terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Review: Citylights X-Mas Fest #1 @ Campo Grande, Lisboa


Combinei apanhar o Bruno em casa até porque o miúdo ia para as Caldas a seguir de camioneta e ia cheio de malas. Chego lá e ainda está a passar músicas e com tudo por arrumar. Atrasámo-nos um bocado, mas nada de grave.

Chegámos ao Campo Grande eram quase 5 mas ainda bem a tempo de ficar na palhaçada com o pessoal, ir lá dentro ver a distro do Boris, sempre com coisas novas. O split de Boiling Point e The Skrotes já está disponível e é bem fixe ver o resultado de tantos meses de trabalho e espera. O Rafa estava lá, e andou na galhofa a fazer os censos do straight edge e a desenhar x's nas mãos do pessoal, até ao Cabeças...se os vídeos aparecem na net, a polícia do straight edge cai-lhe em cima e está tudo fodido...

Bom, à última da hora falei com a Joana e deu para meter a mini-distro numa das mesas, a meias com o império da Destroy It Yourself. O Fábio não me conseguiu safar as zines a tempo, pelo que ficará para a próxima a distribuição desse material cá em baixo. A ver se esta semana ainda trato disso.

Porreiro ver tanta malta a um Domingo à tarde, na véspera da véspera de Natal, num concerto em Lisboa. Se a sala estaria cheia? Não, mas daria para estar bem composta. Espero que tenha dado para safar as despesas e que se tenham conseguido uns brinquedos porreiros para distribuir pelas Aldeis de Crianças SOS. E ainda havia um deal porreiro para ficarem com o número #2 da fanzine Citylights a um preço bem bacano.

Bom, pouco depois o concerto começou, deviam ser umas 5.30 se tanto, com os miúdos The Fall Apart. Não só acrescentaram o "The" no nome da banda como fizeram umas trocas na formação, o que, a meu ver, melhorou considerávelmente o som da banda. Não vou dizer que sou apreciador do som que ela pratica, mas há que reconhecer que a banda tem potencial. Aqueles dois breakdowns pesadões é que me parecem desnecessários, fugindo um bocado ao som da banda, mas pronto, na volta deve ser para aquecer as articulações dos que vão para lá girar o braço.

A sala já nessa altura estava bem composta, mas o pouco pessoal que tinha ficado lá fora entrou pouco depois já que iam actuar os No Good Reason. Não sei quem tinha de bazar mais cedo e acabaram por serem logo os segundos a tocar. Foi o regresso aos palcos do chefe PZ e do Bráulio, no que tem sido o já (mais ou menos) habitual concerto anual da banda. Deu para matar saudades e para dar um concerto do caraças. Abrir com as cornetas a anunciar a New Direction de Gorilla Biscuits? É porque não deu logo confusão na primeira faixa! A partir daí tocaram umas quantas faixas da banda, umas mais antigas e outras do mais "recente" ep, com covers de Millencolin e The Offspring à mistura (corrijam-me se estiver enganado, chumbei na cadeira do punk rock). A sério, das bandas mais bacanas que cá temos, fazem uma ponte entre hardcore e punk rock como poucas e é sempre uma festa quando tocam.

Por fim tocaram os The Skrotes, com a sala menos composta fruto de alguns abandonos após o concerto de No Good Reason. Ainda assim, umas 30 (mais?) pessoas para ver a malta do skate do Seixal e o Bruno "faz-tudo" Palma a safar no baixo. Se a malta queria música rápida acho que teve o que pediu, e ainda deu para aquecer um bocadinho numa tarde/noite cada vez mais fria. Muitas vezes ouço dizer que a banda é melhor em disco que ao vivo", que ao vivo é "demasiado rápido e confuso". Talvez, mas tocam com mais feeling e vontade que muitas. Peguem o disco e ouçam as bandas antes de rotular as coisas. Bom concerto e boa banda.

Findado o concerto o pessoal ainda esteve lá na fofoca mais um bocado, o Bráulio ainda andou a dar umas t-shirts em 2ª mão que encontrou em casa e levou para vender, ainda tive a trocar umas coisas com o Boris e a falar do novo spot no Intendente com o Bruno Palma. Estava lá a falar com os irmãos Luz e olha para o Bruno das Caldas e vejo-o a rir sozinho feito parvo. "Tás a rir-te sozinho do quê?" - "Epa, do concerto. Curti bué! Ainda estou aqui a pensar na cover de Gorilla Biscuits!!". Para primeira vez que viu a banda, parece que causaram boa impressão no moço. Aliás, acho que todos os que meteram os pés no Clube Joaquim Xavier Pinheiro saíram de lá com razões para sorrir.

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