segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Review: We Ride + Neighborz + PxHxT + Challenge + Face The Fact @ República da Música, Lisboa


Fui ter a Alvalade eram 6 e pouco, era suposto começar a meter o material das bandas na República da Música às 6h30 e eu tinha ficado de ir buscar uma coluna e as cabeças da guitarra, mais uma data de tralha a casa do Ricardo Servo de PxHxT, ali bem perto. Noia a representar boa camisa, vinda directamente de uma oral na faculdade...Um gajo lá mete as coisas na sala e para grande surpresa minha, a sala estava diferente: o palco foi "chegado à frente", foi posto um avançado à frente do palco, com a altura de um degrau e meio praí, não havia cá mesas de mistura no meio da sala rodeadas de grades nem lugar para o gajo cujo único propósito é carregar nos butões das luzes aleatoriamente (bom biscate). Resultado: uma sala mais pequena, mais "aconchegada" e sem aquela barreira a empatar. As mesas do merch é que tinham vista privilegiada para a entrada do WC, mas tasse. Boa onda da Suburban Bookings, veio-se a revelar uma boa ideia e tornou certamente o ambiente melhor.

Praí sete e picos eu e o resto dos PxHxT fizemos a viagem rápida da praxe até ao Pingo Doce pegar umas cenas para o jantar e rumámos a casa do Ricardo para jantar. Tinha levado um bocado de chau-min que tinha feito no dia anterior para eles provarem os meus dotes gastronómicos mas não ficaram muito entusiasmados. Melhor para mim! Ainda houve tempo de fazer dobragens em directo de séries de tv e rir um bocado.

O concerto era suposto começar às 9 por isso um bocado antes da hora voltamos para a sala para encontrar jantar no backstage...estudássem!

Para abrir o cartaz, tocaram os Face The Fact. Algum pessoal na sala, tudo ainda calmo com um ou outro circle pit e um puto bazeza que estava de fora a dar pontapés a quem passava feito otário. Nem sou de me meter, mas fui lá falar com o puto a explicar-lhe o que era um circle pit...meia leca do caralho. O som da banda não me apela grandemente.

Já repeti mil vezes que curto bué Challenge, por todos os motivos e mais alguns. Desde serem a única banda a tocar nesta onda, ao trabalho que têm feito na divulgação da banda e das Caldas da Rainha, ao trabalho que tem sido feito nessa cidade...Não só porque o som o pedia, mas também porque a sala e a quantidade bastante aceitável de malta que já por esta altura estava em Alvalade o concerto foi animado, com circle pits com fartura e malta a moshar.

Para finalizar o Edgar anuncia a cover de Floorpunch com dedicatória especial ao Cabeças e à minha pessoa. Não me fiz rogado e mal soam os primeiros acordes dirijo-me ao palco, roubo o microfone e dou ali um show de cantoria digno dos Três Tenores. Claro que sou um azelha, e no momento de dar o microfone de volta após os meus 35 segundos de fama ao Edgar, em vez de o fazer como uma pessoa normal, resolvo atirá-lo de volta, sendo que ele (obviamente) não o esperava e ele acabou com estrondo no chão...Valeu pelo efeito dramático. Dois zés a curtirem uma cover de Floorpunch num concerto de hardcore? Alguma coisa está mal neste país! É tudo apoiante do hardcore e hardcore praqui e pracoli e só ouvem é lixo.

Antes de PxHxT começar o Serjan vem-me fazer o balanço da (ainda jovem) noite: um pé partido, um puto a meter gelo nas costas que acho que acabou por bazar a meio e um miúdo que se vomitou todo no meio do pit...coisa séria!

Voltei à base, tomar conta do merch dos PxHxT e fiquei a ver o set deles cá de longe. Aquela rampinha dá jeito...Não os via a tocar à uma data de tempo, e não só tem uma data de malhas novas (ainda que as tenha ouvido em estúdio) como têm novo guitarrista e baixista. O Noia começou o concerto com a boa camisa e o calção da SportZone (já uma imagem de marca), mas no meio de tanto pinote e malta a voar fez bem em tê-la tirado. Lembrem-se: boas camisas são sempre de estimar. De cá de trás deu para ver bastante malta lá a frente e a saltar do palco (still, há dives a menos na cena actual!!).

A seguir tocaram os Neighborz. A banda tem o dom de apelar à miudagem nova como poucas, por isso muitos foram os que fizeram a festa. A dada altura o Lekas chamou duas miúdas ao palco, no que acabou por ser o momento mais engraçado (sem grande graça...), da noite para mim. Eu a pensar que as miúdas iam cantar a música com ele, ou que iam fazer algum stage dive ou sei lá, show de strip underage. Mas nepia, ficaram apáticas em cima do palco a olhar para o boneco meio atarantadas sem saber o que fazer durante a música TODA. Faltava lá o Joe Hardcore para lhes dar um chuto e as obrigar a mandar um dive.

A noite já ia longa, e o meu dia ainda mais. As minhas costas já sofriam a valer, e para ajudar à festa alguém entorna cerveja em cima da mesa de mistura (até apontava para o gajo do bar, andar a distribuir cerveja por cima da mesa era mesmo a brincar com a sorte....). Resultado, um tempo morto quando o relógio já passava e bem da meia noite. Como um desastre nunca vem só, à segunda malha de We Ride uma das cabeças de guitarra dá o berro. Mais um bocado parado. Com a aproximação da 1 da manhã começa-se a ver algum pessoal a bazar para apanhar os transportes de regresso a casa. Ainda assim a sala ficou bem composto e ainda estava lá pessoal com a pilha cheia para andar aos saltos.

A banda não me diz muita coisa, quer dizer, tocam tudo certinho, o som é aquele "habitual" com a diferença que é uma miúda a cantar. Deram um bom concerto e a malta que lá esteve vibrou.

Cheguei a casa já tarde que se farta, ainda lá estive à conversa e depois a levar material de volta à base. Boa noite de galhofa com o pessoal, a ver uns concertos porreiros. Parabéns à organização pela remodelação na sala e pelas condições que deram a todos, público e bandas.

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