terça-feira, 26 de junho de 2018

Clean Break Tour Diary - Dia 5 (Praga)

Dia 5 (10/06/2018) - Praga
Já perdi a conta das vezes que tocámos em Praga. Penso que fomos uma das primeiras bandas a tocar no Café Na Pul Cesty. Lembro-me de falar com o Pavel antes disso e de ele dizer que ia tentar marcar numa sala nova, num café situado num jardim. Penso que todas as nossas últimas bandas tocaram lá, Broken Distance, Pressure, Critical Point, Clean Break. Escusado será dizer que era dos concertos que mais queria tocar nesta tour.

A viagem acabou por correr bem, embora um pouco mais longa do que tínhamos antecipado. Chegámos a meio da tarde ao parque e depois de estacionar acabámos por ir dar uma volta ao shopping que fica lá ao lado. Depois de ponderarmos onde iriamos comer, acabámos por decidir ir ao supermercado. Hummus, pão, fruta e smoothies. Este é o meu mix infalível. Longe já estão os dias em que o que comíamos em tour não andava muito longe de batatas fritas e vanilla coke.

Depois de regressar ao café começámos a notar que estavam mais pessoas lá dentro, mas o motivo era simples: começou a chover. Visto que para esta tour não alugámos backline estávamos completamente dependentes dos Line of Sight e Protester para tocar. Assim que as bandas chegaram ajudámos a descarregar e deu para falar um pouco mais com o Robertinho que não para, e se há uns dias estava a marcar o fest, agora já estava em tour com estas duas bandas.


 
 
À medida que a hora para o show se aproximava havia uma cena que me começava a preocupar: a voz, ou melhor, a falta dela. Algures depois do concerto em Berlim estava à conversa com os tugas locais lá fora quando senti algo entrar-me para a garganta. Não sei se foi algum insecto ou aquele pólen das arvores que parece algodão. O que é certo é que fartei-me de tossir e tive até que ir beber água para ver se não morria ali com a tosse. A coisa lá melhorou, mas o que é certo é que desde essa altura que senti que tinha algo na garganta.

No concerto de Katowice ainda estava tudo ok mas em Praga nada de voz. Ainda pensei que se forçasse algo iria sair, mas estava completamente errado. A única maneira de ter voz era tossindo com o máximo de força e desta forma a gosma acabava por sair da garganta por uns momentos, mas só mesmo por uns momentos. Acho que se fossemos uma banda Crust ou de Death Metal ninguém tinha notado diferença, mas foi o concerto mais frustrante de todo o sempre.

Tanto o set de Line of Sight como Protester foram bué bons. A primeira mais melódica e a segunda mais bruta, covers de Youth of Today, mesmo para deixar qualquer um com um sorriso na cara.

Ao fim da noite fomos dormir novamente nos escritórios do café onde vimos que continuam sem luz na casa de banho.

Ah esqueci-me de um pormenor importante, a comida do Pavel uma vez mais não desiludiu e se não estou enganado foi a melhor da tour uma vez mais.

Sem comentários:

Enviar um comentário