quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Discos Trocados: Total Fury/Out Come The Wolves

Todas as semanas trocamos um disco entre nós e falamos um pouco sobre o disco que nos calhou - tanto pode ser um clássico como uma porcaria autêntica, mas é aí mesmo que está a piada.

Pois é, o André está na Argélia a fazer companhia ao PZ, provavelmente com aquele calor chato que cola a roupa à pele, a comer granda falafel e uma cola. Assim sendo, esta semana convidámos o Miguelito, o olhanense barbudo que prefere Negative Approach a More Than Life e António Variações àquele gajo que quer ir ver os aviões.

Miguel

Como é o costume, o meu mano Tiago não me desilude e mais uma vez mostrou-me uma banda que me cativou bastante pela positiva! Ao ouvir este disco só me vem uma coisa à cabeça: Hardcore praticado em Washington no inicio dos anos 80! Mas calma esta banda não é originária dos Estados Unidos nem mesmo da Europa mas sim do Japão! Sim isso mesmo, do país insular da Ásia Oriental! Worldwide Hardcore baby!

Estes nipónicos praticam um punk hardcore onde as guitarras são trilhadas, as linhas de baixo estão bem pronunciadas e a bateria é simples mas sempre bem marcada! Tem riffs melódicos tem breakdowns sem serem “metalados” e sente-se um entusiasmo por parte da voz do frontman! Eu atrevo-me a dizer que estes rapazes são os Minor Threat “Japonas” mas devem ter encravado a quinta mudança porque isto é sempre a abrir! Hardcore como eu gosto rápido, directo, com uma mensagem simples e eficaz. Não há cá invenções aqui com os “kamikazes”! PLAY IT LOUD!

Tiago

Bom, agora que reparo, tendo convidado o Miguel para a rubrica desta semana ou ia sair Boston ou Out Come The Wolves. Nem que seja porque ele está sempre a dizer como esta é uma das bandas que ele mais gosta e a melhor coisa que saiu do país de nuestros hermanos. É claro que a banda soa a Boston por todos os lados, com cover de DYS logo na segunda faixa, que é para te dar logo a dica que isto é para quem prefere agressividade a guitarradas bonitas e malta estilosa. O Miguel não gosta de inventar muito, e isso não é propriamente mau. Ou é Boston ou é crossover à Mags. Ou tunas, ahaha.

Eu gosto de lhe dar na cabeça em público, é porque é incrivel que o homem que sabe tocar mil instrumentos não faz uma banda de hardcore que seja. Está na hora de fazer uma daquelas "intervenções", como naqueles programas chungas da tv americana, em que a familia tenta chamar toxicodependentes e alcoolicos à razão. Há que tirar o moço da má vida!

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