quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Review: No Turning Back + Grankapo + Challenge + Above The Hate @ República da Música, Lisboa


Fui ter a Alvalade eram duas da tarde, o Bruno estava a chegar e ia mais cedo para ficar na palhaçada. Encontro o Edgar e alguma malta de Challenge que me dizem que vêm três carros das Caldas cheios para o show. Entre pessoal mais velho nestas andanças, dois putos de 14 anos! Power!

O pessoal vai abastecer-se ao Pingo Doce, onde se espalha magia pelas velhotas e o Bruno se atira para a frente de um carro em andamento por motivos que ainda agora me ultrapassam...

A malta volta à porta da sala e vai vendo uma ou outra cara conhecida, mas à medida que a hora marcada se aproxima nota-se que está pouca gente, não deviam chegar às cinquenta pessoas. Muito pouca gente se formos comparar com os "vou's" todos no Facebook. Business as usual? Talvez, mas achei bem estranho. Passado um bocado lá se abre a grade e alguma malta começa a entrar. Ainda fiquei cá fora um bocado mas começou a bater um frio do caralho e acabei por entrar com o pessoal que estava comigo. Passado pouco tempo foi entrando malta e ficando melhor composto, mas só a partir de Challenge (e principalmente antes de Grankapo começar) é que se começou a ver uma sala com números razoáveis para uma recepção aos No Turning Back. Não sei números, mas acho que acabou por estar bastante malta no fim de contas, ainda que bastante aquém do que, pessoalmente, contava ver.

A primeira banda foram os Above The Hate. A sério, os miúdos podem tocar muita bem no género que tocam, mas aquela música diz-me zero e faz-me um bocado confusão o porquê de terem passado a ser presença habitual em cartazes de concertos hardcore. Especialmente quando a única música que meteu o pessoal a cantar se chama "Bitches are for those who can't afford hoes"... Se calhar sou eu que sou velho, ou que sou resmungão, mas para além do disparar de breakdown atrás de breakdown para os amigos aquecerem as articulações, música com pouco (ou nenhum) conteúdo não é a minha praia. Já sei, mixed bills é fixe e os moços chamam público, mas pessoalmente foldava sem pensar duas vezes. Sou um chato, portanto.

A seguir tocaram Challenge. O som estava um bocado manhoso mas deram um bom concerto, e tendo em conta a claque (já bem animada por esta altura) fez-se a festa. Espero que o concerto tenha aberto um bocado os olhos a que não os conheciam ou quem os tinha visto uma vez e ficado com uma ideia menos boa (sabe-se lá porquê, gente tontinha...) em relação à banda. Cover de Floorpunch para terminar em beleza.

Fui até à entrada apanhar um bocado de ar e ficar na conversa com a malta, e vejo algum pessoal lá fora que começa a entrar por esta altura. Fiquei um pouco ali no hall à conversa com o Machado e o Tomek e lá entramos, ficando cá atrás ao pé do bar ver o concerto de Grankapo. Sólidos como sempre, estava lá uma data de malta a curtir à frente.

Este foi apenas o meu segundo concerto de No Turning Back, sendo que o primeiro foi aquele no Montijo. Assim, não tinha tanto por onde comparar como muitos dos presentes. Começaram com a intro da Justice, Take Your Guilt e Never Give Up, e foram tocando malhas mais antigas bem como do último disco, No Regrets. Pelo meio houve tempo para beber Bongo e representar o Tuga Style, com o Congas a cantar na Stronger e o Aranha de Pressure a tocar bateria na Web of Lies. Grande concerto, como é hábito, e a mostrarem o porquê da relação tão forte com o público nacional e de cá passarem tantas vezes.

Acho que houve foi stage dives a menos. Não se enganem, HOUVE stage dives com fartura, mas para mim o rácio stage dives/mosh parvo pendeu para o segundo lado. Claro que estava lá o Paulo, o Cabeças, o Calisto, etc, ou seja, os habitués dos stage dives marados estavam lá todos e deram um ar da sua graça, mas acho que malta a voar do palco nunca é demais.

Nada mais a apontar, tudo légáu, granda Congas e Emanuel mais uma vez a fazerem as coisas acontecer. Que NTB venham mais vezes (o Martijn falou em finais de 2013) e que a malte poupe uns trocos para aparecer nesses concertos mais pequenos que vão acontecendo.

13 comentários:

  1. Hey! Sou guitarrista de Above The Hate, e para começar gostei da review no geral. Respeito inteiramente a tua opinião, mas só queria perguntar se foi a primeira vez que vise Above The Hate. Não me queria vir para aqui justificar ou algo do género, mas intrigou-me um bocado o que li. É que apesar de todos os pregos que demos ao longo do concerto, visto que não tocámos com a nossa formação original (um gos guitarristas não pode comparecer), abriram as portas quando subimos ao palco e mandáram-nos começar o concerto com praticamente zero pessoas na sala, caso contrário cortavam-nos o set, o que como é óbvio, influenciou bastante a nossa prestação. Quanto ao tipo de música, isso já é subjectivo, e compreendo que não tenha aquela sonoridade old school que a malta da velha guarda gosta (apesar de não ser breakdown atrás de breakdown), mas acho que independentemente disso devia haver mais união entre a malta velha e a malta mais nova. E se já ouviste com atenção o nosso álbum "Day By Day" e o nosso single "Rotten Face" e continuas a achar que não tem conteúdo, aproveito para deixar a dica que temos um EP aí a saír, pode ser que agrade mais (ou menos) ao público no geral.
    Abraço!

