quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Review: Revengeance - Complacent Complacency (2012)


Revengeance foi uma banda que me caiu aos pés meio por acaso. A história até foi engraçada, pois "conheci" a banda no seu primeiro (?) concerto, na Amadora com Citizens Patrol, quando ia a caminho do show e o Ricardo Servo (PxHxT) encontra um amigo e lhe pergunta o que é que está ali a fazer...o rapaz disse que cantava na primeira banda, e falou nas linhas gerais do que era o som dos Revengeance. Assim numa palavra, bem fácil, powerviolence. O que aconteceu a seguir no concerto foi mais ou menos a tradução musical dessas duas palavras, em que deram um bom show e abriram logo a pestana ao pessoal que estava lá naquele sítio no cú de Judas.

Assim bem rápido surgiram logo dois lançamentos da banda, a demo tape e o split com Tinnitus, que desapareceram bem rápido. Ou então fui eu que dormi no pedaço...Concertos com fartura, presença no festival hipster Milhões de Festa, festivais de Metal e festas da Vice e a banda a ganhar algum espaço no panorama musical mais extremo cá do burgo.

Fast forward para 2012 e a banda volta ao ataque com novo disco, 7" intitulado "Complacent Complacency". Neste novo registo notam-se algumas diferenças no som da banda, provavelmente fruto de algum amadurecimento da banda e do seu som. Em menos de 11 minutos voam 12 faixas, com uma cover de Void ao barulho (Void, man!! Void!!). Quando falo em diferenças refiro-me a cenas tão simples como faixas mais trabalhadas, com partes lentas que não eram tão comuns aos dois primeiros lançamentos. Mas hey, não pensem que o disco é lento. Eu disse 12 faixas em 11 minutos certo? E se formos a tirar as intros e aqueles skits esse tempo é ainda mais reduzido. Não se preocupem, têm aqui blast beats com fartura. Aquela troca de vozes Inês/Fat Bastard que acaba por caracterizar a banda continua a funcionar bem, para além do trabalho do Jimmy na bateria e do Deris na guitarra (ao vivo então, dá para sentir o abuso).

Sempre bom ver lançamentos em vinil, e a Ruins Records mais uma vez a apostar (e bem) no formato, desta vez em parceria com a DegradagemBom disco, boa malta. Apoiem a banda e as editoras.

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