terça-feira, 27 de novembro de 2012

Review: Anthrax + Motörhead na Brixton Academy (Londres)


Eu aqui há tempos tinha-me prometido a mim mesmo que tinha de ver os Motörhead antes do Lemmy se finar (o que - apesar dele ser imortal - não deve demorar muito a acontecer), de modo que da próxima vez que eles cá viessem tocar eu não iria perder a hipótese. Quando soube deste concerto, há uns bons seis meses ou mais atrás, não perdi tempo a comprar dois bilhetes. Um para mim e outro para o meu buddy checo que partilhava da minha opinião em relação ao vê-los ao vivo. Seria a primeira vez para ambos.

Chegámos lá cedo, porque eu tinha ido tatuar (one love Sandro) e despachado bem antes daquilo que tinha previsto (o miúdo tem skills). Fomos paparicar ao Subway e depois seguimos para a sala, ainda apanhando uns bons vinte minutos de fila - que por esta altura circundava metade do quarteirão. Já tinha visto pior, não estava impressionado. A sala estava pouco composta quando entrámos, mas nós sabíamos que o concerto estava sold out, por isso era uma questão de tempo até ficar ao barrote. Só se via t-shirts de Anthrax ou Motörhead - e não estou a exagerar. Esse pessoal é craze.

A primeira banda, Diaries of a Hero, já estava a tocar quando entrámos e... será que fico por aqui? Não. Fui mandar uma mijinha, que estava apertadinho e voltei para o sítio onde estávamos. A banda má. Aquele metalcore com partes melódicas? Muito groove, muito peso e depois uma cantoria nada a ver. Pá, boa onda para eles estarem ali a abrir para Motörhead, mas dêem-me descanso que eu não fiz mal a ninguém para aturar isto - foi da maneira que pus as notícias da app da BBC em dia. Depois no fim apareceu uma senhora simpática a dar flyers deles. Devia ser a mãe. Boa onda de qualquer forma. Guardei no bolso para deitar fora depois, para não ser má onda mandar para o chão.

Anthrax começou a tocar algum tempo depois, na hora marcada. Eu curto bué a Brixton Academy. Junto com a Islington Academy deve ser uma das minhas salas preferidas nesta terra. Confesso que Anthrax nunca me puxou muito e estou longe de ser qualquer coisa que se assemelhe a um fã da banda. O concerto foi ridículo, mas acho que parte disto vem do facto de eu não poder com o Scott Ian nem pintado de vermelho e branco com um emblema do United tatuado nos cornos. Nunca curti dele, sempre o achei um tanso. Pronto, acho que é isso. Fizeram um tributo ao Dimebag e ao DIO, mas eu passei o tempo a escrever mal sobre eles no Facebook e a bater bons chats no Whatsapp. Não tava a dar para mim. Citando-me: Porque é que eles não ficaram a dormir no dia em que Deus distribuiu a parolice? Fraquinho e, principalmente, not my thing.

Por fim tocaram os Motörhead e, ya, foi lindo. A cena é: eu nunca tinha visto, por isso não tenho ponto de comparação, mas pareceu fixe. Algumas músicas do ínicio, outras mais recentes. Tudo boa onda, parede de som, voz de bagaço, baixo com afinação de guitarra... o habitual. A parte mais fixe foi eles os três fazerem mais barulho que os Anthrax. Ai não. Até saíam raios das colunas, tu és tolo. A parte fixe do concerto e aquela que me vou lembrar para sempre vai ter de ser a Overkill, que foi das melhores experiências da minha vida. Põe intenso nisso! Intenso mesmo. E só por isso já os via de novo. 

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