segunda-feira, 27 de maio de 2013

Review: Challenge + Nasty World + Anger Feeds @ C.C. D. Carlos I, Caldas da Rainha


Sim, perceberam bem. Centro Comercial D. Carlos I.

Este ano surgiu a oportunidade de ir ao Caldas Late Night, não só pelos concertos que iam existir mas também por toda a envolvente do festival, se é que "festival" é a palavra certa para o CLN. Shows, performances, exposições, open houses, etc. Fui na sexta-feira à tarde, já sabendo que ia perder o house show na Casa da Fruta com Holder, Blackjackers e Challenge (que acabaram por não poder tocar). Ainda assim, o plano passava por checkar o show de Same Old Chords, às 22h num cafézito perto do centro. O concerto acabou por não acontecer por problemas técnicos e por elementos da organização estarem ora ausentes ora demasiado entoxicados para resolver o problema. Falta de respeito, cara!

Bom, mas isto é review ao concerto de sábado à tarde, no shopping em frente ao Pingo Doce. A sala era uma loja vazia. Mas uma loja quadrada, bem pequena. Enquanto isso, todas as outras lojas estavam abertas, em pleno funcionamento. Caos. Caos Caldas da Rainha style!

A primeira banda a tocar foram os Anger Feeds, sangue novo. Show de lançamento da demo. Dois vocalistas, hardcore com toques metalados, tocaram uma cover de Agent Orange que meteu tudo crazy. O espaço era pequeno e estava bem cheio, ainda que se mais meia dúzia dos MUITOS que estavam à porta da sala tivéssem entrado não se perdia nada. Só se ganhava. Ganhava-se mais cheiro a macho. Ganhava-se mais humidade a escorrer pelas paredes. O vidro tinha ficado embaciado ainda mais depressa...

A seguir tocou Nasty World, outra das novas bandas hardcore das Caldas, e aparentemente ainda há mais umas a caminho! Por esta altura já estava tudo sem tshirt, só suor e homem meio pelado a moshar naquele espaço ínfimo. Acho que eles ainda não têm nada na net, mas já havia malta a cantar umas malhas, pelo que foi mais fixe. Tocaram a Hope de X-Acto, numa versão meio caótica e quase sem voz, mas deu para pile-ons e para encherem o tecto de pegadas. O Edgar tomou nota dos criminosos para depois limparem o estaminé.

Estava buéda malta no corredor do shopping a ver os concertos. Muitos atrás da vidraça, tipo turista no zoo a ver os bichos no seu habitat natural. A sala era minúscula mas com menos receio e mais tolerância ao cheiro a suor e a temperaturas elevadas, podiam ter entrado mais umas quantas que ninguém se queixava. Se um gajo metesse ali um termómetro, certamente passava os 30º, e estou a ser muito bonzinho. Challenge foi o fim da macacada do costume. Side to side de dar três passos e estás na outra ponta da sala, se é que os consegues dar. Dives a começarem na porta e a percorrerem a sala toda. Provavelmente surgirão videos. As condições para a filmagem não eram as melhores (tipo o Amador de câmera na mão a levar com dives em cima), mas deve dar para terem noção do espaço. Mais uma vez, nem a banda nem as Caldas da Rainha a desapontarem.

No mesmo dia à noite, e depois de termos encontrado o Frodo, jantado no Mr. Pizza a ver a final da Champions e termos andado a dar umas voltas, fomos até ao largo do hospital termal (ou lá como se chama aquilo) onde ia tocar Leaf e Fuzz. Leaf é um granda abuso. Dois tipos, um deles o Ricardo de Challenge na bateria (máquina!) a tocar uma cena que me soou a uns Title Fight "minimalistas", mas que depois a Joana me diz ser na onda de The Fall of Troy. Não conheço a dita banda mas pondero investigar. Fiquei muitíssimo surpreendido e deram um show do cacete. Fuzz já metia mais invenções, e fiquei cá mais longe à conversa não dei a devida atenção.

A noite ainda era uma criança, e apesar do dia ter terminado no que a shows do rock'n'roll dizia respeito, ainda havia muito que fazer.

2 comentários: