segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Mais Que Música: Break A Sweat (Mental)

Que aconteceu a dar importância às letras das músicas? O hardcore não era sobre isso? Agora só se vê letras que não interessam à prima. Às segundas, fica aqui uma letra que me tenha feito reflectir sobre o seu conteúdo. Afinal de contas, o hardcore também é sobre isso mesmo: pensar.
 
You think everything comes easy, and things should be free
That is the exact opposite of me
If I don't break a sweat, than I am not pleased
Every favor I do I expect returned to me.

110% everyday, anything less, nah no fucking way

I'm pushing hard, but it takes time
Always looking out for mine!

You think everything comes easy, and things should be free

That is the exact opposite of me
If I don't break a sweat, than I am not pleased
Every favor I do I expect returned to me

Mental era uma banda bem cool. Chiller than most, já eles diziam. No entanto, isto não os impedia de terem letras sobre coisas importantes, ditas da forma mais simples.

Esta letra fala de como não podemos esperar que as coisas caiam do céu e que temos de lutar para atingir os nossos objectivos. Lembrei-me de falar um pouco sobre ela depois de ontem ter ido ao concerto de For The Glory, SHAPE, Challenge e One Last Struggle. A sério, que abuso de show. Fiquei feliz, e acho que todos os que compareceram saíram de lá de sorriso na cara. Mas isto não fez com que as questões sobre as quais tinha pensado anteriormente se tenham evaporado.

Que cena é a nossa? Se não forem os mais velhos a fazer as coisas quem é que se vai chegar à frente? O pessoal está mal habituado. Muitos vivem na ilusão de que as bandas se formam com uma simples página no facebook e posterior spam. Outros acham que para as bandas americanas virem tocar a Portugal basta fazer um comentário no facebook. Facebook para aqui e Facebook para ali. Hoje vive-se demasiado no Facebook. É fixe é ter as fotos com o tag, partilhar a música pausada e existe pouquíssima troca de ideias com sentido.

Se calhar em vez de se pensar que as coisas vão cair do céu e pedir aos outros que o façam por nós, que tal enviar um email às bandas a perguntar quem lhes está a marcar a tour, e quais as condições? Se calhar em vez de fazer bandas de merda que não passam do Facebook, que tal esperar até se terem umas malhas e a banda existir realmente antes de se criarem páginas para mostrar photoshoots pausados? Muitos suaram (e suam) para tornar os seus sonhos realidade, trazerem as bandas que gostam, fazerem aquilo que gostam, muitas vezes com pouco ou nenhum retorno. Leiam a dica do Darby, o gajo tem umas ideias fixes sobre como marcar shows. Se a malta não se mexer não vão haver concertos. Onde é que vais a seguir? Cagar e seguir para a próxima moda, ou pegar as coisas pelas rédeas e fazer algo produtivo?

Isto são pequenas coisas, se calhar se pensármos nisto num espectro mais abrangente, no nosso dia a dia, na nossa vida, a perserverança e a vontade de lutar tornam-se palavras bem mais importantes e necessárias. Que tal sair de trás de um pc e fazer algo que realmente melhore a tua vida e a dos outros, dentro ou fora do hardcore? Break a sweat!

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