terça-feira, 25 de setembro de 2012

Review: Job For A Cowboy + Dying Fetus @ The Underworld (Londres)


Sim, eu sei que isto é um blog de hardcore. Sim, eu sei que se o Tiago me apanha no mosh pit é certo que levo umas caroladas, mas pronto. Vai valer a pena. Um gajo é viciado nisto, querem o quê? Já era para aí... quinta vez que os ia ver. Praí. Adoro. Adoro imensamente imenso. Eu costumava ter os Nile lá em cima, mas nos últimos anos tem sido mais brutalidade à Dying Fetus e Suffocation que dedilhados egípcios. True story bro.

Ora a aventura começou logo mal, comigo a ficar doente ao descobrir que a Northern Line estava fechada entre Tottenham Court Road e Camden para obras. Para os que não falam londrino: uma granda merda, basicamente. Lá fui apanhar o autocarro já meio atrasado para ir ter com o meu irmão, com quem tinha combinado bater granda jantar no - Nós Contra Eles staff and friends approved - Woody Grill. Para tornar as coisas melhores, não só estava a chover, como estava a chorrer torrencialmente e estava um trânsito infernal.

Cheguei a Camden mais ou menos à hora prevista (uff) e lá fomos bater um bom falafel com batata frita (dentro do falafel) e uma Coca-Cola. Aquele clássico. Ao mesmo tempo que isso acontecia, tocavam as duas primeiras bandas, que devem ter sido chatas - como a maioria das bandas de abertura em concertos de metal são. A chuva continuava a cair intensamente. Entretanto fui com ele à paragem de autocarro e segui para o Underworld, onde peguei calmamente a minha guest list e entrei.

Infelizmente cheguei lá mesmo na altura em que os Job For A Cowboy iam começar a tocar. "Infelizmente?", perguntam vocês. "Sim, infelizmente", respondo eu. Bandas pós-2000 com quatro nomes é logo aquele no-no porque regra geral dá merda, e os JFAC não fugiram à regra. Eu não sei se já alguém disse isto, mas este tipo de banda deve ser o equivalente a death nu-metal ou coisa que o valha. É tipo... ah ya bacano. Ratatatat, chugchugchug, groooooowl. Parece que não tem alma. Metes tudo no 1 2 3 e tá feito (para além de seguirem uma fórmula mais que batida). A sala estava bem composta, mas eu ao fim de duas ou três malhas só me concentrava nos blast beats para não me aborrecer. Isso e o caparro do vocalista e do guitarrista. Action Man death metal, é você? LOL! Ta que os pariu. Nem vou falar do baixista a tentar mandar paleta Iommi. Longe de mim para sempre todo este pacote, por favor.

Depois de uns quinze minutos a secar lá subiram os mestres ao palco. Para começar, foi só brutal a forma como três manos conseguem mandar uma jarda dez vezes mais forte que os cinco anteriores. A sério. Depois, pronto... nada mais que o habitual: músicas de todos os discos, umas antigas, umas novas, umas mais antigas, outras mais novas. Os gajos tocam tudo IGUAL ao disco e acho que é por isso que curto tanto de os ver ao vivo. As músicas novas conferiram bastante mas acho que o meu momento preferido da noite (para além da Kill Your Mother/Rape Your Dog, que fechou o concerto) foi mesmo a Schematics. Foi joie de vivre mesmo ali. Venham os Motörhead em Novembro e os Obituary em Dezembro que a sede de metal não pode ser saciada. Agora desculpem-me, mas tenho de ir ouvir o Stop At Nothing.

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