terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O Baú do Congas: For The Glory + Deadly Mind + Last Hope + 25 ta Life na Torre da Marinha

Um cartaz dá sempre azo a mil histórias, isso é algo que felizmente nunca irá mudar. Quem melhor que o Congas para lembrar de algumas que aconteceram em concertos de For The Glory? Se estiveram lá não se esqueçam de deixar um comentário.


"Lendas do NYHC..." Tem piada pondo as coisas deste prisma e depois de todas as histórias que vimos a saber do Rick e de tudo à volta desta personagem meio macabra do meio hardcore. Eu gosto de 25 ta Life, a primeira vez que os vi foi em 1998 numa quarta-feira no Ritz Clube, mas os tempos foram mudando e a banda também, sendo que a acompanhar o icónico vocalista ia mudando sempre line up.
De todas as vezes que tiveram cá no nosso cantinho apareceram sempre com line ups diferentes.

Desta vez o concerto teria no lugar Margem Sul, numa sala altamente na Torre da Marinha. A organização ficou a cabo daqueles que durante um par de anos mexeram e dinamizaram ali o outro lado do rio, tendo também organizado cenas em Lisboa. Mesmo não sendo dos primeiros concertos de For The Glory, este aqui foi numa zona que não tinhamos explorado muito, talvez por a nossa base estar aqui na margem norte, nunca tocámos muitos lá até à altura deste concerto, mas foi uma situação que viria a mudar no futuro.

Quando subimos ao palco a sala estava vazia e assim se manteve durante o tempo que tocámos. Não guardo grandes memórias deste concerto, sem ser uma cena curiosa: Na zona do merch nós tinhamos lá as nossas cenas e chegou o Rick com a sua "loja", uma cena de outro mundo, super descomunal como sempre. Quando começa a montar aquilo parecia que nunca mais acabava. E eis que ele vê a nossas cenas, sem saber as bandas que iam tocar e vai ter com o André (corrige-me se estiver errado) e pede tudo o que havia de For The Glory que ele queria levar para os States e queria levar para a Europa porque iam ter mais datas e não sei quê.

Engraçado foi que ele fez questão de ir comprar uma t-shirt nossa e depois acabámos por ver umas fotos do Hell Fest em França ele a pausar com a t-shirt todo contente, haha. Lembro-me que veio perguntar se podiamos trocar CDs com ele e não sei quê, o gajo tinha uma ganda lábia e pronto, lá fizémos umas trocas com ele de cenas da Glória por cenas da editora dele e da distribuidora dele.
Aquilo tinha lá cenas bem fixes, como os Death Threat e outros releases da área de Pensilvânia e Philly. Aquele Zé tinha de tudo!

Depois quando fomos tocar o gajo "obrigou" a malta de 25 ta Life a ir lá para frente ver o concerto porque iam adorar a cena, que já tinha ouvido falar bué de nós e bla bla bla (se era bullshit ou não, não sei... mas a verdade é que valeu o apoio moral pelo menos haha). Os Deadly Mind são daquelas bandas que eu fico a pensar em como é que nunca quiseram levar a cena mais além do que aquilo, tocam bem, têm feeling, o Sampaio manda um ganda vozeirão, mas por razões que eu desconheço nunca tiveram a chance ou a vontade de ir mais longe. Mas tinham potencial e têm, pelo que sei ainda tocam né?! Last Hope serão sempre uma banda que marcou uma geração e embora nos dias de hoje os miúdos esqueçam-se quem é que começou isto na Margem Sul, alguns mais velhos fazem questão de mostrar que os Last Hope continuam a ser a bandeira da MSHC.

Não me recordo de muito mais deste concerto, mas lembro-me perfeitamente de tocarmos para uma sala tipo sociedade musical daquelas da terriola, mas estar muito despida para a banda de abertura (nós). Às vezes vejo a malta a queixar-se que não está ninguém, e querem atrasar os concertos para as pessoas irem ver e bla bla bla. Sinceramente acho que todas as bandas têm de passar pela fase de tocar para quase ninguém, para dar valor ao trabalho que é ter uma banda e dar valor ao subir pelo seu próprio suor. Além do mais, se as pessoas sabem as horas a que começa, só não aparecem a horas porque não querem. Foi o caso ali naquele dia, quem queria ver, viu... quem não queria acabou por ver mais tarde haha!

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