Eish, nem sei como começar esta review, só dizer que deve ter sido a combinação mais stressada e em cima do joelho de sempre. Isto quando tudo estava acertadíssimo na tarde do dia anterior...adiante, segue a review que é grande para caralho, mas espero que curtam e que sirva para vos meter um pouco de inveja, ahah.
Eu e o Fábio já esperávamos este concerto à algum tempo. Estivemos a um dedo de marcar viagem para Barcelona para os ver, mas falhámos o timing da marcação e acabámos por nos resignar e deixar de acreditar que seria possível ver No Tolerance. Entretanto, surge a notícia que havia uma data em Salamanca, e que havia malta do Algarve a pensar ir. Óbvio que nos colámos logo. Assim, depois de uma conversa com o Nuno Mota começámos a acertar agulhas, e chegado o fim de semana anterior ao concerto (que seria na quarta-feira seguinte) estava tudo pronto. Eu com bilhete do expresso marcado para Faro e o Fábio com bilhete de avião do Porto para o Algarve (damn...mais barato Porto-Faro de avião que Lisboa-Faro de bus).
Chega terça-feira, lá sigo eu no autocarro da Rede Expressos, aquele que vai pela nacional e demora quatro horas a chegar. Valeu para ir adiantando a leitura do livro do André. Ainda só vou em São Francisco, e só dizer que me parti a rir no meio da viagem com o episódio no hostel...Bom, chego a Quarteira para pouco depois o Nuno chegar e me dar a triste notícia de que de momento só estávamos três disponíveis. Que bomba do caraças, já via a minha vida a andar para trás e o dinheiro da viagem para o lixo. Depois de tentar arranjar uns esquemas de última hora (nomeadamente melgar o Daniel Pontes), com direito a granda jantar com o Nuno e uma malta alemã e visita a Vilamoura à noite, fui para a caminha já resignado, com o regresso a Lisboa no dia seguinte na minha mente. Isto ainda sem saber se me trocariam o bilhete da viagem de regresso ou se ainda tinha de bancar um novo...
Acordámos cedo, o Nuno deixa-me em Faro e segue para a escola, eu lá consigo trocar o bilhete e já olhava para o relógio a contar o tempo para regressar a Lisboa. Chega o Fábio a Faro, que tinha vindo de avião, (e que veio meio à maluca, sem pensar muito bem onde é que ia andar durante dia e meio pois já vinha sabendo que dificilmente iriamos a Espanha, e os amigos onde ia ficar a dormir iam ao concerto). O Daniel lá combina encontrar-se connosco para conversarmos um bocado e, à última da hora, e quando digo última é mesmo última!, tipo...é meio-dia e eu tinha o bus ao meio-dia e quinze, e ele lá se decide a agarrar na trouxa e seguimos os três em direcção a Salamanca, já em contra-relógio para ver se chegamos ainda a tempo de não perder pitada do concerto. Escusádo será dizer o stress que vivi na noite anterior e na manhã desse dia...enfim, you're only young once, por isso siga lá.
A viagem fez-se bem, o Daniel foi o condutor de serviço (sempre!), ao som de granda AC/DC, Judas Priest e outras cenas mais calminhas. Ah, o puto Fábio foi a dormir a viagem INTEIRA. Claro que à noite tinha a pilha carregada...em baixo já desenvolvo, ahah. Chegámos bem a tempo de apanhar a banda espanhola de covers (de bandas espanholas) a terminar. Não me aqueceu nem arrefeceu...
A seguir começa Give a tocar. Conhecia dois ou três ep's, sendo que aquele rock psicadélico nunca me puxou muito. Mas foda-se, ao vivo, que abuso de banda. O puto guitarrista não só tocava nas horas como tinha os dance moves mais fodidos de sempre, que chefe. O som não é propriamente "dançável", mas o headbang foi geral.Toda a banda tinha grandas gadelhas, e aquele som psicadélico fez com que o Fábio os rotulásse logo de Flowercore, por piada. Ele ainda fez com que o Doug Free soltásse uma gargalhada no pós-show, quando foi ter com ele e lhes disse que eles tinham inventado esse novo género musical.
A seguir foi No Tolerance. Eu estava naquela: "Isto tem tudo para ser do caralho, sala pequena, minimamente bem composta..mas, são espanhóis! Será que se vão mexer?". Dá a intro, a malta tuga a varrer a sala de uma ponta à outra, com uns espanholitos a trabalhar bem, ahah. Afinal mexem-se! O DFJ de punho em riste a rosnar aquelas letras bem venenosas, com um olhar mesmo do "se te apanho fodo-te a boca toda" foi a cereja no topo do bolo de um set impecável, que no fim deixou muita malta não só a suar, como a pedir por mais. Ainda houve direito a uma cover de Side By Side cantada pelo mano de Violent Reaction/Sectarian Violence e cover de Confront, com a Our Fight 2012.
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Despojos de guerra |
Eram já duas e tal quando seguímos para casa da Laura, onde iriamos pernoitar. Ainda estávamos com pica pelo que fomos dar um volta com ela pela cidade, meio deserta, até quase às 4 da manhã. Sem dúvida uma das cidades mais fixes, e uma daquelas onde irei regressar sem dúvida. Lindíssima, e só a vimos de madrugada durante hora e meia, e a pé.
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O nosso novo buddy |
Sem dúvida uma das combinações mais stressantes de sempre, mas no fim valeu bem a pena os kms, o dinheiro e o tempo dispendido.
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