quinta-feira, 12 de julho de 2012

Cinco Às Quintas: Luís Luz (One Last Struggle)

Esta é uma rubrica em que colocaremos todas as semanas, à quinta-feira, uma pequena entrevista com cinco questões a uma banda.


Os One Last Struggle são uma banda de miúdos bem novinhos aqui da zona de Lisboa e Vale do Tejo (uns quantos andam na Fertagus...) que deram esta semana o seu primeiro concerto. Prometem trazer letras interventivas para os palcos e fazer o pessoal pensar um bocadinho na sua vida e no que os rodeia. Fiz umas perguntinhas ao Luís Luz, baixista da banda, sobre este novo projecto. 


Vocês são uma das bandas mais recentes a aparecer na cena nacional. Faz-nos um pequeno resumo de quem faz parte da banda e de como é que surgiu a ideia de se juntarem.

A banda nasceu nos finais do ano de 2011, quando o Medley, o Faritas e o Mega começaram a ensaiar. Entretanto, eles andavam à procura de baixista e apareci eu, com vontade de me juntar a este projecto! Procuramos então sítio para ensaiar e surgiu a oportunidade de ensaiar em Cacilhas, assim começámos a ensaiar lá, tendo até agora feito quatro originais. Passado algum tempo o Faritas saiu da banda e foi substituído pelo Borges. A formação actual da banda é: Mega na guitarra, eu no baixo, Medley na bateria e Borges na voz.

Vocês deram esta semana o vosso primeiro concerto. Fala-nos um bocadinho sobre isso, as expectativas que têm para a banda, planos para o futuro, etc.

Demos o nosso primeiro concerto esta semana e, sinceramente, acho que correu bem melhor que esperavamos, o pessoal aderiu aos sons e tivémos um feedback muito positivo! Acho que estivémos bem, fora os pregos e o nervosismo habitual! Nós esperamos trazer algo de novo à cena e queremos também passar mensagens nas nossas músicas, mensagens com que nos identificamos e que achamos importante falar. Para o futuro queremos rodar o máximo possível estes sons que temos, queremos tocar! E também estamos a tentar marcar gravações para breve e lançar qualquer coisa.

Por falar em mensagens, desde sempre vos vi a afirmarem-se como uma banda com "mensagem" e que defende "valores". Isto já vos garantiu alguns "stresses" (com mais ou menos sentido...) mas parece ser para vocês algo deveras importante.

Sim, nós defendemos esses valores e somos 100% assumidos nisso! Se passamos algumas mensagens nas nossas músicas, tentamos praticá-lo também e não deixar só na letra, não queremos ser hipócritas. Se tivémos stresses foi porque não perceberam o nosso lado, e que realmente nós acreditamos nos nossos valores. Nós nunca tentámos criar stresses, simplesmente fomos nós próprios.

Stresses à parte... passar para o público algo mais que apenas música é algo intimamente ligado ao Hardcore, mas que hoje poucas bandas fazem. Sem entrar em conversas do ser PC ou do que é Hardcore e do que não é, fala-nos um pouco do que vos inspira e do que pretendem transmitir com a vossa música.

O que nos inspira, acho que falo por todos, é trazer algumas ideias a esta cena que sempre se caracterizou por ser mais que música e que agora parece andar um bocado adormecida! Precisamos de pensar no que é realmente importante e lutar por isso. Deixar a alienação social de lado, lutar pela natureza e pelos animais, querer sair dos moldes e não nos deixar levar pela corrente.

No outro dia o André disse-me em conversa, a propósito de um  contexto diferente, que o "Hardcore não é para ser oferecido, tem de ser encontrado" (não foram estas as palavras exactas, mas era mais ou menos isto). A forma como o pessoal chega ao Hardcore é algo que sempre me despertou curiosidade. Fala-me um pouco do teu percurso.

Eu concordo com isso, mas no meu caso acho que foi diferente! Tinha eu praí 12 ou 13 anos e o meu irmão Guilherme mostrava-me cenas como Zootic. Claro que na altura achava aquilo horrível! Tive, inclusive um professor de história que me falou de X-Acto, na altura nem sabia o que era! Nos últimos tempos acho que devo quase tudo o que conheço ao meu irmão Ricardo, ele é que me mostrou muitas das coisas que conheço. Bandas atrás de bandas que ele descobria e me mostrava. Não sei se se pode dizer que foi oferecido, mas tive uma preciosa ajuda.

Facebook: http://www.facebook.com/OneLastStruggle

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