domingo, 23 de dezembro de 2012

Playlist da Semana #25

Todas as semanas, a Playlist da Semana. Porque no partilhar é que está o ganho.


Pink Floyd - Dark Side Of The Moon - Discos que não são discos, são viagens; músicas que não são músicas, são arte. Yup, definia os Pink Floyd assim na boa. Podia dizer que me arrependo de não lhes ter dado uma chance antes (foi só à entrada de meio dos 20s que lá cheguei) mas, vendo bem, isto é uma banda que requer um ouvido experiente e que sabe o que está a ouvir e um estado de espírito bem relaxado. Palavras para quê? É um dos meus discos preferidos e um que oiço com regularidade. Se lerem coisas escritas por mim, as chances de terem sido escritas ao som de Pink Floyd são gigantes. Curioso? Bons headphones, luzes apagadas e vontade de saborear cerca de 45 minutos de prazer em forma de som devem-te safar.

Metallica - Master Of Puppets - Primeiro disco de Metallica que ouvi e comprei? Check. A primeira malha foi a Enter Sandman, na Rádio Cidade. Devia ser o quê? 1991 ou 1992? Lembro-me de achar a entrada brutal e curtia bué a música. Explica algumas coisas. ANYWAY, uma vez ouvi alguém dizer (isto antes dos Metallica virarem lixo) sobre eles que o disco preferido de cada um vai ser o primeiro que ouviram da banda. Será? Hoje em dia já não sei, mas o Master of Puppets é bem especial para mim. Acho que foi o primeiro disco de metal que comprei. Só músicas com mais de 5 minutos? Tu és tolo.

Red Aunts - Ghetto Blaster - Quem me conhece já sabe que tenho um fraquinho por bandas de rock com miúdas, né? Acho que revela atitude - e eu adoro isso. Miúdas do rock são o melhor tipo de miúdas. Mesmo do boa onda - adoro. Adiante. Não, esperem. Quem é que nunca viu o Natural Born Killers? Alguém ainda não viu?! Fala sério mermão, só se vive uma vez. L7 com a Juliette Lewis a dançar de cowgirl e a dar porrada como gente grande? Vejam até ao fim e agrafem-me à parede. Adoro. Quanto a Red Aunts, se não curtirem... sinto muito - se todos tivéssemos bom gosto metade das conversas no mundo iam ser bem aborrecidas.

Slayer - South Of Heaven - Diabretes atómicos, né? Não é o meu preferido, mas este disco é uma filha putice demoníaca. O que o Reign In Blood tem de rápido este tem de pesado. Dá para não amar Slayer? Hmmm, normalmente o pessoal que não curte é aquele que depois só curtes bandas emo da tanga. Da última (e única?) vez que vi Slayer, eles tocaram bué músicas novas e não curti muito. Nada contra, mas prefiro as cenas mais antigas.



One Voice - Break Free - Esta semana eu e o Miguel fomos buscar o Rafa ao aeroporto. O Rafa impôs duas condições: irmos a um restaurante jantar e ter CDs com youth crew no carro. Mais que isso, ter "a melhor banda europeia de sempre" - One Voice. Gostos à parte (Dead Stop sempre lá em cima, a bater no tecto), não conhecia esta banda mas é granda malha. Putos belgas pré-adolescentes a tocar mistura de Youth of Today com Straight Ahead e essa maralha de NY, mas com uma voz parecida à do Filip de Justice, a provar que mais uma vez a Bélgica foi (e é!?) solo fértil para boas bandas.


GIVE - Voodoo Leather - Eu nem sou destes rocks psicadélicos, mas esta banda conquistou-me. Calhou bem terem disponibilizado as faixas gratuitamente um dia depois de me ter chegado a casa esta tape (o Sandy deve ter feito das suas por Washington também, chegar dois meses depois ao destino...). A forma destes gajos trabalharem é do caraças, a tape vinha com uma zine com as letras, artwork, fotos e mil merdas de "apoio" à música. Esta malta está decididamente a fazer as coisas da maneira certa! Ah, os bacanos têm uma espécie de mailing list/fanclub em que mandas para lá um postal com a tua morada e eles mandam-te cenas à pala para casa! Por enquanto acho que são autocolantes e coisas mais miúdas, mas planeiam alargar a discos e shirts... power! 

Brotherhood - As Thick As Blood - A malta toda já sabe que o André é um bocado purista. "Ah e tal, isto é fixe mas para ouvir a banda onde roubam vou ouvir a original" é aquele comentário que tão certo como encontrar o Colombo à pinha no fim de semana antes do Natal (nota mental: dar-lhe discos mais "desafiadores"). Bom, a propósito da nova promo de Step Forward os Brotherhood obviamente vieram à baila e como sou um miúdo que gosta de ir buscar ali a pasta dos mp3 já cheia de pó para voltar a ouvir os clássicos, claro que depois acabou por ser um dos meus companheiros nesta semana bem menos agitada, com mais tempo livre e mais tempo para meter umas coisas em dia. As mudanças de tempo que esta banda praticava eram brutais, e algo que, na gíria popular, se traduz no ordinário "parte-me a piça em três". Não sou grande adepto de mutilação genital, mas se Brotherhood for a banda sonora ainda penso duas ou três vezes antes de dizer não. 

Think Twice - Deficit Youth - O puto Fábio já tem aí a zine fora, e ainda que não tenha conseguido apanhar cópias da mesma à data em que escrevo estas palavras, a amostra que ele deu pareceu-me cinco estrelas, e um salto tanto quantitativo como qualitativo na sua Be Yourself. Como sou um cusco, reparei que fala lá neste disco numa página em que tem uma playlist/lista de discos do ano, o que somado ao facto de ele me ter falado nesta banda múltiplas vezes me fez, finalmente, ir ouvi-la. Mais uma banda do Reino Unido, uma das muitas da nova vaga que apareceu no último par de anos. Youth crew hardcore, sabes como é que é, lento, rápido, lento, rápido.

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