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    1. Boas! Primeiro que tudo, obrigado pelo interesse no nosso blog e pelos novos visitantes que tivemos. É sempre fixe arranjar malta nova que nos siga e que partilhe connosco os seus gostos, ideias e críticas.

      Assim sendo, e sem ter que estar a justificar a minha opinião e gostos pessoais, resta-me só dizer que não pus em causa o vosso trabalho de qualquer modo, aliás, isso foi bem explicíto no primeiro parágrafo em que me referi a vocês. Se alguém não entendeu é porque não sabe ler.

      Como dizes, quanto ao tipo de música, isso é obviamente subjectivo, todos temos gostos diferentes, uns gostam de umas coisas, outros de outras. Claro que uns têm bom gosto e outros nem por isso, ahaha.

      E não se trata aqui de divisões velhos e novos, new school/old school, trata-se de um simples gosto pessoal, e é assim que deve ser encarado.

      Um abraço

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  2. Não és um chato por causa disso. Partilho de tudo o que sentes em relação à presença constante de Above the hate nos cartazes actuais. Tá tudo dito mesmo.

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  3. "Não se trata de uma divisão old school new school"
    Claro que não! Os gajos de agora não têm escola nenhuma! Hardcore só há um e sempre se manteve de pé. Ou houve um dia em que deixou de ser old school e passou a ser new?
    Beatdowns e manias dos gangsters não são new school, são uma poia!!

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  4. Eu curti a review, não acho que seja justo seja para o peeps de ATH seja para outras bandas novas dizer que não têm escola nem o caralho, acho essas cenas muita parvas porque a realidade é que ninguém que começou a ir a concertos sabia o que Hardcore é significa ou é suposto significar, com tempo vai se aprendendo e depois ou mexes ou não, relativamente ao tipo de som, fiquei surpreendido, curta da Rotten Face mas nunca fui muito a baila com o Day by day, mas a realidade é que eles têm um groove do caralho mesmo, em muitas merdas tava a lembrar aquele groove todo pump it á lá Limp Bizquit.
    Acho bem que bandas como eles se metam em cartazes e estejam cada vez mais presentes, quando as bandas do pessoal de 30 anos acabarem quem é que vai manter a cena?
    Isso de velhos do core resmungões dá-me vontade de rir porque é uma cena que há sempre e é parva, somos todos iguais, uns curtem um tipo de core outros outro, mas no fundo estamos lá todos para curtir e pronto.
    Espero que haja cada vez mais bandas novas e que os ditos "putos novos" cada vez se mexam mais porque a realidade é que os pessoal do core vai e vem, uns vão, entram putos novos e parecendo que não, above the hate até se tem mexido bastante para conseguir tar no pequeno sitio que ainda está, é de louvar ainda haver putos nos dias de hoje que se queiram mexer tanto e com tanta vontade para mostrar que sabem fazer coisas também!

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  5. nao percebi... hardcore, groove, limp bizkit? wot??? já Blood for Blood diziam:

    This song ain't some silly gangster song
    for all the crooked hat white boy limp bizkit jerk offs to feel hard too

    tentar ensinar a missa ao padre é que não, por favor.

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  6. Portanto, como tens uma banda de Hardcore só podes ter influencias de hardcore, meter mais alguma cena ao barulho é crime?
    Há algum problema de ter uma banda de hardcore que tenho um groove na onda de LB?, isso que disseste simplesmente não faz sentido...

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  7. eu prefiro concertos de hardcore com bandas de hardcore. sejam miudos com 15 ou 30 anos que se mexam muito ou pouco. mas la esta, se calhar estamos na mesma cena à procura de coisas diferentes.

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  8. Eu juro que não entendo algumas pessoas que estão numa cena em que é suposto terem uma mente aberta e depois mandam barb aridades destas mostrando o quão fechadas estão a certos niveis, mas ya, estupidos são os putos que tentão fazer algo de novo...

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  9. eu tambem nao entendo muita coisa, mas o pior mesmo é nao ter paciencia para ainda mais. quando escrevi o comentario anterior ainda nao tinha ouvido a banda, mas agora que ouvi: give me a break.

    boa sorte para eles though, espero que tenham boas reviews na kerrang ou na terrorizer.

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  10. deixa lá André, daqui a uns anos até têm vergonha do que escreveram aqui, se é que algum dia vao aprender alguma coisa sobre hc.

    Ou então já vao estar noutra onda qualquer.

    Ah não, eles sao bue verdadeiros e sabem bué, ja´me esquecia!

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  11. Hc nao é num blog .. Cotas com crises e nostalgia . hahaha good luck

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  12. o que vale e que um cota destes vale por 4 ou 5 destes putos de merda de agora!

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