domingo, 5 de maio de 2013

Playlist da Semana #37

Todas as semanas, a Playlist da Semana. Porque no partilhar é que está o ganho.


CREEM - Curator - Novo disco de uma das melhores bandas que aí andam. Este disco (que já leakou) vai ter o lançamento a coincidir com a tour europeia este Verão. Se puderem vão ver, eu se pudésse estava lá caídinho. A tour conta ainda com Nuclear Spring a abrir, que só fui escutar no outro dia e também é fixe. Como sou um falido vou ficar aqui roído em frente ao monitor à espera que pinguem uns vídeozitos. Este 7" tem só quatro malhas, mas já vem sendo hábito estes lançamentos para abrir o apetite, eu papar e ainda ficar com fominha. O Reggie, baixista de Backtrack toca aqui, mas o som não tem nada a ver. Só um pequeno aparte para dizer que sou um gajo informado. 

Sportswear - Tudo (ou quase tudo) - Vamos ser sérios. Se ouvires e tentares criar uma imagem mental da banda o mais certo é imaginares alemães grandões com calças de fato de treino, ténis da Nike e com t-shirts bué cruciais. Não te preocupes que eles fazem questão de se apresentar assim na maior parte das capas dos discos que lançaram. Mas já que estamos neste tom sério, se curtes youth crew isto é granda malha. Mas mesmo. Claro que metia umas quantas bandas à frente de Sportswear num qualquer top hardcore, não sou tão fã como por exemplo o gajo do Straight On View. Em conversa com o russo ele diz-me que é a banda favorita dele, de sempre... 

Mob 47 - Kärnvapen Attack - Na semana que passou tive a oportunidade, meio por acaso, de conviver um bom bocado com os Aggrenation, uma malta sueca que veio tocar às Caldas a caminho do Barroselas. Gente cinco estrelas, "metal punks" como eles diziam. Apanharam solinho na Alameda nos seus casacos de ganga cravejados de patches crucialões do 666. Como Suécia é granda pintarola, depois de eu e a Inês os termos deixado no comboio, quando cheguei a casa apeteceu-me ouvir algo que me lembrásse o bigode à Ron Jeremy de um dos guitarristas e o resto da pandilha. Mob 47 é mesmo para o pogo com a cerveja na mão, se chegares ao fim da primeira malha com liquido no copo, é porque não te mexeste o suficiente.

Ghostface Killah & Adrian Younge - 12 Reasons To Die - Daqueles discos que caem assim de repente (pelo menos para quem não anda a par do rap game) e te fazem ter fé que ainda se faz rap como deve de ser em 2013! O conceito do disco recai num horror flick fictício em que o Ghost é um assassino de uma familia da Máfia italiana que é morto e o seu corpo transformado em discos de vinil, que o ressuscitam sempre que tocados. Estranho? Uma beca. Agora pensa: flow do Tony Stark, beats topo, narração do RZA, participação do resto da malta do Clan, é preciso escrever mais? The Wu still on top! Incrível.

Side By Side - You're Only Young Once - No feriado que passou fui entrevistado a propósito deste blog pela rapaziada da Blue Shoes, um dia destes há de sair o vídeo. Claro que me deram umas brancas numas quantas questões...faltaram agradecimentos, locais e discos, que naquele momento se varreram da minha memória. Foi do nervoso de ser entrevistado, um gajo não está habituado à fama. (cof, cof...) Mas respondendo a uma questão sobre os discos que possuo e mais gosto este foi dos que me lembrei. Eu a bem dizer o que tenho é o repress com a discografia, mas as malhas do ep serão para sempre as minhas favoritas. Este disco já figurou aqui cinquenta vezes, mas estou-me marimbando.



Wasted Youth - Reagan's In - Este disco é granda disco. Hardcore sempre a dar na esgalha, baixo palpitante, vozinha do punk rock... é a fórmula certa! Por acaso já não ouvia há algum tempo mas é um daqueles que sabe bem a qualquer altura. Não há muito mais a dizer. Se quiserem aprender qualquer coisa (para mandar aquela paleta no próximo concerto), eles eram de Los Angeles (inícios de 80) e aquela foto bué famosa do mano a fazer um dive de pernas para o ar foi tirada num concerto deles (e está na parte de trás do LP). Bom, né? Sempre a aprender. Se curtem Circle Jerks e (early) Black Flag, não há muito que enganar.

The 4-Skins - From Chaos To 1984 - Em repeat. Sem exagero. Aliás tenho ouvido bué Oi! inglês dos anos 70 e 80, qualquer dia apareço aí de bota e suspensórios - LOL! Not. É granda som. Só por curiosidade, não se há aí alguém que já tenha lido TODAS as entrevistas de sempre dos 7 Seconds mas curtia perceber até que ponto a Young Till I Die é musicalmente inspirada na Chaos? É pá, é que a mim soa-me MESMO MUITO semelhante, principalmente o início e o fim. Mas se calhar sou só eu. Oi! Oi! Oi! "We don't incite violence, we sing about what happens."

Pantera - Official Live: 101 Proof - Tem sido banda sonora do banho nas última semanas, adoro. Até meto no shuffle só para curtir mais. Este disco só tem malhas boas e granda saídas do Anselmo - não há como não amar. E aquelas duas malhas de estúdio mesmo no fim? Também não percebo... Nem é por mal, que até são grandas malhas (mesmo!) mas no fim de um disco ao vivo? Para mim mata um bocado o feeling, mas hey, o que é que se há-de fazer. Como diria o Phil: That's right!

Angry Samoans - The Queer Pills - Há fãs de Angry Samoans na casa? Granda banda. Mesmo da galhofa, sem ser bem da galhofa - e é mesmo disso que a minha malta gosta, não é? Este EP só tem quatro músicas e foi lançado sob o nome de Queer Pills porque eles tinham feito uma música a dizer mal de um DJ lá de LA e o gajo recusou-se a passar música deles - normal. Então fizeram assim para enganar o senhor e passar na rádio à mesma. Brutal, né? Os miúdos do core são sempre os mais fodidos nessas merdas, por isso é que curto tanto esta cena.

Hatebreed - Supremacy - Ontem fui ver Hatebreed. Eu adoro Hatebreed, mas confesso que só fui ver por causa da companhia. Ok, e alguma curiosidade. Eu vi-os daquela vez em Lisboa e achei que era ok. Meio parados em palco, o Jasta meio standard - nada de especial portanto. Claro que na altura eles não tinham uns quarenta discos, por isso estava curioso para o que aí viria. Mas I digress, passei a semana toda a ouvir Hatebreed. Como disse, adoro tudo. Oiço os discos todos mesmo na boa. Guilty pleasure? Chamem-lhe o que quiserem, mas os gajos conseguem fazer sempre a mesma música soar diferente.

Slayer - Erm... tudo até 1994 (RIP Jeff) - Fogo, Slayer é mesmo DAQUELAS bandas que já oiço há milhões de tempo. Médio/fim dos anos 90? Possível. Claro que o Jeff morrer me deu vontade de ir reviver o catálogo deles até ao Divine Intervention. Não que o resto não preste mas... you know what I mean. A ver se pego nisso. Os Slayer são uma boa prova de que os anos 90 não tinham sido como foram se não tivesse existido uma cena hardcore. Como dizem os brazucas: é nóis! Adeus Jeff!

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