domingo, 9 de dezembro de 2012

Review: Nihilistic Bastards + Battlescars + Local Trap + Besta + Utopium no V5 (Porto)



Ora bem... sexta-feira é aquele dia da semana pelo qual ansiamos a semana toda. Quando vai haver concerto nesse dia e vais estar com o pessoal a ansiedade para que chegue sexta é o dobro. Estou a falar do concerto de Utopium, Besta, Local Trap, Battlescars e Nihilistic Bastard no V5. O concerto estava marcado para as 19h mas como o pessoal gosta de por a conversa em dia, vai sempre meia horinha mais cedo. Eram 18h30 e já estava ä porta do V5 a falar com o pessoal do costume, o que é sempre das minhas partes favoritas de um concerto: o convívio.

Eram 19h quando as portas abriram, passado 15 minutos começa Nihilistic Bastard, uma banda de powerviolence de Leiria bastante recente e que deram um bom concerto. Foram só 15 minutos mas deu para ver que vai sair dali uma coisa boa, músicas de powerviolence rápidas, como o povo gosta. A sala ainda estava pouco composta e o pessoal bastante parado - mas na frente - a apreciar o concerto deles. Não tive muita noção do tempo de intervalo entre Nihilistic Bastard e Battlescars mas não deve ter passado dos 15/20 minutos. Battlescars é uma banda de crust punk de Figueira da Foz. Apesar de crust punk não ser um estilo que eu ouça no meu dia-a-dia admito que aprecio bastante quando me mostram músicas deste género. Battlescars foi muito bom, tem um som muito bom e o vocalista tem uma energia e presença de palco muito boa.

A sala já estava mais bem composta e começou a haver um bom moshpit também, por influência do vocalista que ia cantar para o meio do público e ia empurrando o pessoal para este não perder a pica. Tocaram durante cerca de meia hora. Passados uns 15/20 min, e com a sala já muito bem composta (estavam cerca de 60/70 pessoas) começa Local Trap: uma das melhores bandas de hardcore (apesar de ser um hardcore mais obscuro e negro) do Porto, até mesmo de Portugal. A pedido do vocalista o pessoal chegou-se todo para a frente, dando início aos stage dives e um mosh pit com mais pessoas e mais energia. Foi o meu concerto favorito do final da tarde/noite, uma banda com uma presença em palco excelente (o baterista estava com 5 pontos num dedo e mesmo assim arrebentou com aquilo tudo) O ponto alto deste concerto foi, sem dúvida, a música "This Sick Machine" com pessoas a subir constantemente ao palco para cantar.

Passado cerca de um quarto de hora, Besta entra em palco - uma banda que da primeira vez que ouvi não gostei, mas quando na semana passada decidi dar uma nova oportunidade, gostei e muito. Deram um concerto longo, a comparar com o tamanho das músicas, mas foi "porrada de meia-noite" do início ao fim, lá para meio do set deles perdi a conta na quantidade de músicas, mas isso é irrelevante, o que importa é que conseguiram manter o público na frente a curtir o som, e pelo que vi muita gente curtiu. A quantidade de fumo na sala já me estava a dar a sonolência (e a mais pessoal também), o que é mais que normal visto que estávamos fechados numa cave.

No entanto, quando Utopium começou (originalmente era para ser Teething, mas cancelaram, pondo Utopium no seu lugar), o pessoal lá despertou e foi lá para a frente curtir o último concerto da noite e o grind que os Utopium fazem, e bem. No início do concerto, apesar da banda estar a tocar muito bem, notava-se que o público já estava a sentir o cansaço dos concertos anteriores, o que passou ao fim de 3/4 músicas, abrindo mais um mosh pit para a última banda da noite. Tocaram cerca de quarenta minutos, acabando o concerto pelas onze e um quarto.

Quero agradecer às bandas, que fizeram com que a sexta-feira de muita gente fosse ainda melhor que o habitual, e ao organizador, Vitor Moura, que é graças a ele que há aí muito concerto bonito no Porto.

Review por João Borges (dos Shitmouth, não sabes? Andas a dormir. Bota ouvido: https://www.facebook.com/shitmouthhcpunk)

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