terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Review: Blackjackers + Cruel Mind + Challenge + A Thousand Words no Altar (Porto)


Domingo à tarde é aquele dia de sagrado de se estar em casa e de descanso... bem, para mim não, sempre que posso sair de casa faço-o, então se for para ir a um concerto o gosto é ainda maior - ainda para mais sendo a última data da tour de A Thousand Words!

Saí de casa da minha namorada já com um grande atraso às 16h, (visto que aquilo começava a essa hora e ela mora a 30 minutos do Porto). Cheguei ao Porto de autocarro lá para as 16h45 (epoca natalícias, e a fome de consumismo dá nas corridas ao shopping e trânsito) - apanhei o metro e cheguei ao Altar lá para as 17h, vi algum pessoal á porta, e quando reparei que ainda nem estavam abertas as entradas fiquei muito mais descansado. Meia hora foi o tempo para pôr a conversa em dia com o pessoal.

Entretanto, abriram as portas e entre as 17h30 e as 18h comecou Blackjackers, uma banda que aprecio bastante e têm um som e uma presença em palco excelente. Eles não têm estilo definido, o que é bom, isto deve-se aos diferentes estilos musicais de cada elemento, mas pode-se dizer que vai do reggae ao hardcore, com uma música dubstep (tocada com instrumentos, obviamente) pelo meio. O pessoal não aderiu muito (apesar da música pedir por isso) porque ainda estavam a aquecer para os próximos concertos, todas as bandas de abertura sofrem isso.

Depois foi altura de Cruel Mind tocar: grande show que deram, como sempre. Aí já começou a haver algum 2-step e uns side to side, uma banda que a nível sonoro faz-me lembrar Trash Talk. Como é habitual em Cruel Mind, tocaram a "Kersed" de Ceremony e "Babylon, CA" de Trash Talk. Agora é esperar que estes meninos lancem qualquer cena em estúdio. Depois de mais uma espera e mais conversa com o pessoal do costume fui ver os vinis que estavam lá a venda e deparei-me com uma preciosidade: o "Nervous Breakdown" de Black Flag em 7"... lá tive de dar uso à carteira.

Entretanto começou Challenge, uma banda que cada vez mais está a dar que falar, com um som muito bom, que puxa o 2-step mas tem muita parte de "tum pa tum pa" como eu gosto. Circle pits e crowd surf começaram a fazer-se notar cada vez mais. Fecharam da melhor maneira com um cover da "Depression" de Black Flag (só não houve stage dive porque o tamanho do palco não o permite e estava cheio de material, tanto é que as bandas estavam a tocar fora do palco)

Passado uns 15 minutos chegou o momento pelo qual o pessoal pagou €4: A Thousand Words, último show da Tour. Estes meninos têm um dos maiores EPs que sairam este ano em termos de hardcore nacional. Abriram com a música "Crosses", a minha favorita deles e a partir daí um set altamente com músicas do novo EP, entre outras.O concerto acabou entre as 19h30 e as 20h e foi um domingo à tarde passado da melhor maneira. Não estava tanta gente como se estava à espera (rondou entre as 60/80 pelo que vi) devido a um festival punk que estava a haver na Casa Viva (entrada gratuita, as usual) em que ainda por cima tocou uma das maiores bandas punk da actualidade: os Motornoise. Mas mesmo assim, deu para a festa.

Um grande abraço às bandas todas pelo show que deram e que fizeram com que estes €4 fossem mais que bem gastos, e também à organizadora On The Attack que faz com que concertos destes sejam possíveis.

Review por João Borges (o vocalista dos Shitmouth, se gostam de hardcore rápido e cortante fiquem atentos: https://www.facebook.com/shitmouthhcpunk)

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