quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Review: Turbonegro no Electric Ballroom (Londres)


Portanto, 22 de Novembro foi a data para o meu primeiro concerto em Inglaterra. Nem foi algo que estivesse à espera mas, assim que soube que existia a hipótese de ver Turbonegro não consegui dizer que não. Não arranjei companhia e a única pessoa que sempre mostrou vontade em ir estava no Montijo (Filipe), eu entretanto fiquei com alguma pica por ter achado um ticket a um preço justo e lá fui sem medos. Turbonegro conta actualmente com um novo vocalista inglês de Londres, ao que parece este era o primeiro concerto dele com eles em Londres e o que esperar? Casa cheia, pois claro!

Fui um dos primeiros a entrar (vantagens de ir "solo") pois tempo para já é o que tenho com fartura e fui logo sondar a mesa do merch à procura de goodies, sondei preços e acabei por evitar £20 numa t-shirt pois era o que basicamente havia, isso ou um chapéu à Popeye.

Pus me então a ver a sala por si e adorei: confirmo que o Electric Ballroom é lindo e tem uma história brutal como espaço de concertos, deu para ver posters assinados das respectivas bandas por lá passaram por lá nos late 70s como os The Cramps e um pequeno apanhado da história do antigo dono da coisa. Passando para a banda suporte - não tenho nada a dizer, basicamente era um DJ a passar música durante 30 minutos, deu para ir ao wc, lavar a cara e ir andando para a frente do palco sem problemas e sem stresses. Chegada a altura do concerto: música epica como introdução, tipo como os Metallica fazem com a OST d'O Bom, o Mau e o Vilão - sinónimo de entrada em grande.

Um grande foco no novo registo (Sexual Harassment) que me saturou um bocado, mas percebo o porquê disso. O Happy Tom (baixista AKA boss daquilo tudo) falava sempre do Tony Sylvester - nome do chavalo que veio substituir o Hank Von Helvete, como o salvador do Death Punk, presumo que com isso ele estivesse a falar de Turbonegro e que se não fosse ele a coisa tinha acabado em 2010 quando o outro vocalista decidiu ser actor/cantor e sei lá mais o quê.

Presença e feeling da banda imaculadas, todos que estavam no recinto viram o que eu vi, isto é: uma banda a divertir-se em cima do palco e a curtir à brava o simples facto de estarem a tocar música uns com os outros. Um ambiente acompanhado pelos clássicos fizeram me esquecer por completo a ausência do Hank, para ser sincero fui com um pé atrás pois já tinha visto dois concertos com a formação "antiga" e tornava-me um pouco suspeito, isso aliado ao facto de só gostar praticamente do single “You give me worms” do Sexual Harassment mas assumo... gostei do novo vocalista, tanto como feeling, presença e mesmo em termos de voz a cena funciona.

A sala tinha um dos melhores sons ao vivo que assisti naquele tipo de recinto: percebia-se tudo. As guitarras estavam a soar melhor que nos discos (para quem me conhece sabe que sou geek nestas coisas), aliás estavam tudo a soar melhor que nos discos! Eu por mim digo: venham mais concertos que eu vou estar lá batido, e eles notoriamente voltaram para ficar.

Cerca de duas horas e dois encores depois, saí de lá ainda nem meia noite era, mas chovia de uma forma ridícula. Tive tempo de tirar os plugs dos ouvidos e meter os phones, ligar o iPod e bombar umas malhas no shuffle, caminhar cinco minutos até à estação do bus e esperar cinco minutos (literalmente!) por ele, seguindo-se uma viagem de trinta e cinco minutos até Hammersmith, onde fiquei à porta de casa. Melhor? Guess not!

Review por Daniel Novais

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