Não sei quanto a vocês, mas eu adoro Viseu. Acontece que a melhor altura para lá voltar coincidiu com o concerto, juntando-se assim o útil ao agradável. Tenho de agradecer muito ao meu amigo Tomek pela bela recepção, excelente comida e o cão de loiça que me marcou a vida. Safou-me a estada na Visa! Para começar estava um frio de rachar, daquele que estás a fumar um cigarro e a certa altura já não sabes se estás a deitar fumo ou não. Nessa tarde fomos ao Estudantino buscar os bilhetes e acabamos por encontrar a Leo e apanhar a chegada das bandas. Entretanto um jantar meteu-se pelo meio e só lá voltámos à hora de início. Muitas caras conhecidas, incluindo a malta de Coimbra a marcar presença.
Adicionados ao cartaz à última da hora e acabadinhos de vir
da Galiza, os Ovecome foram os primeiros a tocar. Com o Tiago fora, a voz ficou
apenas nas mãos do Vasco. Estranhei um
bocado a diferença, pareceu-me menos pujante do que Overcome nos habituou. Mas
aquela cover de Warzone rendeu! A sala estava muito parada ainda, coisa que só
mudou pela mão da malta mais nova e do pessoal que veio de Coimbra e Lisboa.
Depois da pausa do costume, Shape. Ainda me lembro da altura
em que vi Shape pela primeira vez e estranhei. Esqueçam isso, adoro. E nem é o
tipo de som que mais me chama, no que toca a maior parte das bandas, antes pelo
contrário, mas hoje em dia é das bandas da tuga que mais sinto. O Cabeças cá em
baixo, os restantes distribuídos pelos degraus – era um palco com andares.
Havia muita gente ali que não conhecia, mas teve os singalongs merecidos e
começou finalmente a haver movimento no público, o que fazia esquecer o gelo lá
de fora. As malhas continuam a ser essencialmente as mesmas a que nos
habituamos a ouvir ao vivo, explicaram que iam deixar os palcos durantes uns
tempos, e fizeram um belo show.
Por fim,
For The Glory. O Congas estava a tomar o gosto da spoken word desta vez,
foi só rir. Começaram com a Armor of Steel, se bem me lembro e a partir daí foi
sempre a partir. Eu ia-me matando. Já dizia a minha mãe que isto não era vida
para uma senhora, mas eu também nunca liguei muito. Eles já não iam a Viseu
desde a década passada, não sei precisar a data, mas “é bom voltar à terra do
Paulinho”. Passaram pelos clássicos e sons mais recentes, fez-se a festa, como
um concerto de hardcore tem de ser sempre. Até houve direito a um encore com a
Drown in Blood, já em modo toscaria máxima. Depois o noite continuou-se pelas ruas de Viseu, com anões
que não eram anões, o bar que passou a chamar-se “Haviamento” e gajas vestidas
de Sítio do Pica-pau Amarelo, não fosse este o fim de semana de Carnaval.
Garanto que Viseu ’13 me vai ficar na memória.
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