5 minutos já tinha mamado duas ou 3 à pala e nós nem o cheiro nos deixavam levar!!

Foi bacano voltar a um fest de Metal, não ia a um há muito tempo e foi um dia do caralho. Boa cena mesmo! MOITA CARALHO!

Review por Ricardo Servo.

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