terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O Baú do Congas: For The Glory + Roll The Dice no meio do nada, Bélgica

Um cartaz dá sempre azo a mil histórias, isso é algo que felizmente nunca irá mudar. Quem melhor que o Congas para lembrar de algumas que aconteceram em concertos de For The Glory?


Olá malta! Primeiro quero pedir desculpa porque estive meio afastado e nunca mais vos trouxe aqui mais cartazes do Baú. Mas voltei, é o que interessa. Apesar de para muita gente esta rubrica não ter significado nenhum, para mim é como uma viagem ao passado, onde vou buscar memórias e situações que estavam aqui perdidas na minha mente. Portanto é um bom exercício mental, haha!

Este cartaz começa logo por me fazer rir porque meter na descrição "na onda de Terror/Panic" dá logo vontade de sorrir. Terror compreendo, agora Panic?! Epá, só se for na forma desenfreada com que o Miguel gravou o Drown In Blood a 200bpm, quase que poderia ser "para fãs de Terror/Panic/Cannibal Corpse", haha!

O concerto foi numa sala pequena, na cidade de Bornem - na parte flamenga da Bélgica. Duas bandas e dia de semana seria sinónimo de concerto pequeno, e assim foi. Um bar sem palco e com um tipo de barril no centro do dancefloor - mesmo a pedir bom circle pit lá à volta. Mas hey, estávamos na Bélgica e sem dúvida que circle pit naquela altura não era algo que os Belgas fizessem. Entretanto, alguém pensou que aquele barril (que deveria ser BEM PESADO) deveria sair dali e só vejo o vocalista de Bloodshot a empurrar e a rolar aquilo para o lado e pronto, a partir daí foi o arraial de mosh que os Belgas sabem proporcionar.

Os Roll The Dice eram a banda local (como diz o cartaz, haha) e soavam a Eurocore, aquela sonoridade muita rápida com partes OH OH OH - não vos sei explicar. O gajo da banda também era o organizador do concerto e sem dúvida que era das pessoas mais estranhas do mundo. O Jakke era um moço humilde, simpático e que tentava fazer o melhor que conseguia - tanto para levar bandas a tocar à terra a dele como fazer com que a banda dele tocasse com bandas de fora. Espero é que ele não diga a todas as bandas o que nos disse a nós: "If you want you can fuck my mum." Esta frase deixou toda a gente de queixos caídos, ninguém esperava levar com uma bujarda destas. Depois ainda rimos, naquela para ver se o gajo não estaria bezano e como o inglês dele não era o melhor, talvez não fosse bem aquilo que ele queria dizer, mas logo de seguida diz o seguinte "my mum loves portuguese guys, if you want I can call her."

De facto foi surreal. Quando saímos para casa do moço, eu acho que estava a nevar e ao lado da casa dele havia assim uma vedação daquelas de madeira com cavalos e vacas... mas isto pode ser a minha mente a pregar-me um truque (nop, não é - havia mesmo! André).  Mas a realidade é que estas tours no início da banda eram cheias de peripécias e personagens bem estranhas. Contudo o gajo era muito fixe e prestável, tão prestável que até ofereceu a mãe! Haha!

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