segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Review: We Ride + PxHxT + Same Old Chords + Fight Today @ States Club, Coimbra


Porquê ir a Coimbra ver um concerto quando havia um parecido em Lisboa? Primeiro porque isso não quer dizer nada e sabe sempre bem variar um bocadinho nas salas e nas cidades. Depois porque ando com uma pica descomunal para dar umas voltas e aliar isso passar um fim de semana com a malta das bandas que iam de Lisboa é ouro sobre azul

Dar com o sítio demorou algum tempo. Mantendo contacto com os rapazes de PxHxT e de Same Old Chords que tinham ido jantar a casa de pessoal da organização, lá encontramos o States. Apesar das horas ainda deu tempo para um par de cervejas no café mais próximo, onde ocupamos a esplanada. Não se aprende nada com esta malta, divirto-me sempre! O Davide e o Ricardo (de PxHxT) dominavam a conversa,  a Márcia (de Same Old Chords) mandava uns bitaites para completar e ,se não me engano muito, pelo tempo que o Noia passou com a Go Pro na cabeça estilo mineiro, isto é capaz de estar tudo gravado. Bom, no fundo era o Trolha quem mais falava, mas isso são outras histórias.
Lá para as 23h finalmente se começou a entrar.  O espaço é giro, um antigo clube de strip, coisa que as luzes vermelhas, as paredes espelhadas e o rabo empinado a sair por detrás do banner de We Ride confirmaram.

Só não percebi o esquema de pagarmos o bilhete e em vez de termos uma bebida grátis, eramos obrigados a consumir pelo menos uma. Ou seja o concerto saia a 6.5€ no mínimo. Mas bom, os Fight Today finalmente deram início aos concertos. O palco era, de facto, muito pequeno para 5 pessoas o que não invalida que ache que o vocalista precise de ganhar mais à vontade. O som é hardcore típico, um bocado repetitivo de malha para malha, mas estava tudo a aderir e rende sempre ver as bandas jogar em casa.

Seguiram-se os Same Old Chords. Tenho de dar os meus parabéns à Márcia. Do concerto do Porto para este, tendo em conta que não houve mais nenhum, duplicou o à vontade. Grande onda! Houve uns quantos problemas de som, só havia um monitor, mas o Flávio e o Daniel safaram-se bem a partilhar um micro, parecia um dueto romântico, eheh.

Com PxHxT já se sabe, é a destruição onde quer que seja. Continuo a achar que o Noia é provavelmente o tipo mais suado que já vi em palco, mas ninguém se importa. Melhor ainda, foi a pequena reunion da banda, com dois dos ex-membros no público a partilhar o microfone. Tem andado a deixar um cheirinho do álbum que está para vir e acho mesmo que vai ser power! Não houve aquela habitual chacina à beira do palco, mas andava tudo nos circle pits e no crowdsurf com a prancha mítica. Não sei é o que é que os moços tomam, mas têm todos uma elasticidade brutal, parecia os olímpicos de salto em altura.

Por último We Ride. Sinceramente conhecia mais de nome do que de ouvir. Mas foi bom, e têm ali uma legião de fãs impec, acho que nunca vi uma percentagem tão grande de raparigas num concerto, tendo em conta as 60 pessoas na sala. A Party Girls foi, portanto, aquele auge mas acho que não falhou nenhuma, não me lembro de um momento parado, pelo menos.

Acabou eram quase duas da manhã, ainda se esteve à conversa lá fora, a malta de We Ride é calminha mas muito porreira, só se riam com os atrofios do costume. Infelizmente, só soubemos mais tarde, um dos rapazes que estava no concerto teve um encontro de terceiro grau com um grupo de extrema-direita quando ia a caminho de casa sozinho, foi parar ao hospital nessa noite. E pensa uma pessoa que essas merdas já não acontecem assim. No entanto, fora essa triste notícia, foi daquelas noites “sim senhora!”.


Review e fotografia por Bárbara Sequeira.

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