quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Discos Trocados: Nirvana/Valete

Todas as semanas trocamos um disco entre nós e falamos um pouco sobre o disco que nos calhou - tanto pode ser um clássico como uma porcaria autêntica, mas é aí mesmo que está a piada. Esta semana - a vigésima quinta desde que começámos esta rubrica - decidimos não nos cingir ao hardcore, só por piada. Curtam aí...

Tiago
Nirvana - Hormoaning (1992)

Nunca tive uma relação muito boa com Nirvana. Nunca achei piada à onda depressiva do grunge e sendo eles o expoente máximo do género nunca lhes liguei peva. Ya, claro, um gajo é sempre bombarbeado com Nirvana em todo o lado, que remédio tenho eu de os gramar quando isso dá algures, mas sempre procurei manter os meus ouvidos a salvo da voz do cheirado do Kurt. Escusado será dizer que ganhei um certo ódio de estimação pelo Nevermind e em especial pela Smells Like Teen Spirit. Sabes quando uma coisa dá tanta vez e vês tanto azeite a escorrer graças a ela que te começas a abominá-la, ainda que no seu intímo nem seja assim tão má como a pintas? É um bocado assim a minha relação com Nirvana. Hate me now.

Quando o André me manda isto para ouvir estava à espera daquela cena um bocado, mas este ep nem é tão mau como isso. Quatro covers e duas originais, com covers de Wipers e de Devo deram um pontitos aos gajos. A voz sumida do Kurt não me apraz, mas até se ouve bem. O Dave é que há de ser um gajo bacano pra caralho. Não só toca bué como aparente ser um tipo divertido. Ia na boa passar uns dias com o gajo, desde que fosse ele a financiar as férias, não havia de lhe fazer grande mossa...

André
Valete - Educação Visual (2002)

E quem é que curte bué Valete? Tu? Se curtes bué Valete faz de conta que eu gosto deste disco e não leias mais! Obrigado pelo teu tempo. Não, mas a sério... hip hop tuga. Eu curto bué de hip hop, não tudo, claro, mas muitas cenas. Algum gangsta rap da Califórnia dos fins de 80, muito hip hop nova-iorquino de inícios e meios de 90 e... pouco mais. Toda aquela onda funky e girinha e bonitinha não dá para mim. Hip hop assim mais goofy? Ainda menos. Se não for sobre miúdas, carros, armas, violência, etc, as chances de me interessar são muito curtas. Rapper preferido? Big L, como se não soubessem. Anyway, I digress... Acho que nunca tinha ouvido isto com atenção, mas posso começar pela capa: não. Em 2002 já havia Photoshop. 

Mas a sério, o som lembra-me as tapes do Bomberjack e essas ondas assim mais hip hop alegre e menos hip hop escuro e desde que o Halloween apareceu na cena que praticamente não oiço mais nenhum rapper tuga. Fasquia demasiado elevada. Na boa a quem curte: o hip hop não é a minha cena, sou um puto do hardcore. Venham atrás de mim por dizer que o Hallo está no topo da liga dele. Me? I always tell the truth, even when I lie.

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